MEC DIZ QUE NÃO PRESSIONARÁ REITORES PELO CORTE DO PONTO
UFSM mantém posição, apesar de novo 'comunica' do governo
Mesmo com a
ofensiva da Advocacia Geral da União (AGU), que ordenou o corte do
ponto dos servidores públicos federais que aderiram à greve, ao que
tudo indica o Ministério da Educação (MEC) não irá pressionar os
reitores das universidades para que cumpram a ordem. Tal posição foi
expressada pelo ministro Aloizio Mercadante, que afirmou preferir
cobrar dos dirigentes a aprovação, o quanto antes, de um cronograma de
reposição das aulas em dezembro, janeiro e fevereiro.
Na UFSM a
situação segue a mesma do último mês de julho, quando a reitoria foi
notificada de que deveria fornecer uma lista com o nome dos grevistas
para o corte do ponto. Segundo a assessoria do reitor Felipe Müller,
um novo 'comunica' foi recebido há pouco tempo pela administração da
universidade, cujo conteúdo traz as mesmas recomendações de antes. A
reitoria, contudo, ainda não avaliou o documento.
A alegação do
ministro Mercadante é de que o corte do ponto é responsabilidade do
Ministério do Planejamento (MP) e da AGU, e não do MEC. Mesmo assim, o
ministro reconheceu que enviou aos reitores cópias da decisão do
Superior Tribunal de Justiça que definiu o corte do ponto dos
grevistas.
Reitores do RJ
divulgam nota sobre a greve
Preocupados com o
impasse nas negociações entre grevistas e o governo, os reitores das
Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs) do Rio de Janeiro
divulgaram nota nessa terça-feira, 14, na qual reafirmam a
legitimidade das reivindicações do movimento grevista. Dessa forma, os
dirigentes cobram a “urgente reabertura dos canais ativos de
negociações”, ressaltando a expectativa de milhares de jovens que
esperam pela resolução do impasse.
Além disso, a
nota avalia o momento da educação brasileira, com destaque para o
aumento no número de vagas nas instituições a partir do Programa de
Reestruturação e Expansão das IFEs (Reuni), quando, em contrapartida,
políticas para os trabalhadores da educação não acompanharam essa
expansão. “A consolidação e estabilidade deste ciclo virtuoso dependem
também de carreiras estruturadas e quadros de remuneração compatíveis
com a responsabilidade dos nossos servidores docentes e
técnico-administrativos”, afirmam os reitores.
Assinam a nota os
reitores do Cefet-RJ, IFF, IFRJ, UFF, UFRJ, UFRRJ e UNIRIO. O
documento pode ser lido na íntegra aqui.
Fonte: O Globo e
UFF, edição: Rafael Balbueno, Ass. de Imprensa da SEDUFSM