Confira onde estão as vagas de estágio no país
Estudantes de nível médio e superior encontram atualmente cerca de 62 mil
vagas. Estudantes de nível médio e superior encontram cerca de 62 mil vagas de estágio atualmente no Brasil. Os dados são da Associação Brasileira de Estágios (Abres) e do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee).
E nessa época as
oportunidades aumentam porque muitos jovens se formam no meio do ano e as
empresas têm de repor os estagiários.
Nos cadastros dos agentes de integração associados da Abres, o maior número das 55 mil ofertas de estágio (35 mil para nível superior e 20 mil para nível médio) são para os cursos de administração de empresas, comunicação social, informática, engenharias, ciências contábeis e ciências econômicas. Já o Ciee informa que os cursos com mais vagas são administração, direito, engenharias, comunicação social, ciências contábeis e cursos ligados à área de tecnologia da informação. O centro atualmente tem 7 mil vagas de estágio. De acordo com pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios, associado à Associação Brasileira de Estágios, a média dos valores da bolsa-auxílio é de R$ 429,94 para ensino médio, R$ 498,37 para médio técnico e de R$ 760,78 para nível superior. Os interessados podem se cadastrar nos sites da Abres <http://www.abres.org.br/v01/associados> e do Ciee <www.ciee.org.br>. O estudante deve atualizar seus dados nos cadastros feitos pela internet a cada semestre por causa da mudança de período no curso. Cursos extracurriculares feitos enquanto ele estiver inscrito nos agentes de integração também devem ser colocados no cadastro, além de mudanças de e-mails e números de telefone ceular – é comum as entidades selecionadoras chamarem os candidatos por meio de torpedos. Crescimento A Abres registrou crescimento este ano de 10% das vagas abertas em relação ao mesmo período de 2007 – há atualmente 1,1 mil estudantes em programas de estágio da entidade – 715 mil são estudantes de ensino superior e 385 mil são do ensino médio. Já o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) contabiliza até o momento 300 mil estagiários. A entidade registrou, entre 2006 e 2007, aumento de 13,8% no número de contratos de estágio assinados – no ano passado foram 233 mil, e em 2006, 205 mil. E pelos números atuais já são cerca de 70 mil estagiários a mais do que em 2007. “Isso demonstra que cada vez mais empresas têm despertado para a importância social do estágio e descoberto nele uma excelente ferramenta para garimpar novos talentos”, diz Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do Ciee. Para especialistas, domínio da língua portuguesa e inglesa, conhecimentos em informática e vontade de aprender são diferenciais para conseguir uma vaga de estágio. Mercado aquecido De acordo com Seme Arone Junior, como conseqüência do mercado aquecido, há programas de estágio cujas vagas não são todas preenchidas por causa da grande demanda, da falta de candidatos ou da qualificação exigida. Entre os cursos estão todas as engenharias, informática e tecnologia da informação. “O mercado está aquecido nas áreas de construção civil, indústria automobilística e petroquímica e de tecnologia da informação. Em alguns casos as indústrias investem na formação do estagiário para tê-lo depois no quadro da empresa”, explica. Da mesma forma, essas áreas também têm grande demanda de estagiários na área técnica. Oferta e procura Outros cursos que têm bastante demanda, mas o número de candidatos é menor do que a oferta, são matemática, física, secretário executivo trilíngüe e biblioteconomia. Já os cursos que têm menor número de vagas disponível e grande número de candidatos são direito, fisioterapia, psicologia, odontologia, farmácia e jornalismo. Efetivação De acordo com o Ciee, o índice de efetivação após o término do estágio nas empresas conveniadas à entidade é de 64%. Já segundo Seme Arone Junior, 50% dos estudantes que fazem estágio nas empresas conveniadas à Abres há um ano e meio e estão no último ano do curso são efetivados. Nova lei do estágio A aprovação pela Câmara da nova regulamentação dos estágios, que entre outros pontos limita a carga horária dos estudantes, prevê bolsa-auxílio e vale-transporte também para os casos de estágio não obrigatório e férias remuneradas de 30 dias após um ano, agradou aos agentes de recrutamento. Luiz Gonzaga Bertelli considera que a nova lei trará maior segurança jurídica a empresas, escolas e estudantes, o que deverá estimular a oferta de vagas para estágio de estudantes de ensino médio, técnico e superior. Entre as mudanças, ele destaca a autorização para a contratação de estagiários por profissionais liberais, como advogados, dentistas, engenheiros que atuam como autônomos, desde que devidamente registrados em seus conselhos regionais. Para Bertelli, a limitação da carga horária máxima em seis horas por dia deixará mais tempo livre para que o estagiário cumpra suas obrigações escolares e também possa realizar algumas atividades extracurriculares, como um curso de idioma estrangeiro. “Além disso, a lei consagra o estágio para alunos do ensino médio, matéria que vinha provocando algumas controvérsias e agora está definitivamente esclarecida”, diz. Para Seme Arone Junior, presidente da Abres, os estudantes ganham com os benefícios da nova lei. No entanto, ele considera que haverá diminuição no número de vagas, devido ao aumento de custos do estágio para as empresas. Mas ele ressalta que a vantagem para as empresas são as regras mais claras, que darão mais segurança jurídica na contratação dos estudantes.
Fonte: G1, Marta Cavallini, 24/8/2008.
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