Professores e servidores da UPE exigem negociação
Negociação de verdade. Esse foi o mote do movimento organizado pelos
professores e servidores da Universidade de Pernambuco, sexta-feira
passada (3/6), para exigir do governo do estado a retomada das
negociações dos pleitos das duas categorias.
O protesto teve início em frente ao Hospital Oswaldo Cruz, onde
professores e servidores fizeram panfletagem esclarecendo à população
os motivos da paralisação. Em seguida, os manifestantes seguiram em
passeata até a reitoria da universidade.
Os cerca de 300 manifestantes fizeram o abraço simbólico da Reitoria.
Uma comissão foi recebida pelo reitor Carlos Calado, a quem cobraram o
apoio aos pleitos dos servidores e professores, bem como uma posição
com relação às contratações via contratos simplificados.
Carlos Calado argumentou que as contratações temporárias são uma saída
“provisória”, uma forma de suprir as demandas imediatas da
universidade. “Não podemos considerar as contratações simplificadas
como uma medida provisória, posto que esse método já vem sendo adotado
há vários anos”, criticou o diretor de imprensa da Associação dos
Docentes da UPE (Adupe Seção Sindical), Roberto Burkhardt.
O movimento teve à frente dirigentes da Adupe (Carlos Lago, Itamar
Lages, Sérgio Galdino, Bernadete Campos, Durval Lins e Roberto
Bukhardt), do Sindicato dos servidores da UPE (Sindupe), da Associação
dos Servidores da UPE (Asupe) e do Diretório Central dos Estudantes
(DCE/UPE)
Governo repete discurso na Mesa de Negociação
O governo do estado manteve, na reunião da Mesa Geral de Negociação
Permanente, realizada na sexta-feira passada (3/6), o mesmo discurso
das reuniões anteriores: Reajuste linear de 5% em setembro.
A posição foi duramente criticada pelos dirigentes sindicais, que não
entendem o discurso dúbio do governo. “Para a população, o governo
prega que a economia vai às mil maravilhas. Já para os servidores
alega que não pode conceder reajuste”, criticou o coordenador do Fórum
dos Servidores Estaduais, Paulo Rocha.
Os dirigentes sindicais defenderam o reajuste acima da inflação, bem
como a manutenção do dia 1º de junho como data-base da categoria.
Reuniões específicas – O governo se comprometeu, no entanto, que no
decorrer desta semana fará reuniões com cada sindicato para discussão
das pautas específicas. Uma nova reunião da Mesa Geral ficou agendada
para a próxima sexta-feira, dia 10.
A Adupe foi representada na reunião pelos professores Sérgio Galdino
(diretor sindical) e Bernadete Campos (secretária).
Fonte: Adupe Seção Sindical