Bombeiros: Manifestação na porta da Alerj reúne cerca de 200 pessoas
Rio - Cerca de 200 manifestantes se concentram na porta da Alerj nesta
terça-feira em protesto pedindo a libertação dos 439 bombeiros presos
desde o último sábado. No terceiro dia consecutivo da crise, alguns
populares se juntaram ao grupo, que também recebeu doações de
alimentos da Ceasa.
O presidente da Comissão de Segurança Pública Federal, da Câmara, o
deputado Mendonça Brado (PI-DEM) também está na Alerj. O parlamentar
mostrou preocupação e disse teme que protesto carioca ganhe dimensões
nacionais. O parlamentar revelou ainda que tentará um encontro com
Sérgio Cabral. Os militares afirmam que só deixarão o local depois que
suas reivindicações sejam atendidas. Pelo menos duas viaturas da
Polícia Militar observam os manifestantes.
Ainda nesta terça-feira, um pedido de habeas corpus para o grupo de
bombeiros presos deve ser impetrado na Justiça Militar pelos advogados
das 12 associações de apoio aos militares. De acordo com informações
do TJ, a Justiça só recebeu a notificação da prisão dos bombeiros na
noite desta segunda-feira e ainda vai avaliar os documentos com a
qualificação e ocorrência dos presos.
Bombeiros também fizeram um protesto na manhã desta terça-feira,
na Estrada do Galeão, na Ilha do Governador. Policiais militares do
17º Batalhão (Ilha do Governador) acompanharam a manifestação.
Governo admite negociar com os bombeiros
O governo voltou atrás e já admite negociar com os bombeiros. Em nota
oficial, o estado desautorizou o secretário estadual da Casa Civil,
Régis Fichtner, que dissera que o canal de negociação fora fechado
“por causa da invasão” no Quartel-Central, sexta-feira. Ontem, o
movimento conquistou a adesão dos cariocas, que penduraram faixas em
janelas e nos carros e até doaram dinheiro aos militares acampados na
porta da Alerj.
Com salário inicial de R$ 4,6 mil — pode chegar a R$ 4,8 mil —,
bombeiros do Distrito Federal ganham quase 5 vezes mais que os do Rio.
E nos estados de São Paulo e Minas Gerais, o valor pago a quem
ingressa na carreira — R$ 2,17 mil e R$ 2,01 mil, respectivamente — é
o dobro do que recebe o bombeiro fluminense.
FONTE: Felipe
Freire/ O DIA