Funcionalismo continua sem ter reivindicações atendidas
Presidente Dilma
chegou a ser vaiada durante solenidade com prefeitos
Enquanto
professores das universidades federais estão iniciando uma greve para
que o governo cumpra acordo assinado em 2011 e também avance no debate
de um projeto de reestruturação da carreira, o governo Dilma, tão
lento em relação às demandas do funcionalismo, anuncia a liberação de
R$ 2 bilhões em empenhos de emendas parlamentares.
Conforme a
agência Reuters, em matéria publicada no Portal UOL, metade desses R$
2 bilhões será em emendas individuais da área da saúde. A outra metade
vai ser destinada a emendas relativas a outros ministérios,
acrescentou a fonte, que pediu anonimato à agência noticiosa. O
empenho é uma autorização para que as prefeituras contratem os
serviços com a garantia de repasse futuro dos valores pelo governo
federal. Em 24 de abril, o governo já havia liberado R$ 2,5 bilhões,
sendo R$ 1 bilhão para a saúde e o restante para as demais áreas.
Há a previsão de
que sejam liberados também nesta semana restos a pagar relativos a
2010 e 2011. Os restos a pagar referem-se a projetos já aceitos pelo
governo em anos anteriores, contratados por prefeituras, mas cujo
repasse financeiro ainda não ocorreu.
Nesta
terça-feira, prefeitos que participaram da 15ª Marcha a Brasília em
Defesa dos Municípios cobraram da presidente a liberação de restos a
pagar de anos anteriores. A principal queixa deles é de que os
projetos foram contratados após o empenho do governo federal e
precisam ser pagos.
Como se trata de
ano eleitoral, a liberação pode ocorrer até o final de junho ou a
partir de novembro. Os valores são importantes para os prefeitos
candidatos à reeleição, que pressionam governo e deputados para
antecipar empenhos.
Apesar de a
presidente Dilma Rousseff ter prometido liberar emendas de
parlamentares da oposição, partidos como o DEM e o PSDB reclamam da
dificuldade de executar os projetos individuais. Como retaliação, a
reunião da Comissão Mista de Orçamento foi cancelada por falta de
quórum pela segunda semana consecutiva.
Segundo uma
liderança governista na Câmara, em 2011 o governo empenhou um total de
R$ 6 bilhões. Em março, o governo anunciou a liberação de R$ 2,5
milhões em emendas para parlamentares da base às vésperas das votações
da Lei Geral da Copa e do Funpresp, o fundo de previdência dos
funcionários públicos, em um momento que os aliados, insatisfeitos
pelo tratamento recebido pelo Planalto, ameaçavam bloquear votações no
Congresso.
Fonte: Portal
UOL, 16/5/12.