Ratzinger opta por nome de santo que regeu mosteiros da Europa
Patrono
principal da Europa, são Bento é conhecido por seu lema, "ora e trabalha", e
pela redação de regras para a vida monástica que são seguidas até hoje.
O cardeal alemão Joseph Ratzinger, 78, eleito papa nesta terça-feira,
escolheu utilizar o nome Benedicto, em latim. Porém, a tradução para o
português mais adotada, segundo o vice-presidente da CNBB (Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil), dom Antônio Celso de Queirós, é Bento, e não
Benedito.
O mosteiros estabelecidos por ele foram responsáveis, em grande parte, pela
evangelização na Europa e a manutenção da cultura latina e grega, após as
invasões bárbaras, além de terem colaborado com a recuperação daqueles
países por meio do desenvolvimento da agricultura.
Apesar de não ter sido o fundador do monaquismo cristão, são Bento
dedicou-se à vida monástica desde cedo e, ao redigir um conjunto de regras
para seu primeiro mosteiro, fundado no primeira metade do século 6, em Monte
Cassino, na Itália, criou fundamentos para a ordem dos monges beneditinos.
Em 1964, quando o prédio do mosteiro foi reconstruído, o papa João 6º
proclamou são Bento como patrono principal da Europa.
Conforme documento publicado no site do Mosteiro de São Bento do Rio de
Janeiro, antes disso, são Bento estabeleceu 12 mosteiros, com 12 monges cada
um, ao sul de Roma. Estima-se que ele tenha vivido entre os anos de 480 e
547, por meio de documentos deixados pelo papa Gregório Magno sobre a vida
dele.
Nascido em Núrsia, com uma irmã gêmea, e decepcionado com o estilo de vida
em Roma, após ter sido enviado pelos pais à região para estudar, são Bento
decide isolar-se e vive como eremita durante três anos.
Descoberto por um grupo de monges, ele é incitado a tornar-se líder
espiritual. Entretanto, pouco depois, os monges planejam envenená-lo, devido
às dificuldades em seguir o rígido regime imposto por ele. Por fim, são
Bento consegue escapar ao abençoar o cálice, que quebrou-se em inúmeros
pedaços.
Fonte: Folha Online. |