A Assembleia Geral Permanente dos docentes da UFRRJ, reunida em
27/06/2012, debateu os informes prestados por companheiros que,
durante a greve, estão sendo agendadas reuniões de unidades e
colegiados de curso para deliberarem questões acadêmicas
importantes. Foram citados: o agendamento de debates sobre o PDI;
convocação de colegiados para discutir reformulações de cursos;
conselhos para deliberar a respeito da matriz de avaliação do
trabalho docente; entre outras.
Esta Assembleia entende que assuntos como estes, envolvendo
problemas de avaliação, planos estratégicos da instituição, grades
curriculares e estrutura de cursos de graduação ou pós-graduação,
devem ser agendados com ampla participação da comunidade
universitária e em uma situação que permita a expressão de todas
as ideias a respeito dos temas tratados.
Estamos hoje com 56 das 59 universidades federais paralisadas,
além de 37 institutos federais, o que caracteriza um movimento de
lutas fundamental para que possamos defender um projeto de
instituições de ensino superior públicas, gratuitas, autônomas e
socialmente referenciadas.
Durante a greve a normalidade é rompida, os calendários são
alterados e um número significativo de atividades de greve passa a
ocorrer. Além disso, com a deflagração da greve também pelos
técnicos-administrativos e estudantes, o campus sofre ainda mais
com o esvaziamento, tornando muitas vezes impossível a
participação de membros discentes nestes colegiados.
Vale lembrar que a legitimidade de nosso movimento é reforçada
pelas manifestações dos conselhos superiores de diversas IFEs,
inclusive nosso egrégio CEPE da UFRRJ já deliberou a respeito, com
moção de apoio ao movimento e suspensão do calendário acadêmico em
função da greve.
Assim, a Assembleia Geral Permanente dos docentes entende que é
inconcebível e contraditório a realização de reuniões, que são
atividades acadêmicas, sobretudo que tratem de temas envolvendo o
interesse geral da comunidade da UFRRJ, em um momento de greve.
Assembleia Permanente dos Docentes
Junho/201