Docentes em greve realizam ato na Alerj
 

Em greve desde o dia 11 de junho, docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) realizaram na tarde dessa terça-feira (14/8) um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Depois da manifestação, professores, servidores e estudantes da Uerj conversaram com os deputados para solicitar que eles intermedeiem as negociações com o poder executivo.

Há uma expectativa de que ainda nesta semana o governo envie para a Alerj o projeto que trata da dedicação exclusiva dos docentes, que é uma das reivindicações dos professores.

Manifestação na CAP-Uerj

Na manhã desta quarta-feira (15), alunos, professores e servidores do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp/Uerj) – uma das principais instituições com ensino básico e médio do estado – ocuparão as ruas do Rio Comprido, onde fica o CAp.

Há dois meses em greve, o Instituto de Aplicação protesta contra as condições salariais e de funcionamento que ameaçam a qualidade da instituição pública de melhor avaliação do ensino médio e fundamental do estado.

Segundo dados da própria universidade, o CAp funciona hoje com mais de 60% da carga horária docente exercida por professores contratados. Os baixos salários pagos a estes profissionaissão responsáveis por uma alta rotatividade em sala de aula, gerando descontinuidade no programa escolar.

O CAp/Uerj sofre ainda com a inadequação das atuais instalações do prédio às atividades didáticas. O Instituto é conhecido como a única instituição com ensino médio e fundamental a não ter um refeitório. Além da formação básica, o Instituto de Aplicação é espaço de formação para alunos dos cursos com licenciaturas da Uerj. Porém, a escassez de professores efetivos tem inviabilizado o acompanhamento e orientação aos graduandos. De acordo com as normas da universidade, os substitutos não podem orientar os alunos das licenciaturas.

O déficit do quadro efetivo do CAp/Uerj é atribuído ao achatamento salarial que a universidade vem sofrendo nos últimos dez anos. Desde 2001, não há reajuste linear para professores e técnico-administrativos da universidade. A situação provocou uma evasão de professores do quadro efetivo, que migraram para instituições federais de ensino superior, com a realização de concursos para estas instituições nos últimos quatro anos. A inexistência de regime de trabalho com dedicação exclusiva na universidade é apresentada como outra razão para a evasão.

Febf vai à praça

Também nesta quarta-feira (15), às 17h, a comunidade da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Febf) ocupará a praça Roberto Silveira, no centro de Caxias. Durante a manifestação, estudantes e trabalhadores daquela unidade divulgarão para a comunidade local a situação que vive a Uerj.

Na última quinta-feira (9/8), foi realizado o ato show "#Negocia, Cabral", que reuniu cerca de 500 estudantes e trabalhadores na concha acústica da Uerj. Com música e teatro, a comunidade, que está em greve há dois meses, protestou de forma bem-humorada, reiterando a pauta de negociações e convocando mais uma vez o governador a negociar.

 

Com edição do ANDES-SN

 

 

Fonte: Asduerj, 15/8/12.

 


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