Fasubra critica MP 568
A Medida Provisória 568, publicada pelo governo federal em 14/5, em
substituição ao PL 2203/11, que concede 4% a docentes e incorpora uma
das gratificações ao salário, foi recebida com muitas críticas pela
Federação dos Servidores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Conforme a entidade, a MP reduz o salário dos médicos e dos
veterinários, mutila o Plano de Carreira dos Técnico-administrativos
(PCCTAE) e ainda cria duas novas tabelas para os médicos: 20h e 40h.
A MP altera a forma de pagamento dos adicionais de insalubridade e
periculosidade. Hoje em dia, os adicionais são pagos de maneira
percentual ao salário (5%, 10% ou 20%). Com a MP, passam a ser pagos
em valores fixos, de R$100, R$180 e R$260 para insalubridade e R$180
para periculosidade. A justificativa para a redução da insalubridade é
que trabalhadores de nível de apoio, médio e superior devem receber o
mesmo valor de insalubridade, pois estão submetidos ao mesmo risco.
Entretanto, o governo nivelou tudo por baixo, retirando direitos já
adquiridos.
Há também uma redução do salário dos médicos. O piso salarial da
categoria por 20h, a partir de agora, no PCCTAE, é de R$ 1.494,97 e o
piso para 40 h é R$ 2.989,33 (mesmo valor do PCCTAE), o que, na
avaliação da Federação, fará com que não tenha mais médicos dispostos
a trabalhar no Serviço Público. A justificativa do governo para
redução do salário dos médicos é que os que trabalham com jornada de
20h recebem por 40 h e os que trabalham 40 h recebem por 80 h.
A Fasubra consulta a assessoria jurídica a respeito de medidas
cautelares a serem tomadas de modo a garantir os direitos dos
trabalhadores afetados pela MP 568.