Estudantes, docentes e técnicos fazem protesto no MEC e são recebidos
pela Sesu
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O Comando
Nacional de Greve dos Estudantes organizou nesta terça-feira (3)
em Brasília um protesto em frente ao Ministério da Educação, para
exigir do Ministro Aloizio Mercadante atendimento à sua pauta de
reivindicações e às protocoladas pelos professores e
técnicos-administrativos das Instituições Federais de Ensino (IFE)
também em greve. Os CNG do ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra
participaram do ato que reuniu cerca de 100 manifestantes.
Em várias
partes do país, os estudantes em greve realizam atividades para
marcar o 3 de julho como Dia Nacional de Luta pela Educação. Na
pauta estudantil, também está a defesa dos hospitais
universitários, contra a privatização imposta através da Empresa
Brasileira de Administração Hospitalar (Ebserh).
Na parede
lateral do prédio do MEC, bloco L da Esplanada, os estudantes
fizeram um mural com cartazes que trazem o nome de todas as IFE em
greve. Eles reivindicam entre outros pontos melhorias na
infraestrutura das instituições, concurso público para a
contratação de mais técnicos e professores, melhores condições de
permanência com reajuste nas bolsas, construção de restaurantes
universitários e melhorias nos já existentes. |
Ao final do
protesto, uma comissão dos Comandos Nacionais de Greve, composta por
dois representantes de cada comando de greve foi recebida pelo
responsável pela Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC), Amaro Lins,
pelo Secretário Executivo Adjunto do MEC, Francisco das Chagas
Fernandes e por Aléssio Barros,
Diretoria de
Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica, da Setec/MEC.
Cada entidade
falou sobre suas reivindicações e exigiu que o MEC agendasse
negociações. O Comando Nacional de Greve dos Estudantes será
recebido nesta quinta-feira (5), pela manhã.
Os
representantes do ANDES-SN, do Sinasefe e da Fasubra cobram uma
agenda imediata de negociações. A presidente do ANDES-SN,
Marinalva Oliveira, lembrou que o MEC, presente na última reunião
realizada entre o governo e os professores em greve (12/6), se
responsabilizou em apresentar uma proposta para a reestruturação
da carreira docente e concluir as negociações até 2 de julho, o
que não aconteceu. Ela relatou ainda que professores, técnicos e
estudantes estiveram nesta segunda (2) no Ministério do
Planejamento, para cobrar do secretário Sérgio Mendonça a proposta
do governo e o agendamento da mesa de negociação.
Tanto Lins
quanto Chagas disseram estar empenhados em fazer com que a reunião
seja marcada o mais breve possível, mas disseram que o agendamento
das negociações não depende do MEC e sim de outros ministérios e
que já tinham um estudo desenhado com base no que foi apresentado
pelo ANDES-SN e pelas demais entidades nas últimas reuniões do GT
Carreira.
“A categoria
está muito indignada e já não acredita mais nas promessas do
governo. Precisamos de respostas. Se vocês já têm algo concreto,
então que apresentem”, cobrou Marinalva.
Os representantes das entidades chamaram à atenção que algumas das
reivindicações da greve competiam diretamente ao MEC, como os
critérios para a distribuição das vagas aprovadas no PL 2134/2012.
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Eles cobraram do
secretário da Sesu/MEC uma mesa de negociação com a participação do
ANDES-SN, Sinasefe, Fasubra e do CNG dos estudantes para discutir como
as vagas serão distribuídas entre as Instituições Federais de Ensino.
Após relutar, Lins se comprometeu a contatar as entidades até
sexta-feira (6) para agendar em breve uma reunião com esta pauta.
O chefe da Sesu
disse ainda que 1400 das vagas destinadas a docentes nas IFE serão
ocupadas ainda em 2012 por professores já concursados e ainda não
convocados. Outras 8 mil vagas serão abertas, através de concurso
público, ainda este ano para atender às demandas de expansão do Reuni.
Fonte: ANDES-SN,
3/7/12.
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