Após fim de passeata, professores em greve fazem ato no Centro do Rio
Protesto reúne
professores e alunos de universidades em greve na cidade.
Há lentidão da Avenida Presidente Antônio Carlos ao Elevado da
Perimetral.
Professores,
funcionários e alunos de universidades federais em greve realizam um
ato na tarde desta terça-feira (12), na Praça XV, após o término da
passeata iniciada na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro,
que deixou o trânsito complicado.
Mesmo após o
término da passeata, no entanto, motoristas ainda enfrentavam retenção
por volta das 17h da Avenida Presidente Antônio Carlos até o Elevado
da Perimetral, no Centro do Rio de Janeiro. As informações são do
Centro de Operações do Rio.
De acordo com a
assessoria do 5º BPM (Praça da Harmonia), cerca de mil pessoas
participam da manifestação. A assessoria de imprensa da Associação de
Docentes da Uerj (ASDUERJ) informou que os manifestantes reivindicam
reajustes de salários e melhorias no plano de carreira dos servidores.
Para o professor
Mauro Iasi, presidente da Associação dos Docentes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (ADUFRJ), há 35 anos na rede pública de
ensino, cinco deles na UFRJ, a manifestação foi um sucesso. “É uma
bonita mobilização para abrir o diálogo em defesa da educação
pública”, ressaltou ele. “A greve, que já conta com a adesão de mais
de 50 universidades federais de todo o país, entra em uma fase de
consolidação”, explicou ele. No estado do Rio, as quatro universidades
federais – UFRJ, UFRRJ, UFF e UniRio – aderiram ao movimento, que
começou em 17 de maio.
Iasi afirmou que
os salários dos professores, hoje, estão na 59ª colocações dentro os
valores médios pagos nas carreiras federais. “Os professores–adjuntos,
que são a maioria da classe, tiveram perdas salariais de 40% nos
últimos dez anos”, enfatizou ele, explicando que o piso pago ao
docente federal, hoje, está em torno de R$ 1 mil. “Nós queremos o fim
das gratificações e o aumento real dos salários, com reposição
imediata de 22,08%”, disse. De acordo com a assessoria de imprensa da
ADUFRJ, a categoria reivindica um piso salarial de R$ 2.239, que
corresponde, segundo a associação, ao salário-mínimo calculado pelo
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos
(Dieese).
Os funcionários
técnico-administrativos federais entraram em greve em 11 de junho. O
Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (SINTUFRJ) divulgou uma carta aberta à população do Rio,
afirmando que o governo federal tem tratado a classe com “descaso” em
garantir “o mínimo de dignidade para que os servidores cumpram suas
funções e tarefas”. O sindicato afirma que a classe recebe os piores
salários do serviço público federal no Brasil. Além de melhoria
salarial, eles também defendem um ensino público e gratuito e
qualidade.
Nesta terça-feira
(12), os professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Uerj) também entraram em greve. A assessoria de imprensa da
Associação de Docentes da Uerj (ASDUERJ) informou que os manifestantes
reivindicam reajustes de salários e melhorias no plano de carreira dos
servidores.
Fonte: G1,
12/6/12.