Deflagrada nova greve de terceirizados da Universidade de São Paulo
 

Na quarta-feira (28), cerca de 140 funcionários da empresa terceirizada, GSV, que prestam serviços na área de vigilantes do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, entraram em greve.

A empresa GSV desde dezembro de 2010 tem pago salários menores, cerca de 60% do valor das férias, o adicional de insalubridade não tem sido pago há 3 anos e o convênio médico está bloqueado por falta de pagamento.

O INSS, e o FGTS não estão recolhidos pela empresa.

O DSR – Descanso Semanal Remunerado, tem sido apenas 20% do valor.

Além disso, tem ocorrido o parcelamento de empréstimo bancário consignado, descontado pela empresa e não repassado ao banco o que acarreta na inclusão dos funcionários no SPC e, pensão alimentícia descontada do trabalhador e não paga.

Os trabalhadores que se queixam desses absurdos têm sido ameaçados de represálias, inclusive demissão.

Na terça-feira (27), os trabalhadores reunidos decidiram entrar em greve a partir de hoje.

Às 9 horas, uma Comissão de funcionários, acompanhada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), foi recebida pelos representantes da empresa terceirizada, administração do Hospital e da reitoria da USP.

A empresa se comprometeu a regularizar a situação em 2 dias. Entretanto, como não é a primeira vez que essa promessa é feita, os trabalhadores decidiram continuar a greve até a regularização de todos os pagamentos, mantendo 30% dos trabalhadores de plantão conforme exigido por lei.

O Sintusp, mais uma vez, apóia ativamente essa greve denunciando novamente o absurdo da terceirização na Universidade de São Paulo, que além de ameaçar o emprego dos funcionários da USP, traz a semiescravidão para dentro da Universidade e piora cada vez mais a qualidade do ensino e da pesquisa na USP.
 

Fonte: CSP-Conlutas

 


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