Entidades planejam manifestações nesta quinta (28) em frente aos
prédios do BC
Enquanto faltam
recursos para políticas públicas como saúde e educação, o governo
destina 47,19% do orçamento para o pagamento de juros da dívida
pública, além de ter concedido nos dois últimos anos R$ 155 bilhões em
isenções fiscais para grandes empresas. Como forma de denunciar essa
inversão de prioridades, docentes e técnico-administrativos das
instituições federais de ensino realizarão um ato público na próxima
quinta-feira (28), às 11h, em frente ao Banco Central.
Também serão
realizadas outras manifestações em frente aos prédios do BC em outras
capitais. “Decidimos realizar atos unificados em frente ao Banco
Central porque este é o órgão que sustenta as políticas monetárias do
governo federal. Esse ato visa denunciar as prioridades orçamentárias
centradas no pagamento da dívida, em detrimento das políticas públicas
que atendam aos interesses da maioria da população”, afirmou a 1ª
secretária do ANDES-SN, Marina Barbosa.
Para
exemplificar: em 2012, a previsão é que o governo use 47,19% para o
pagamento de juros e amortização da dívida mobiliária, enquanto
destinará apenas 3,18% para a educação. E se nos dois últimos anos os
cortes no orçamento para as áreas sociais somaram R$ 105 bilhões, as
empresas foram beneficiadas com R$ 155 bilhões em isenções. Ou seja,
corta-se de um lado, o da população mais necessitada, para dar ao
outro.
Para o ANDES-SN,
os números tornam transparentes as prioridades do governo federal na
manutenção da lógica de priorizar o capital, em contraposição às
políticas sociais. “Os dados nos fornecem ainda elementos para
questionar o argumento do governo de não ter recursos para atender
nossas reivindicações. Fica claro que não é falta de recursos, mas de
prioridades, onde a educação é menos importante que o pagamento aos
banqueiros”, conclui documento do Comando Nacional de Greve (CNG).
A greve dos
docentes das instituições federais, iniciada no dia 17 de maio,
continua crescendo. De acordo com o último boletim do Comando Nacional
de Greve (CNG), até o final de semana passado 56 instituições tinham
comunicado que estavam em greve. Acesse,
aqui, o quadro elaborado pelo CNG.
Fonte: ANDES-SN,
26/6/12.