PIB
Nova conta aumenta o PIB – já as travas ao crescimento não saem do lugar
O governo, diante dos números positivos, não se conteve. "O pibinho virou quase pibão", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "Em breve o Brasil poderá fazer parte do G-8", festejou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, referindo-se ao grupo das oito maiores economias do planeta. Não é para tanto. O crescimento médio entre 2000 e 2005, período para o qual os novos dados são mais precisos, ficou agora em 3% ao ano. Antes era de 2,5%. Não muda muita coisa. Na América Latina, o Brasil só vinha crescendo mais que o Haiti. Agora passou também El Salvador. Os novos cálculos deixaram o Brasil ligeiramente melhor na fotografia internacional. Mas nem por isso desapareceram as travas que emperram o desenvolvimento. Ou, pior, como temem alguns analistas, o governo pode se inebriar com o seu "quase pibão" e enterrar de vez as reformas sem as quais não haverá como o país entrar em rota de crescimento duradouro. O "novo PIB" dá a dimensão do drama: a gastança pública foi maior do que se imaginava. Já a poupança e os investimentos ficaram menores. E aí não há milagre estatístico: sem poupança e sem investimentos, o "pibinho" nunca será "pibão".
Fonte: Rev. Veja, Giuliano Guandalini, ed. n. 2001, 28/3/2007. Nova regra indica alta de 3,7% em 2006 A nova metodologia de aferição do Produto Interno Bruto (PIB) indica que a economia brasileira cresceu 3,7% em 2006, chegando aos 2,322 trilhões de reais, revelou nesta quarta-feira o IBGE. Pelo método antigo, o PIB crescera 2,9% no ano passado. Na semana passada, o IBGE apresentou a revisão do crescimento econômico entre 2000 a 2005. Com exceção do ano de 2000, os demais apresentaram taxas mais altas, segundo a nova metodologia. As modificações no cálculo do PIB afetam especialmente o setor de serviços, como administração pública, serviços financeiros, serviços de informação e aluguéis. O novo método para contabilizar o desempenho da economia brasileira passou ainda a utilizar como fontes de dados as pesquisas anuais setoriais da Indústria, Comércio e Construção Civil do IBGE e as receitas declaradas das empresas junto à Receita Federal. Fonte: Veja On-line, 28/3/2007. |