Piso do magistério sobe, mas nenhum estado cumpre integralmente
A partir do
próximo mês, nenhum professor da rede oficial de ensino poderá receber
menos que R$ 1.451
A partir do
próximo mês, nenhum professor da rede oficial de ensino poderá receber
menos que R$ 1.451. O novo piso estabelecido pelo Ministério da
Educação (MEC) representa um aumento de 22,22%, se comparado ao valor
pago em 2011. O reajuste é calculado com base no crescimento dos
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb).
Um projeto em
discussão na Câmara dos Deputados pretende vincular futuros reajustes
às variações da inflação. A obrigação de cumprir o piso foi
questionada na Justiça por diversos governadores, mas no final do
último ano o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional
os valores estabelecidos pelo MEC.
A lei que
estabelece o piso nacional do magistério foi aprovada em 2003. Ela
determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor
determinado por uma jornada de 40 horas semanais. De acordo com a
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), até hoje
nenhum estado ou município a cumpre integralmente.
Um dispositivo
prevê que a União complemente o pagamento nos casos em que os governos
municipais e estaduais não possuírem recursos necessários. Desde 2008,
nenhum valor adicional foi repassado. Segundo o MEC, isso não ocorreu
porque nenhum prefeito ou governador conseguiu comprovar a falta de
verbas para esse fim.
Fonte: Brasil de
Fato, Jorge Américo, 28/2/12.