Enquanto
o projeto da Lei de Inovação Científica e Tecnológica está em tramitação
no Congresso Nacional, a Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC) promoveu debate sobre suas possíveis conseqüências para a
comunidade acadêmico-científica. No evento, ocorrido no dia 13, cerca de
30 pessoas discutiram o assunto. Ao final, os presentes concluíram que o
projeto da Lei de Inovação ainda é muito limitado, e que a discussão
deve continuar.
O debate foi coordenado
pelo economista José Eduardo Cassiolato, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) e membro da diretoria nacional da SBPC. Segundo ele, o
texto enviado ao Congresso Nacional está repleto de questões polêmicas.
Muitos dos palestrantes acreditam que a lei pode fragilizar ainda mais a
estrutura das universidades federais.
Uma notícia que trouxe
alívio aos participantes é que o projeto não está mais em regime de
urgência no Congresso, o que possibilita uma análise mais detalhada de
seu texto. Os pesquisadores também esperam para conhecer o
posicionamento dos novos parlamentares em relação ao texto da lei.
A Lei de Inovação
Científica e Tecnológica tem como objetivo aumentar a interação entre
empresas e universidades no que diz respeito ao desenvolvimento de
pesquisas e novas tecnologias. A busca de estímulos a atividade
pesquisadora e uma relação mais estreita entre o desenvolvimento
científico e os setores produtivos da sociedade também estão na lista de
metas a serem alcançadas. A SBPC pretende agendar um novo encontro e
continuar a discussão, provavelmente em fevereiro. |