Balanço de ações e plano de lutas marcam último dia do Congresso da
CSP-Coluntas
Um saldo
positivo. Foi esse o resultado da avaliação realizada nesta
segunda-feira (30) pela maioria dos delegados do 1º Congresso da
CSP-Conlutas na plenária que discutiu o balanço de atividades e de
organização da Central, em relação à sua atuação desde quando foi
criada, no Conclat de 2010.
No último dia do
congresso, que reuniu 2280 participantes, debateram e votaram também
questões referentes à unidade de luta, à participação da Central nas
chapas sindicais e campanhas pro-desfiliações de outras centrais,
alterações no estatuto da entidade e também o plano de lutas para os
próximos dois anos.
Mesmo com análise
positiva, com a constatação que a Central realizou importantes
intervenções nas lutas em curso, tanto sindicais quanto dos movimentos
populares, os delegados avaliaram que existe ainda a necessidade de
aprimoramento de algumas questões internas da entidade, no sentido de
ampliar e fortalecer a luta da classe trabalhadora.
Várias resoluções
foram levadas à votação, sendo que algumas provacaram debates mais
acalorados e até quatro posições diferentes sendo defendidas em
plenária. A orientação encaminhada pelo ANDE-SN para a definição de
critérios para a composição das coordenações estaduais e regionais da
CSP-Conlutas e na coordenação central foi acatada por ampla maioria
dos delegados, com apenas quatro votos de abstenção.
Já a contribuição
do Sindicato Nacional, deliberada no 31º Congresso do ANDES-SN,
referente à alteração do nome da CSP-Conlutas para Central Sindical
Popular (CSP) foi debatida e também defendida por outras entidades,
mas, na votação por contraste, acabou sendo rejeitada.
Outra proposição
do ANDES-SN aprovada pelo plenário foi o aumento de 3% para 5% na
contribuição das entidades filiadas à Central.
Avaliação
Marina Barbosa,
presidente do ANDES-SN, avalia que a presença de diversas entidades
sindicais e movimentos sociais demonstraram o caráter sindical e
popular que caracteriza a organização da CSP-Conlutas. Além disso, a
grande presença da delegação de outros 20 países confirmou o caráter
internacionalista da Central.
Para ela, ao
juntar tantas entidades de diferentes setores da luta sindical,
popular e estudantil, o 1º Congresso da CSP-Conlutas gerou a força
necessária para se continuar avançando.
Segundo Marina,
outro ponto positivo foi a possibilidade de participação daqueles
movimentos que não são filiados à Central, mas que se aproximam na
luta.
“O congresso
cumpriu seu papel ao analisar a conjuntura nacional e internacional e
definir eixos de intervenção da CSP-Conlutas, que a permitem
aprofundar a sua presença na luta dos movimentos sindicais, estudantis
e populares”, constatou a presidente do ANDES-SN.
Atnágoras Lopes,
coordenador da CSP-Conlutas, classificou a realização do 1º Congresso
da CSP-Conlutas como uma vitória do processo de reorganização da
classe trabalhadora brasileira. “Com isso dá um passo muito importante
no sentido de se afirmar como alternativa que vem agregar todos os
segmentos da esquerda brasileira”, completou.
De acordo com
Atnágoras, essa vitória tem a ver com o enraizamento da central na
luta concreta dos trabalhadores nesse último período nas mais diversas
frentes da luta sindical, popular e estudantil, sendo a expressão da
classe trabalhadora.
“A gente conclui
esse congresso com a certeza de uma etapa importante cumprida e com a
convicção de que nós vamos avançar e agregar, cada vez mais, na luta a
esquerda brasileira e contribuir para que um dia os trabalhadores se
libertem do julgo do capital e construam uma sociedade distinta,
igualitária e socialista”, finalizou.
Fonte: ANDES-SN,
1/5/12.