Entidades reafirmam
importância histórica do ANDES-SN durante abertura do 30º Congresso
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No dia
14 de fevereiro, a Presidente do ANDES-SN abriu o 30º Congresso do
Sindicato Nacional, que reúne cerca de 400 docentes de todo o país
em Uberlândia (MG), até o próximo dia 20. Representes de diversas
seções sindicais têm uma grande missão durante o evento: buscar
inspiração na trajetória combativa do ANDES-SN para identificar
desafios e apontar ações do Movimento Docente para o próximo
período. |
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"Nesses 30 anos, queremos olhar
para o passado com o objetivo de renovar nossa militância para as lutas que
se anunciam como necessárias e que mantenham o Andes-SN na trilha dos
caminhos de liberdade, autonomia e democracia sindical, de defesa da
educação pública e gratuita em todos os níveis e de um projeto de sociedade
realmente humana e democrática".
As palavras com que a presidente
do Andes-SN, Marina Barbosa, declarou aberto o 30º Congresso da entidade, na
noite desta segunda-feira (14/2), sintetizaram a proposta do encontro, que
reúne cerca de 400 docentes de todo o país em Uberlândia até o próximo
domingo (20/2): buscar inspiração na trajetória combativa do Sindicato
Nacional ao longo de sua história, identificar desafios e apontar ações do
Movimento Docente para o próximo período.
Antes
do início das saudações dos representantes das entidades e movimentos que
compuseram a mesa da plenária de abertura, o professor Mohamed Habib (foto à
esquerda), egípcio radicado no Brasil, dividiu com o público - que lotou o
auditório da UFU- a experiência sobre o levante ocorrido em seu país,
resgatando o contexto sócio-histórico das lutas populares apontando seus
possíveis futuros desdobramentos no mundo árabe.
O papel que o Andes-SN desempenha
na articulação das entidades comprometidas com a classe trabalhadora em um
momento político como o atual, em que estão previstas reformas e medidas que
ameaçam direitos básicos como a educação, retiram conquistas dos
trabalhadores e precarizam o serviço público (como as reformas da
previdência e tributária, a MP 520 e o PL 549), foi reafirmado nas saudações
dos componentes da mesa.
Para José Maria de Almeida, da
CSP-Conlutas, "o corte que se anuncia de R$ 50 bilhões do orçamento deste
ano indica para onde caminha a prioridade do financiamento por parte desse
governo com os recursos que o país arrecada com seus impostos, longe de se
materializar a chamada prioridade na educação que Dilma Rousseff anunciou na
TV dias atrás. Vamos ver seguramente menos investimentos com educação, com
políticas sociais e serviços públicos de forma geral para que se possa
aumentar ainda mais o repasse de recursos públicos para o pagamento da
dívida pública e para o financiamento da rentabilidade dos banqueiros",
ressaltou.
O dirigente afirmou, também, que
a CSP-Conlutas, "com a contribuição fundamental do ANDES-SN, está empenhada
em construir um amplo processo de unidade de ação que nos permita resistir
contra essas medidas anunciadas pelo governo, para fortalecer a mobilização
de cada um dos setores da classe trabalhadora brasileira, buscar reunir
todas as organizações que, independentemente de suas posições políticas,
tenham disposição de encaminhar a luta para defender os direitos da classe
trabalhadora. Desejamos felicidades pelos 30 anos e temos certeza de que as
deliberações vão ajudar a todos nós a dar conta desta tarefa".
Para Ricardo Eugênio, do
Sinasefe, "o Andes-SN ensinou o que é lutar para que a população compreenda
o que significa a vitória. É importante que sempre acreditemos que só com a
unidade podemos reverter esse quadro caótico de desmanche do serviço
público, para que possamos ganhar a sociedade com a justeza dessa pauta",
apontou.
Camila Lisboa, da Associação
Nacional dos Estudantes – Livre (Anel), pediu licença para não chamar a
plateia por professores e professoras, mas por "companheiros e companheiras
de lutas". "Vimos o novo governo anunciar que vai transformar educação.
Enquanto a Dilma faz esse discurso, ela também anuncia cortes no orçamento
que prenunciam o que vai ser feito. A necessidade de articulação nos traz
aqui pra ampliar laços com o Andes-SN. Entendemos que é necessário construir
um polo de construção programática, e os 30 anos de combatividade do
Andes-SN nos dá muita confiança".
Para Rogerio Mazzola, que
representou a Fasubra na atividade, o Andes-SN, mais do que um patrimônio
dos docentes, "pertence ao conjunto da classe trabalhadora".
O integrante da coordenação da
Intersindical, Edson Índio, salientou que o Andes-SN é a única entidade que
representa os interesses dos docentes. "Este congresso acontece num momento
muito importante, particularmente para a juventude do Brasil e do mundo, que
pode fazer vergar a intransigência e lutar por um mundo melhor. Acontece num
momento em que os olhos do povo brasileiro estão voltados para importantes
debates, como o salário mínimo. Esperamos que esse congresso seja um momento
muito importante pra lutar contra a mercantilização e contra a precarização.
Junto com o Andes-SN e todos os trabalhadores da educação, precisamos
construir um plano pra lutar contra a privatização. Esperamos que esse
congresso seja também um passo à frente pra lutar contra aqueles que querem
impor um modelo produtivista, pra lutar contra a desarticulação do ensino,
pesquisa e extensão".
Darizon Andrade, vice-reitor da
UFU, levou as boas-vindas da instituição aos participantes. "Queremos
parabenizar e agradecer por terem escolhido a cidade de Uberlândia e a UFU
para sediar esse momento tão importante para a classe docente e para a
educação superior brasileira. Nosso reconhecimento às lutas intensas que o
Andes-SN vem travando ao longo de sua história e de que nos beneficiamos".
Também integraram a mesa da
plenária de abertura representantes da Fenasps, do DCE da UFU, do Sindicato
dos Técnicos da UFU, da Adufu-Seção Sindical e da Regional Leste 1 do
Andes-SN, além de diretores do sindicato nacional.
Moções e mensagens de
apoio
Diversas moções de apoio e
homenagem de entidades e docentes ao Congresso do Andes-SN foram lidas
durante a solenidade de abertura. Entre elas, a da Confederação de
Educadores da América (CEA), da AproPUC e do Conselho Universitário da
Ufscar.
Fonte:
Andes-SN, 16/2/11.
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