Governo diz a deputados que só negocia com a Fasubra após suspensão da
greve
Os
deputados Alice Portugal, Fátima Bezerra e Gilmar Machado, além do
diretor-executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro
Armengol, e dos representantes da CSP-Conlutas, Antônio Donizete, e da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Mário
Garafollo, participaram na terça-feira (06), da reunião do Comando
Nacional de Greve (CNG) da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores
em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical).
O objetivo foi repassar para o CNG os informes das reuniões com o
governo federal, mais precisamente, com a Secretaria de Recursos
Humanos do Ministério do Planejamento (SRH/MP) realizadas na semana
passada e na segunda-feira (05) acerca da reabertura das negociações
para tratar da greve, que completou três meses no dia 6 de setembro.
Os parlamentares informaram que já utilizaram todo o poder de pressão
para tornar possível o atendimento à pauta de reivindicações dos
técnicos administrativos (TAE), mas que o governo não acena com uma
proposta para 2012. “Para o governo, reajuste com impacto na pauta
econômica de 2012 está fora de cogitação”, afirmou a presidente da
Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Fátima Bezerra, PT/RN.
Segundo a parlamentar, o governo, no entanto, disse haver disposição
de retomar o diálogo e estabelecer um protocolo de negociações, desde
que a categoria suspenda a greve.
Alice Portugal, do PC do B/BA, reforçou os informes da colega de
plenário e disse que diante dessa realidade é preciso que o comando
analise o posicionamento do governo, criticou o projeto que cria a
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), e convocou a
categoria para comparecer à reunião da Comissão Especial, que estuda a
criação da empresa, no próximo dia 13.
Já o deputado Gilmar Machado, PT/MG, ficou encarregado de retirar as
dúvidas apresentadas pelo CNG acerca da peça orçamentária (LOA).
Segundo o parlamentar, há possibilidade de se alterar a peça
orçamentária até 22 de dezembro, porém, qualquer impacto financeiro
que venha decorrer de modificações só passaria a vigorar em janeiro de
2013.
Sobre as negociações com a SRH/MP, Pedro Armengol, da CUT, disse que
toda a movimentação dos parlamentares e das centrais foi no sentido de
intermediar o diálogo, que considerou a tentativa de judicializar a
greve um “atestado de incompetência” emitido pelo governo a si
próprio, e que as reuniões demonstraram que as negociações chegaram ao
limite. “O único avanço percebido foi de que o secretário (Duvanier)
afirmou que irá discutir a questão da Fasubra para dentro do governo”,
disse.
Antônio Donizete, da CSP-Conlutas, voltou a criticar a postura
intransigente do governo que decidiu não atender a categoria em greve;
e Mário Garafolo, da CTB, alertou a categoria para os prazos de 2012,
ressaltando que é ano de eleição e que por isso as negociações não
devem ultrapassar o primeiro semestre.
Mobilização
contra PL 1749/2011
O Comando Nacional de Greve da FASUBRA Sindical, em reunião
realizada nesta quinta-feira (8), decidiu por reforçar a importância
da realização das caravanas dos técnico administrativos à Brasília,
para mobilização no sentido de barrar a aprovação do relatório do PL
1749/2011, que estabelece a criação da Empresa Brasileira de Serviços
hospitalares – Ebserh.
A reunião da
Comissão Especial da Câmara, que analisa o PL, acontece na próxima
terça-feira (13), e a orientação do CNG é para que as caravanas venham
preparadas para acompanhar os trabalhos na Câmara dos Deputados
durante todo o dia.
Com informações da
Fasubra Sindical