Só 1% das instituições de ensino superior consegue nota máxima em avaliação
Elas
conseguiram nota 5 no Índice Geral de Cursos do MEC. Somente 1% de 2001 instituições de ensino superior públicas e privadas avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) conseguiu nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado nesta segunda-feira (31). Esse índice monitora a qualidade dos cursos de graduação e divide as instituições por totais contínuos que vão de 0 a 500 pontos e em faixas que vão de 1 a 5.
A instituição com maior índice contínuo (469) é privada – é a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape), que fica no estado do Rio de Janeiro e é vinculada à Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que é pública, foi a segunda colocada, com 468 pontos. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que tinha conseguido a primeira colocação no ano passado, ficou em 8º lugar, com 439 pontos. No total, apenas 21 instituições tiveram nota cinco – delas, 11 são públicas: nove federais e duas estaduais. As outras 10 são privadas. Todas elas estão concentradas em quatro estados (SP, RS, RJ e MG). Das 2001, 120 receberam conceito quatro, considerado bom pelo MEC. A última colocada foi a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió (Fama), que teve índice 55 e ficou na faixa 1. O G1 tentou contato com a instituição, mas não obteve sucesso. A reportagem enviou um e-mail à faculdade e aguarda resposta. Todas as instituições com notas um e dois serão visitadas por técnicos do MEC. Se as notas forem confirmadas, as faculdades podem até ser descredenciadas. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, cerca de 400 instituições com notas de 1 a 5 em 2008 foram visitadas. Delas, nove, que tiveram notas mais baixas em seguidas divulgações, entraram em processo de revisão do credenciamento e esperam julgamento de recursos; uma delas, que fica em Minas Gerais, já foi descredenciada. O IGC de cada instituição resume a qualidade de cursos de graduação, mestrado e doutorado, distribuídos pelos vários campi da instituição. São utilizados no cálculo do indicador a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação – e o conceito fixado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada pela distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado). A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não têm IGC pois não participam do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que é usado no cálculo da nota. Universo Foram avaliadas 2.001 universidades, centros universitários e outras faculdades. Dessas, 387 (19,3%) delas não tiveram nenhum conceito. Segundo o MEC, elas não tiveram a participação mínima de dois alunos ingressantes e dois alunos concluíntes nos cursos avaliados pelo Enade. Assim, não puderam receber o conceito Enade e, por consequência, o CPC. A maioria das instituições (884, 44,18% do total) recebeu nota três. Três federais receberam nota dois – uma instituição na Bahia, uma em Goiás e outra no Pará. Outras cinco são estaduais.Nessa lista, ainda há 25 municipais e 555 privadas. Somente uma das 17 que receberam nota um tem financiamento público (municipal); todas as outras são privadas.
Uma das instituições –
a Faculdade Maurício de Nassau, de Pernambuco –, conseguiu na Justiça que o
MEC não divulgasse seu IGC.
|
|