Espaço Sindical
A coluna que
informa sobre as lutas dos operários
Greve dos
bancários
Até o fechamento desta edição, 10 dia, os bancários continuavam em
greve por todo o país. Segundo a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), foram fechados 9.090
agências e vários centros administrativos de bancos públicos e
privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal no 14º dia da
greve nacional da categoria. A greve, que já é a maior da categoria
nos últimos 20 anos em termos de adesão, caminha para se tornar também
a mais longa. A paralisação do ano passado durou 15 dias.
Ameaça aos bancários
O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos
Bancários Carlos Cordeiro, denuncia que os bancos e o governo tem
ameaçado os bancários. “Em vez de usar práticas antissindicais, como
os interditos proibitórios e intimidar os bancários com a divulgação
de informações falsas e com a utilização de helicópteros para
transportar funcionários, os bancos deveriam se preocupar em retomar o
diálogo e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações
econômicas e sociais da categoria”, sustenta. Para ele, a greve segue
crescendo, mostrando a enorme indignação diante da falta de
negociações e de uma proposta decente para a categoria”.
Banqueiros sem negociação
Segundo a Carlos Cordeiro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
ainda não respondeu à carta enviada pela Contraf-CUT no dia 5
solicitando a retomada das negociações. “Enquanto seguimos reafirmando
nossa disposição para o diálogo, os bancos e o governo enrolam e
tentam confundir os bancários e a sociedade. A tática deles não vai
funcionar”, declara. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8%
(aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso,
maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações,
extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio
moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do
atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre
outros itens.
Metrô Zorra
Brasil
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo desistiu de pedir o fim da
exibição do quadro Metrô Zorra Brasil, do programa Zorra Total. No
entanto, o Sindicato passou a reivindicar o fim das cenas em que a
personagem Janete sofre assédio sexual no vagão de metrô do
humorístico da TV Globo. Para o sindicato, a piada com mulheres em um
vagão lotado de metrô incita a violência sexual contra as mulheres no
transporte público. Como base para o protesto, é citado o primeiro
caso de estupro em um trem do metrô paulistano, registrado neste ano.
“Estamos em campanha contra o assédio sexual nos transportes públicos.
É um problema que tem crescido”, diz Marisa dos Santos Mendes,
diretora da Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo. A Secretaria de Políticas para as Mulheres
(SPM) da Presidência da República, Aparecida Gonçalves, enviou carta
de apoio ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo sobre a denúncia
do quadro Metrô Zorra Brasil. "Parabenizamos a iniciativa e endossamos
a necessidade de ações como esta que visam desconstruir discursos de
uma cultura que, até camuflada no humor, perpetua a violência
simbólica contra as mulheres", diz o documento.
Contra
privatização dos aeroportos
No dia 7, quem passou pelo aeroporto internacional de Cumbica, em
Guarulhos (SP) por volta das 15h30 viu uma manifestação com cerca de
600 pessoas que protestavam contra a privatização daquele aeroporto, e
não só daquele, mas de qualquer outro. O protesto foi realizado pela
Central Única dos Trabalhadores (CUT) para mostrar que o governo Dilma
erra ao propor a venda dos aeroportos à iniciativa privada -
tucanamente chamada de "concessão". Segundo a central, o protesto é
para mostrar que a CUT não concorda com a privatização do patrimônio
público, e por isso discorda do governo Dilma nesta questão.
Trabalhadores
aprovam PLR até 2014
Os trabalhadores na Autocom de Taubaté aprovaram em assembleia, dia
10, a proposta da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) até o ano
de 2014. A proposta aprovada pelos trabalhadores na Autocom garante a
injeção de R$ 109 mil na economia de Taubaté e Região até 2014. A
primeira parcela será paga agora outubro, e a segunda parcela será
paga em abril de 2012. Para o dirigente sindical Afonso Reis, essa
proposta foi uma das conquistas mais importantes pelo fato do acordo
ter sido fechado até 2014. “Os trabalhadores estão de parabéns pela
conquista da PLR, que é mais um reflexo da evolução na empresa junto a
seus metalúrgicos”, afirma. A Autocom tem cerca de 100 trabalhadores e
produz peças para empresas como Embraer e Cameron.
Fonte: Brasil de
Fato