Governo
da Bahia suspende salários, mas professores mantêm a greve
Em uma
assembleia bastante participativa, com 170 assinaturas na lista de
presença, os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS) mantiveram a greve, com 133 votos favoráveis, 24 contra e 9
abstenções, mesmo após a suspensão do pagamento de seus salários pelo
governo. A decisão se deveu ao entendimento de que a atitude do
governo foi arbitrária e inconstitucional por desrespeitar o direito
de greve. Desta forma, a categoria demonstra também sua indignação com
o argumento do governo de que “a greve prejudica a sociedade”,
conforme nota oficial divulgada em 28 de abril.
Em uma
assembleia bastante participativa, com 170 assinaturas na lista de
presença, os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS) mantiveram a greve, com 133 votos favoráveis, 24 contra e 9
abstenções, mesmo após a suspensão do pagamento de seus salários pelo
governo. A decisão se deveu ao entendimento de que a atitude do
governo foi arbitrária e inconstitucional por desrespeitar o direito
de greve. Desta forma, a categoria demonstra também sua indignação com
o argumento do governo de que “a greve prejudica a sociedade”,
conforme nota oficial divulgada em 28 de abril.
A tentativa
de encerrar a greve de forma autoritária não teve sucesso. “Não vamos
nos amedrontar com este golpe torpe do governo. Continuaremos firmes
na luta, pois só assim conquistaremos nossas reivindicações”, afirma o
coordenador da Adufs Seção Sindical, Jucelho Dantas. Para os
professores, o governo precisa retomar as negociações quanto a
retirada da cláusula que congela os salários até 2015 e a revogação do
Decreto que contingencia as verbas das universidades estaduais da
Bahia (UEBA).
Ao invés
disto, ele tenta confundir a opinião pública com dados que mostram que
“faz mais” pelas Universidades, escondendo que o feito ainda está
muito aquém das necessidades reais, dada a expansão da Educação
Superior baiana. Nesta nota, o governo também não fala dos ataques
proferidos por ele à autonomia universitária e aos direitos
trabalhistas dos docentes, previstos em Lei. Segundo o coordenador do
Fórum das ADs, “temos estudos que comprovam que este governo está
supervalorizando seus números. Inclusive usando cálculos questionáveis
ao comparar o orçamento das UEBA incluindo o ano de 2006, quando
sequer era governo”, afirma Gean Santana.
A
assembleia aprovou que o principal foco das mobilizações agora é a
exigência da reabertura das negociações. Apesar de divulgar que está
disposto a negociar, o governo não agendou nenhuma reunião com a
categoria, desde o dia 15 de abril. Em e-mail (aqui),
enviado pelo coordenador da Educação Superior (CODES), ele apenas
solicita uma resposta e diz que só assinará o acordo após a categoria
sair da greve.
Agenda
de mobilizações da greve
Foram
aprovadas as seguintes atividades, para as quais todos estão
convocados:
cine-debate na
UEFS nesta quarta, ida à imprensa em Feira e Salvador (04/05), visita
a Assembléia Legislativa (5/5), reunião do Fórum das ADs, na
Associação dos Docentes da Univerisdade Estadual da Bahia - Aduneb
Seção Sindical, na tarde da quinta (5/5), manifestação em frente à
Prefeitura de Feira de Santana, na sexta (6/5), a partir das 9 horas,
com “barbear coletivo” parodiando a burlesca “venda” da barba pelo
governador e reunião do comando de greve, neste dia, às 14 horas, na
Adufs. Para intensificar a divulgação da greve, foi deliberado o uso
massivo das redes sociais, formando uma comissão para viabilizar esta
campanha.
A confirmar
local e hora, será definido nesta quinta na reunião do Fórum das ADs,
o ato público no CAB para a próxima segunda (9/5). Também será
solicitada uma reunião com o Fórum de Reitores para que os mesmos se
posicionem sobre o corte dos salários e a nota paga do governo. Além
disso, será realizada uma campanha de mídia (outdoors, rádio,
televisão e jornais).
A diretoria
da ADUFS e o comando de greve levaram para a assembleia a proposta de
um “empréstimo emergencial” aos docentes, usando o fundo de
mobilização, que atualmente conta com quatrocentos mil reais, quando
ficou aprovado que os sindicalizados com dedicação exclusiva disporão
de R$ 1.500 e 40h terão R$1.000.
A maioria
das falas na assembleia apontou para a necessidade do fortalecimento
do movimento e, portanto, do aumento da participação nas atividades da
greve. Como dito por um professor, todas as melhorias salariais, das
condições de trabalho e conquistas frente a autonomia e a democracia
na UEFS, foram garantidas com a luta, nestes 30 anos da Adufs Seção
Sindical. Mais informações sobre a greve e suas atividades ver
www.adufs-ba.org.br , na sede da Adufs ou ligar para 75
32243368.
FONTE:
Adufsc Seção Sindical