Andifes diz que foi excluída das discussões sobre o tema
   

Gustavo Balduino disse que agradecia a oportunidade de encontrar Duvanier Paiva “ao vivo”

O secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, agradeceu o convite da seção sindical e da administração da universidade. “Agradeço a oportunidade de participar desse debate na presença do secretário (Duvanier) aqui, ao vivo”. Balduino aproveitou o evento para lamentar o fato de o governo não ter chamado a entidade dos reitores para discutir a carreira docente. “É muito difícil imaginar que teremos uma carreira com qualidade se não houver a participação dos dirigentes nesse debate”.

O representante dos reitores afirmou que a carreira docente não poderia ser unificada pelo fato de haver “ganhos diferenciados” entre os profissionais. Para Balduino, a discussão estaria “de cabeça para baixo”, começando pela estrutura da carreira sendo tratada no âmbito do MPOG e não no Ministério da Educação. “Quando se discute carreira como salário, limitamos o projeto de uma carreira que reflita uma universidade de qualidade”, acrescentou.

Para a Andifes, a entrada somente de professores doutores, no modelo atual, “achata” a carreira docente e o governo usa do artifício de “esticá-la” criando novas classes como resposta salarial à categoria. Balduino lembrou ainda a urgência do governo em resolver essa questão, já que o PL 2134/11que cria cargos efetivos, de direção e funções gratificadas nas IFEs já está tramitando na Câmara dos Deputados.  “Temos hoje um déficit de 6.000 docentes universidades federais e o PL dos concursos deve ser jogado para votação no primeiro semestre de 2012, com base no banco de professores equivalentes”.

Balduino expressou uma preocupação dos reitores com a manutenção da qualidade nas universidades nas variadas regiões do país. “Como fazer uma universidade de qualidade no Amapá? Não temos resposta, mas temos clareza de que tem que ser discutida a flexibilização do perfil da carreira (de instituição para instituição) para alcançarmos os mesmos objetivos em todos os lugares”. O secretário defendeu, ainda, o ócio intelectual para o desenvolvimento da educação superior no país. “Precisamos do ócio intelectual, e de tempo e remuneração. Para isso precisamos de uma nova carreira urgente”.

Propostas à mesa

Na sexta 11 de novembro, finalmente teve início os trabalhos do GT formado por representantes do MPOG, MEC, Andes-SN e Proifes. Propostas foram apresentadas. No dia 10, o governo publicou no Diário Oficial da União a portaria que regulamenta o GT que discute a reestruturação das carreiras federais do magistério superior e da Educação Básica, Técnica e Tecnológica. Segundo a imprensa do Andes-SN, mais uma vez o governo criou obstáculo à participação do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica.

O Andes-SN e também o Proifes defenderam enfaticamente a participação dos representantes do Sinasef. Diante da indignação dos docentes, Paiva autorizou a presença de dirigentes daquela entidade, mas apenas como observadores. A desculpa do secretário nos encontros anteriores era de que estes profissionais estavam em greve. A categoria suspendeu a greve e, mesmo assim, não teve o direito de ter sua proposta acolhida formalmente pelo grupo.

 

Fonte: adufrj.

 


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