Italianos convocam paralisação geral por três horas contra austeridade
fiscal
Centrais
sindicais da Itália convocaram para esta segunda-feira (12) uma
paralisação geral de três horas. A greve marca o começo de uma semana
de protestos em todo país. Sem acordo entre sindicatos e governo, as
centrais convocaram o protesto geral contra as medidas de austeridade
adotadas pelas autoridades italianas para tentar vencer os impactos da
crise econômica internacional.
Os sindicatos
cobram que o plano de austeridade não prejudique as atuais
aposentadorias nem reajuste os valores dos impostos sobre bens
imobiliários. O plano de austeridade deve ser aprovado pelo Parlamento
até o Natal. O plano é formado por um grupo de medidas que incluem
redução do déficit em aproximadamente 20 bilhões de euros e ações de
estímulo para a economia, no valor de 10 bilhões, além dos cortes.
Especialistas
dizem que, se as reivindicações forem atendidas, o Estado perderá
cerca de 5 bilhões de euros. Pela proposta do governo, o funcionalismo
público vai sofrer cortes e as tarifas serão reajustadas. Mas as
centrais sindicais avaliam que a proposta não é equilibrada e defendem
que os ricos paguem mais impostos pelas propriedades e pelos bens de
luxo.
O
primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse que aos dirigentes
sindicais que a situação é de emergência e que é necessário o
sacrifício de todos. Apesar do descontentamento dos italianos com o
plano de austeridade, o governo pede que a população compre títulos do
Estado na tentativa de aliviar a dívida pública.
Para esta segunda
(12) está prevista uma nova emissão de títulos italianos no valor de 7
bilhões de euros. Para estimular a população a comprar a dívida para
ajudar o país, os bancos repetem a iniciativa do “dia dos títulos do
Tesouro”, do dia 28 de novembro. Eles não vão cobrar comissões durante
a próxima emissão.
*Com informações
da emissora pública de rádio da França, RFI
Fonte: ANDES-SN,
12/12/11.