Estudantes de Pelotas continuam mobilizados e realizam assembléia na
quinta
Os estudantes da
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizam assembléia geral na
próxima quinta-feira (2/6), para definir os rumos do movimento que, na
semana passada, chegou a ocupar por dois dias a reitoria, em protesto
contra as péssimas condições de funcionamento da instituição.
No dia 26/5,
cerca de 250 estudantes iniciaram um protesto na Rua XV de Novembro,
centro da cidade, por volta das 13:30 horas. De lá, eles seguiram para
a reitoria da UFPel, com o propósito de entregar ao reitor César
Borges uma pauta de reivindicação feit por representantes de 14 cursos
da universidade.
Como o reitor se
recusou a recebê-los e ainda ordenou a proibição da entrada dos
estudantes no prédio, os manifestantes decidiram ocupá-lo. A
desocupação só ocorreu no dia seguinte, de forma pacífica e
organizada, quando a Polícia apresentou a ordem judicial para tal.
Confira as reivindicações dos estudantes:
— Falta de
espaço físico para alunos devido ao aumento desproporcional da relação
aluno/espaço;
— Transparência no orçamento da Universidade;
— Iluminação das Unidades;
— Segurança;
— Obras da futura casa do estudante e da creche;
— Proporcionalidade na relação assistência estudantil/aumento de
alunos;
— Aquisição de livros sem respeitar listas elaboradas por docentes;
— Obras do projeto Reuni em atraso;
— Aquisição de prédios sucateados para reforma;
— Pulverização dos espaços da Universidade pela cidade de Pelotas;
— Gastos de custeio UFPel;
— Proporcionalidade no aumento de alunos/professores;
— Laboratórios de práticas em condições inadequadas de segurança;
— Descarte de resíduos químicos inadequados;
— Inexistência de Hospital Universitário para áreas da saúde;
— Inexistência de laboratórios, como exemplo, o curso de jornalismo;
— Transferência da pós-graduação para local distante da graduação;
— Aquisição de prédios sucateados sem consultar as universidades
envolvidas;
— Consulta à comunidade sobre alterações no Estatuto da UFPel;
— Hospital Veterinário em condições inadequadas;
— Espaços inadequados a portadores de necessidades especiais;
— Cada do Estudante em péssimas condições elétricas e hidráulicas;
— Bibliotecas desatualizadas e com pouco horários de funcionamento;
— Ginásios da ESEF em condições inadequadas;
— Ausência de linha de transporte que integra a Universidade;
— Transporte ao campus de modo insatisfatório;
— Relação de imóveis alugados pela Universidade;
— Destino dos prédios sucateados comprados e gastos com reformas;
— Deficiência orçamentária das Unidades.
FONTE: ANDES-SN