Em defesa da democracia na instituição, docentes da PUC-SP decidem
manter greve
A comunidade
acadêmica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
decidiu, na noite desta quarta (21), pela manutenção da greve iniciada
há uma semana. A paralisação acontece em protesto à nomeação da
professora Anna Cintra para ocupar a reitoria da instituição. Ela
ficou em terceiro lugar na eleição, na qual votaram todos os membros
da instituição.
Em nota divulgada
pela Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc-SP), em conjunto
com demais entidades da comunidade acadêmica, docentes, estudantes e
funcionários consideram que, ao escolher Anna, o arcebispo D. Odilo
Scherer passou por cima da soberania e da legitimidade democrática do
processo eleitoral, colocando em risco toda a estrutura universitária.
“Repudiamos como
ilegítima a posse da professora Anna Cintra que, com declarações
truculentas como “Escolhe quem pode escolher”, se presta a ser
instrumento de um projeto de demolição das conquistas realizadas às
duras penas”, observam as entidades.
Ao menos sete
cursos já aderiram à paralisação. Em nota, o diretor da Faculdade de
Direito, Marcelo Figueiredo, afirmou que uma reunião extraordinária do
Conselho da Faculdade de Direito decidiu, por unanimidade, "reconhecer
a legitimidade" do movimento.
Audiência
Na noite desta
quarta, o movimento grevista realizou uma audiência pública no Teatro
Tuca, da própria instituição, que contou com a participação da
Apropuc-SP, Associação de Funcionários Administrativos da PUC-SP
(Afapuc), de movimentos estudantis e do atual reitor, o professor
Dirceu de Mello.
Nesta quinta e
sexta, os manifestantes farão panfletagens e promoverão aulas públicas
sobre educação laica, história da PUC, fundamentos de uma
universidade, entre outros temas.
Com informações
do OESP
Fonte: ANDES-SN,
22/11/12.