Após 20 dias de greve, MEC chama professores federais para reunião
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Diretores do
ANDES-SN e representantes do Comando Nacional de Greve dos
professores federais foram recebidos nesta terça-feira (5) pelo
Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante a manifestação
dos servidores públicos federais na Esplanda, que reuniu mais de
15 mil servidores.
Esta foi a
primeira reunião do Comando Nacional de Greve com representantes
do governo desde que a paralisação foi iniciada há 20 dias.
Mercadante
informou aos docentes que o processo de negociação seguirá e que o
Ministério do Planejamento deve voltar a se reunir com as
categorias na próxima semana. No entanto, o Ministro ressaltou a
questão do prazo de 31 de julho e disse que é necessário aguardar
o desdobramento da crise financeira internacional para avaliar o
impacto que terá na economia do país.
O ANDES-SN
destacou que o tempo é uma questão política e que, agora, com o
argumento do impacto no orçamento o governo está deturpando o
método negociado e invertendo a lógica do que foi firmado no
acordo emergencial de 2011, que prevê discutir primeiro a
estrutura da carreira docente e depois o quanto a reestruturação
irá custar e em quanto tempo ela será implementada. |
“A greve é forte
e o chamado do Ministro para a reunião reafirma isso. Já são 51
instituições paradas. Nós queremos a reestruturação da carreira, para
uma mais simples, que valorize o trabalho docente e permita
oferecermos ensino de qualidade. Para isso precisamos também de
condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”,
disse Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN, em entrevista após a
reunião.
Ela ressaltou
que a precariedade que vimos hoje é consequência de uma política de
expansão desordenada e sem qualidade via Reuni, por isso o movimento
quer também discutir os prazos e os critérios de distribuição entre as
Ifes, dos novos cargos criados.
Marina destacou
também que o movimento compreende os problemas apontados pelo
ministro, mas que eles não podem servir mais uma vez de desculpas para
que as negociações não avancem.
“Na nossa
opinião, o acordo emergencial não foi cumprido e o prazo nele
estipulado já venceu [31 de março]. Na última reunião antes da greve,
em 15 de maio, o governo nos apresentou a mesma proposta de dezembro
de 2010. Ou seja, as negociações não avançam”, finalizou.
Fonte: ANDES-SN,
5/6/12.