Educafro ocupa reitoria da Unesp no centro de São Paulo e estudantes iniciam greve de fome
 

A greve, que teve início hoje às 10 horas, não tem data para terminar; no dia 20 de novembro, completa-se um ano que uma outra greve foi levada a cabo, sem que nada tenha mudado no que se refere à inclusão de estudantes negros na universidade

A família Educafro está triste. No dia 20 de novembro, completa-se um ano que um grupo de militantes fez greve de fome às portas da Reitoria da Unesp. De lá para cá, nada mudou. O reitor em exercício, Julio Cezar Durigan, e o Conselho Universitário continuam a decretar a exclusão e expulsão de negros/as e brancos/as pobres dos bancos universitários da Unesp. Diante dessa omissão, estamos sendo obrigados a retomar a greve de fome, neste dia 13 de novembro, por meio de alguns militantes.

A greve de fome, que teve início hoje às 10 horas, não tem data para terminar.

Como o reitor e seu Conselho Universitário conseguem dormir se nos 10 cursos mais disputados da Unesp em 8 deles têm 0% de negros matriculados? Isto é justo? É assim que a Unesp quer ajudar a construir o Brasil de amanhã?

Corre comentário de que o Ggovernador Geraldo Alckmin convocou os reitores da USP, Unesp e Unicamp para agilizarem um plano de inclusão de negros. Queremos lembrar que em 2006 o governador da época, Cláudio Lembo, também convocou os três reitores para debaterem o assunto.

O debate se iniciou com a Educafro apresentando slides com os argumentos da importância das Cotas para negros e brancos pobres. Foi uma pressão forte da Educafro. Nada mudou. O governador disse que não iria enfrentar as Universidades. E hoje será diferente? O que é mais importante para o Estado: o povo negro e branco pobre ficar excluído da excelência do saber ou a vontade dos acadêmicos conservadores ser mantida pelo governador?

Sabemos que a compreensão de meritrocacia adotada pela Unesp, USP e Unicamp é equivocada. O maior ideólogo da Universidade de Harvard, Michael Sandel, afirma e alerta há anos que as universidades devem evitar a aplicação da meritocracia injusta.

O que é isto?

 

 

Fonte: Brasil de Fato, [da Educafro ], 13/11/12.

 

 


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