Palácio do Planalto adota a força para tentar neutralizar a livre
manifestação de trabalhadores do setor público
Seguranças da presidência da República, policiais militares, tropa de
choque e até milicianos da Guarda Municipal isolaram com grades de aço
o Teatro Municipal, a Cinelândia e ruas adjacentes para que a
presidente Dilma Rousseff ficasse longe das manifestações de
funcionários públicos em greve, na tarde desta segunda-feira 27.
O ato dos servidores fora convocado para denunciar a intransigência do
governo nas negociações com os servidores federais de vários
segmentos. A presidente – acompanhada do ministro da Educação, Aluizio
Mercadante – veio participar da solenidade de entrega de prêmios da
Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas no Teatro Municipal. Na
história recente da República, presidentes como Sarney, Collor e FHC
mudavam suas agendas por causa de protestos populares. Dilma está
seguindo o mesmo caminho.
De acordo com o jornal o Globo, a presidente divulgou em cima da hora
a sua vinda ao RJ nesta segunda-feira para evitar a realização de
protestos dos servidores federais em greve. Ao GLOBO, um dos
seguranças da comitiva presidencial disse que, durante todo o fim de
semana, os setores de Inteligência da Presidência e do governo do
Estado avaliaram e monitoraram notícias de uma possível mobilização
contra a vinda da presidente. A decisão só teria sido tomada na
véspera. A visita surpreendeu o prefeito Eduardo Paes, que adiantou um
compromisso de campanha para receber Dilma no Aeroporto Santos
Drummont.
Fonte: ADUFRJ, com informações de O Globo