Docentes assinam manifesto contra gestão antidemocrática na USP
 

Em protesto à postura autoritária e antidemocrática da atual gestão da Universidade DE São Paulo, docentes, estudantes, intelectuais, perseguidos e ex-presos políticos da ditadura militar (1964-1984) lançaram nesta quinta-feira (1) o Manifesto pela Democratização da USP. O evento aconteceu no Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

O manifesto chama a atenção para as práticas do atual reitor da USP João Grandino Rodas que, segundo os ativistas, são semelhantes às desenvolvidas pela Universidade durante o regime militar. No texto, a reitoria é acusada de reatiterar “o caráter dispositivos e práticas forjadas durante a ditadura militar, tais como perseguições políticas, intimidações pessoais e recurso ao aparato militar como mediador de conflitos sociais.”

Assinado por 231 docentes e por uma série de ex-presos políticos e familiares de mortos e desaparecidos, como a família de Zuzu Angel, o documento destaca que assim como no período de recrudescimento, no qual muitos estudantes da USP eram perseguidos, também hoje é comum a perseguição política, o processo e a expulsão de estudantes que se opõem à política vigente na Universidade.

O documento pede ainda a adoção de “princípios verdadeiramente democráticos, o que demanda o fim do convênio com a Polícia Militar, bem como o fim das perseguições políticas pela reitoria e pelo Governo de São Paulo a 98 estudantes e 5 dirigentes sindicais, através de processos administrativos e penais, e a imediata instauração de uma estatuinte livre, democrática e soberana, eleita e constituída exclusivamente para este fim”.

Desde o dia 8 de novembro, os estudantes da USP protagonizam uma grande movimentação na Universidade contra a repressão e o reitor considerado por eles ilegítimo e autoritário.

 

Com infformações do Brasil de Fato.

 

 

Fonte: ANDES-SN, 2/3/12.

 


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