MTST, MST e Fábrica ocupada Flaskô realizam ato por terra, trabalho e
moradia na Av. Paulista
Local:
MASP
Data:
8 de dezembro às 9 horas; às 15 horas Lançamento da Campanha Sem Teto
Com vida
É hora de
desapropriar por terra, trabalho e moradia!
É hora de ocupar
as terras campo e terrenos nas cidades, as fábricas fechadas e
falidas.
O Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST), da fábrica sob o controle dos
trabalhadores Flaskô e militantes sem terra de Campinas realizaram, no
dia 12 de novembro, um encontro no qual foi discutido a necessidade de
articulação e organização da luta conjunta dirigida ao governo
Federal. Essa ação tem o objetivo de apontar as desapropriações como
medidas urgentes da pauta de luta desses movimentos.
A fábrica Flaskô
está ocupada há 8 anos e os trabalhadores lutam para manter seus
empregos. Têm sofrido diversos ataques por parte do Governo e da
Justiça em função das dívidas deixadas pelos antigos patrões. Os
trabalhadores têm mantido a fábrica aberta e em funcionamento, mas sob
ataques cada dia maiores. Por isso, é necessário que o Governo
desaproprie a fábrica e a coloque sob o controle dos trabalhadores. É
necessário que o governo desaproprie o terreno onde se construiu a
Vila Operária regularizando as moradias. É necessário que o governo
desaproprie os galpões da Fábrica de Cultura e Esporte consolidando um
verdadeiro centro cultural público e sob o controle dos trabalhadores
da arte e cultura. A desapropriação é a forma de reaver o que os
patrões não pagaram garantido os empregos, as moradias e a cultura.
Nas cidades, as
ocupações Zumbi e Dandara do MTST mostram a disposição de luta dos
trabalhadores por suas moradias, mas esbarram na falta de terrenos. É
hora de acabar com a especulação imobiliária desapropriando terrenos
para construção das moradias para as famílias. No campo é necessário
desapropriar as terras para a reforma agrária popular e sob o controle
dos trabalhadores.
Tarefas urgentes
estão colocadas para os trabalhadores da cidade e do campo:
· No campo, o
governo não deu nenhum passo para a mínima aplicação da constituição
desapropriando as terras para a reforma agrária e entrará para a
história como não tendo realizado nenhum assentamento no primeiro ano
de governo.
· Nas cidades,
as famílias não têm onde morar e pouco se fez no sentido de aplicar as
leis, como o estatuto da cidade, que prevê a desapropriação de terras
para a moradia de interesse social.
· Na fábrica
ocupada Flaskô, os ataques se ampliam por parte do governo e nenhuma
medida concreta é adota no sentido de salvar os empregos.
· Nas fábricas,
prossegue o processo de ataques aos direitos dos trabalhadores, com
terceirizações e fechamento de unidades produtivas, como resultado a
internacionalização das empresas para os patrões ganharem bilhões,
tudo com dinheiro publico do BNDES.
· A
criminalização dos trabalhadores na cidade e no campo a cada dia é
maior. Não podemos aceitar as ameaças ao militantes, os processos
criminais e mais do que isso os assassinatos que prosseguem.
Por isso, e
sabendo que é necessário construir a unidade na luta, decidimos
organizarmos um ato unitário em 8 de dezembro no MASP em São Paulo
para apresentarmos nossa pauta de reivindicações.
- Desapropriação
já da fábrica ocupada Flaskô!
- Desapropriação
já pelas moradias da acampamento Dandara e Zumbi!
- Desapropriação
já por reforma agrária da área do Sítio Boa Vista em Americana – SP!
- Não à
criminalização dos Movimentos Sociais.
Fonte:
CSP-Conlutas, 29/11/11.