Prêmio à solidariedade
 

Movimento Humanos Direitos e Grupo de Pesquisa de Trabalho Escravo prestam homenagem a quem promove os direitos humanos. Artistas que emprestam seu prestígio à causa foram agraciados

O cineasta Cacá Diegues, diretor do filme 5X Favela, foi um dos contemplados com o prêmio João Canuto 2011 que homenageia personalidades envolvidas com a promoção dos direitos humanos. O prêmio – criado pelo o Movimento Humanos Direitos(MHuD) e o Grupo de Pesquisa de Trabalho Escravo/ NEEP-DH/UFRJ – também foi concedido à cineasta Aline Sasahara, que expôs no documentário  “Salve, Santo Antonio” o drama das famílias afetadas pela explosão de uma fábrica de fogos clandestina em Santo Antônio de Jesus, no interior da Bahia.

O ator Marcos Palmeira foi homenageado por sua luta pelos alimentos orgânicos, que não são produzidos para o lucro, mas para a difusão de uma cultura de alimentação saudável como garantia de saúde. O ator também organizou o Projeto PAIS – Produção Agrícola Integrada Sustentável na Reserva Parabubure. O projeto envolveu a realização do documentário “Expedição A’Uwe – A Volta de Tsiwari” em 2004. O filme deu origem à série “A’Uwe”, transmitida aos domingos pela TV Cultura, único programa de televisão integralmente dedicado à divulgação das histórias, conflitos, tradição e cultura indígenas.

Durante o evento aconteceu o lançamento dos livros “Trabalho escravo contemporâneo: um debate transdiciplinar” e “Olhares sobre a escravidão contemporânea”, publicações organizadas respectivamente pelos professores Ricardo Rezende e Adonia Prado. Atores de televisão que emprestam sua visibilidade para promover o respeito aos direitos humanos, como Marcos Winter e Osmar Prado, prestigiaram a premiação.

Ameaças de morte

Associação Mineira do Ministério Público (AMMP-MG) e a Mary Xavier Cunha, advogada trabalhista no Estado do Pará, integrante da Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo do Governo Federal também foram homenageados. Débora Noal, do Médico Sem Fronteiras, e os os sacerdotes Dom José Luís Azcona e José Carlos Medeiros Nunes foram aplaudidos de pé pelos participantes do evento.  Dom José Luis é o atual bispo de Prelazia do Marajó, onde desenvolve um trabalho apostólico e social relevante, com denúncia constante de situações sócio-econômicas e pessoais intoleráveis. Mais recentemente, denunciou e exigiu das autoridades medidas efetivas contra a prostituição infantil e tráfico de mulheres para a Guiana Francesa e para a Europa. Em decorrência disso, está ameaçado de morte.

José Carlos Medeiros, atuante no grupo Assistencial SOS Vida e na Pastoral da Aids na cidade de Petrópolis, fundador da Oficina de Jesus, também recebeu o prêmio João Canuto. Liberado de atividades paroquiais para se dedicar às pastorais sociais, Padre Quinha criou também 3 casas para acolher população de rua. Já foi homenageado e premiado diversas vezes, incluindo troféu Cidade Imperial e a medalha Koeller.

 

Fonte: adufrj.

 


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