Atualização do Caderno 2 e Carta de Maringá encerram os trabalhos do
56º Conad
Por Renata
Maffezoli
Ao término de
quatro dias de intenso debate sobre diversos temas, entre eles a
atualização dos planos de lutas do Sindicato Nacional, os
representantes de 54 seções sindicais do ANDES-SN votaram pela
atualização do Caderno 2, documento que reúne a concepção de
universidade do ANDES-SN. No total, 177 docentes participaram do 56º
Conad, realizado em Maringá (PR), de 14 a 17 de julho.
A votação
aconteceu na manhã de domingo (17), quando os delegados se debruçaram
sobre as alterações indicadas pelos grupos mistos. A atualização do
documento, representa a consolidação de um novo patamar para o Caderno
2, fortalecendo a proposta do Sindicato Nacional para a universidade
brasileira.
Ainda na plenária
da manhã, os docentes aprovaram 18 moções de apoio, solidariedade e
também repúdio. Entre as manifestações, os professores declararam
apoio aos Colégios de Aplicação das Instituições Federais de Ensino
Superior (Ifes), à luta dos docentes da Universidade Estadual do
Amazonas (UEA) e dos bombeiros do estado do Rio de Janeiro, e se
solidarizaram com a luta dos professores e estudantes chilenos.
Repudiaram, entre outras situações, a ação violenta do governador do
Rio de Janeiro à greve dos trabalhadores da educação pública do
estado.
Carta de Maringá
O encerramento do
56º Conad se deu após a leitura da Carta de Maringá, pelo secretário
geral do ANDES-SN, Márcio Antonio de Oliveira. O documento apresenta
uma síntese de todas as discussões e deliberações do encontro. Segundo
o documento, os encaminhamentos do Conad consolidam o ANDES-SN na luta
pela universidade pública e gratuita, autônoma, democrática e de
qualidade socialmente referenciada.
A Carta reforça
ainda a posição do Sindicato Nacional na defesa dos docentes,
trabalhando firme para que as lutas do conjunto traduzam as decisões
coletivas. O documento, aprovado por unanimidade pelos presentes,
finaliza reafirmando o compromisso do ANDES-SN com o Plano Nacional da
Educação (PNE) da sociedade brasileira.
Ao finalizar os
trabalhos, a presidente do Sindicato Nacional, Marina Barbosa,
observou que o encontrou foi extremamente representativo e que as
discussões intensas permitiram um acúmulo de discussões, que servirá
de munição para enriquecer o debate e fortalecer a mobilização das
seções sindicais junto à base.
“Os professores
aqui presentes cumpriram o papel de fortalecimento e aprofundamento da
discussão, que se faz necessário para os enfrentamentos que temos em
vista para o segundo semestre”, avaliou.
Marina destacou
ainda que ficou evidente a necessidade de manter a trincheira de
resistência, especialmente na luta dos professores, mas em conjunto
com as demais categorias, pela valorização dos trabalhadores e na
defesa de seus direitos.
“Foi muito
importante também o entendimento da plenária de que o Sindicato
Nacional precisa se engajar firme na campanha pela aplicação de 10% do
PIB na educação, com a realização de um plebiscito no final deste
ano”, completou.
Fonte: ANDES-SN,
18/7/11.