Diretores do ANDES-SN debatem com reitores o projeto de Carreira do
Professor Federal
A
Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(Andifes) poderá somar esforços com o ANDES-SN para assegurar uma
carreira que valorize o professor e ajude na construção da
universidade pública. O projeto de Carreira do Professor Federal do
Sindicato Nacional docente entrou na pauta, recebeu alguns
questionamentos pontuais e obteve manifestações públicas de apoio de
reitores que participavam da Reunião Anual da Andifes, no dia 19/5, em
Florianópolis, quando o projeto foi apresentado à plenária pela
presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa Pinto, e pelo 1º
vice-presidente, Luiz Henrique Schuch
Os
diretores do ANDES-SN demonstraram que o projeto de Carreira da
entidade foi construído a partir do debate feito pela base do
movimento e aprovado durante 30º Congresso do ANDES-SN, realizado em
Uberlândia (MG), de 14 a 21/2. Se baseia no PURCRCEe resguarda os
direitos fundamentais previstos na Constituição de 1988, relacionados
à questão da autonomia universitária e a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão.
Marina e
Schuch esclareceram também que o projeto se estrutura com base na
carreira única, simples e estável, composta de 13 níveis. O piso
salarial gerador da tabela é o salário mínimo calculado pelo Dieese. O
ingresso se dá unicamente via concurso público, para cargo único,
dentro do Regime Jurídico Únicos dos servidores federais. O
desenvolvimento na carreira valoriza de forma equilibrada a
experiência acadêmica e a titulação, sendo a Dedicação Exclusiva o
regime preferencial de trabalho.
Após
responderem diversas perguntas, os diretores encerraram sua
participação no Encontro da Andifes ressaltando que há claros sinais
de que o governo se encontra constrangido com o visível tratamento
discriminatório destinado aos professores federais. “O risco que
corremos é que a reestruturação da carreira sirva para que o
governo nos retire ainda mais direitos”, alertou a presidente do
ANDES-SN. Luiz Henrique Schuch conclui que o desafio, agora, mobilizar
as instituições de ensino superior e ampliar as alianças políticas
para pressionar o governo a estabelecer, de fato, um processo de
negociação.
FONTE:
ANDES-SN