Fórum das ADs baianas vai à Assembleia Legislativa denunciar descaso
do governo
Como o governador
Jaques Wagner descumpriu o acordo firmado em 15 de junho passado, que
resultou no fim da greve dos docentes das universidades estaduais
baianas, os representantes do Movimento Docente das Universidades
Estaduais Baianas visitaram terça-feira (6) a Assembleia Legislativa
da Bahia com o objetivo de informar aos deputados envolvidos na
negociação (José Neto, Reinaldo Teixeira Braga, Kelly Magalhães, Bruno
Reis) que o governo se recusa em manter a agenda de reuniões sobre os
impactos do Decreto 12.583/11 nas Universidades.
Além de alertar
os deputados para o descaso do governo, o Movimento Docente também
protocolou um ofício solicitando a intervenção do poder legislativo na
retomada das negociações.
O Coordenador de
Desenvolvimento da Educação Superior (Codes), Clóvis Caribé, contatado
pelos sindicalistas, informou que o governo só voltará a conversar com
o movimento docente após a entrega de um projeto de autonomia, ainda
sem previsão.
Para o
coordenador do Fórum e vice-presidente da Associação dos Docentes da
Universidade Estadual de Santa Cruz (Adusc), Roque Pinto, é importante
que a categoria esteja sempre conectada com as vias de negociação no
campo mais estritamente político-institucional para afirmar e ampliar
os direitos dos docentes, mas sem que, com isso, percamos o horizonte
da militância e da independência.
“Sabemos da
complexidade do tabuleiro político da Bahia e, precisamente por conta
disto, não podemos prescindir de nenhum caminho que venha a assegurar
os ganhos da categoria docente, conquistados com a luta intensa que
foi a greve de 2011”, pontua.
Sobre termo de
compromisso
O Termo de
Compromisso, assinado 15 de junho de 2011, é um documento em que o
Governo se comprometeu a agendar reuniões com os professores. Os
servidores técnico-administrativos e estudantes, a cada dois meses,
para a resolução de problemas relacionados ao Decreto 12.583/11, que
afeta o funcionamento das universidades estaduais baianas, ataca os
direitos adquiridos dos docentes e servidores técnico-administrativos
e inviabiliza uma política de permanência estudantil adequada.
Mas, ao contrário
do acordado, desde agosto o Governo tem se recusado a reunir-se com as
Associações Docentes.
Leia mais:
Fonte: Fórum das
ADs, 9/12/11.