Diretoria da Adufcg entrega projeto de carreira ao reitor
 

A diretoria da Adufcg Seção Sindical entregou na terça-feira (26/4), ao reitor da Universidade Federal de Campina Grande (PB), a proposta de projeto de lei aprovado no 30º Congresso do ANDES-SN, de reestruturação da Carreira Docente. Durante o encontro, a Diretoria da entidade também conseguiu o compromisso do reitor de não mais convocar reuniões extraordinárias do Colegiado Pleno do Conselho Universitário para discutir a reforma do estatuto da universidade. Da audiência entre a diretoria da Adufcg e o reitor participaram o presidente da entidade, Amauri Fragoso e o diretor social, Antonio Berto.

No encontro, os diretores apresentaram um histórico sobre a elaboração da proposta do projeto de lei do novo Plano de Carreira e Cargo de professor Federal, como também as explicações sobre como alguns dos aspectos do documento, como regime de trabalho, desenvolvimento na carreira, remuneração e das vantagens e do ingresso na carreira.

Amauri Fragoso explicou que a nova carreira terá 13 níveis, sendo que o professor passará a ingressar no nível 01, independente de sua titulação. O presidente da Adufcg explicou que a entrega da proposta de projeto faz parte das estratégias definidas pelo ANDES-SN dentro do setor das Instituições Federais de Ensino Superior – IFES para o plano de lutas deste ano.

Além de apresentar a proposta de projeto de lei para nova carreira, a Diretoria da Adufcg também entregou exemplares do Informandes, com as principais deliberações do 30º Congresso do ANDES-SN.

Estatuto
Durante a audiência, a Diretoria da Adufcg voltou a questionar sobre a necessidade de se realizar uma reforma do estatuto da UFCG, como a Reitoria vem tentando promover nos últimos anos. No último dia 30/04, o reitor convocou uma reunião extraordinária do Colegiado Pleno do Conselho Universitária, mas foi impedida porque estudantes e sindicalistas ocuparam o Auditório Guillardo Martins, no prédio da Reitoria, onde a reunião aconteceria, para denunciar uma tentativa de golpe contra o estatuto da instituição, elaborado democraticamente por meio de uma estatuinte.

De forma surpreende, o reitor Thompson Mariz disse que não tinha mais interesse em se desgastar diante da comunidade ao enfrentar a resistência das entidades dos três segmentos e se comprometeu a não mais convocar reuniões extraordinárias para continuar a discutir o assunto. Ele, no entanto, disse que só convocará novas reuniões se for forçado por questionamentos de integrantes do Colegiado pleno do Conselho Universitário.

MP 520
O reitor da UFCG se mostrou contrário à implementação da Medida Provisória 520/2010, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, do Governo Federal, que promoverá a privatização dos Hospitais Universitários em todo o país.

Ele revelou que fez pronunciamento em fórum nacional sobre a questão e disse estar preocupado com as declarações recentes da diretora do Hospital Universitário da UFCG Alcides Carneiro, Alana Abrantes, de que pretende colocar a empresa para funcionar naquela instituição e contratar centenas de funcionários.

Eleição para reitor
Dentro do “pacote de surpresas” do reitor, ele também concordou com a diretoria da Adufcg em relação à proposta da entidade de promover a próxima eleição para o futuro reitor da UFCG, por meio de uma consulta paritária à comunidade, organizada pelas entidades dos três segmentos, com o resultado sendo referendado no Colegiado pleno do Conselho Universitário.

O reitor disse que é favorável, mas alegou que não pode impedir questionamentos, inclusive na justiça, de professores da instituição que são contrários à proposta.

O presidente da Adufcg lembrou que uma eleição semelhante aconteceu na UNB e o Ministério da Educação não apresentou nenhum questionamento a sistemática e até ministros do Supremo Tribunal Federal, que também são docentes na instituição, participaram.

FONTE: ANDES-SN

 


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