Na semana
do Dia Internacional das Mulheres, a CSP-Conlutas organiza atos
públicos em todo o Brasil
No
mês de março, as mulheres estarão nas ruas, nas escolas, nas fábricas
lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma
mais cruel às trabalhadoras.
O
setorial de mulheres da Central Sindical e Popular-Conlutas, irá organizar
nos estados um calendário de atividades com atos a serem realizados na
semana do dia 8 de março, bem como, debates e palestras nas entidades.
Confira o texto extraído da Convocatória Nacional da CSP- Conlutas.
Somos todas
mulheres em luta: Contra o Machismo e a Exploração! Em defesa da Mulher
Trabalhadora
Em 1910, a
socialista alemã Clara Zetkin propôs na 2ª Conferência Internacional das
Mulheres Socialistas a criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem
às 129 operárias da fábrica Cotton (EUA) assassinadas por reivindicar
direitos, em 1857. A data ganhou importância em todo o mundo principalmente
após o dia 8 de março de 1917, quando as trabalhadoras russas saíram às ruas
e precipitaram as ações da revolução socialista.
No mês de março,
as mulheres estarão nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o
machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel as
trabalhadoras. Embora em nosso país as mulheres sejam a maioria da população
e estudem, em média, mais tempo do que os homens, elas ainda ocupam as
profissões menos remuneradas e chegam a ganhar até 30% menos para fazer o
mesmo trabalho.
Nossa luta é todo
dia
Em 2011, pela
primeira vez na história do Brasil, uma mulher assumiu a presidência do
país. Junto com ela, o maior número de ministras mulheres. Entretanto, este
novo governo nada representa de novo para as mulheres trabalhadoras.
Ao assumir o
governo, Dilma Rousseff garantiu aos seus pares um aumento significativo nos
salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo
teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os
que recebem o mínimo representam 53%.
Já na campanha
eleitoral representou um retrocesso em relação a uma reivindicação histórica
das mulheres que é a legalização do aborto.
Enquanto mulheres
e trabalhadoras, nós reafirmamos a necessidade de que nossas bandeiras
feministas históricas sigam sendo nosso combustível para a organização e a
luta por direitos iguais.
Mobilização em
todo o país
A CSP-Conlutas
construirá atos unitários por todo país, tendo como base um programa
antigovernista, que exija o reajuste imediato do salário mínimo da classe
trabalhadora, igual ao dos deputados, o direito às creches e à ampliação da
licença maternidade, à legalização do aborto e ao fim da violência
doméstica.
Defendemos:
-
Aumento de 62%
do salário mínimo, o mesmo dos deputados!Pelo piso do Dieese;
-
Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para
não morrer!
-
Direito à
maternidade: a) licença-maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras
e estudantes, rumo a um ano; b) creche gratuitas e em período integral
para todos os filhos da classe trabalhadora;
-
Pelo fim da
violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!
-
Pelo fim da
ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!
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Solidariedade e
apoio às revoluções árabes.
Fonte: CSP-Conlutas, com adaptações.
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