OAB de PE vai pedir ação penal contra estudante por ataques a nordestinos na internet
Órgão quer investigar onda que tomou conta do Twitter e do Facebook após
vitória de Dilma Nesta quinta-feira (4), a seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Pernambuco vai entrar com uma representação no Ministério Público Federal em São Paulo contra uma estudante de direito que incitou onda de ataques preconceituosos contra nordestinos na internet. Sob o nome de Mayara Petruso, foi criado um perfil no Twitter e no Facebook para criticar os nordestinos, dizendo que eles “afundaram o Brasil” ao eleger Dilma Rousseff (PT) a nova presidente do Brasil. A suposta estudante chegou a escrever na rede de microblog que "nordestino não é gente, façam um favor a SP, mate um nordestino afogado!”. Ela cancelou seu perfil. No domingo (31), diversos internautas divulgaram mensagens ofensivas ao Nordeste e o assunto chegou ao ranking dos mais comentados no site. O presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, explica que a notícia crime será apresentada contra Mayara porque ela já foi identificada, o que não impede que a medida seja tomada contra outras pessoas. - O fato de ela ser uma estudante de direito é ainda mais grave, porque ela é preparada para exercer, futuramente, uma profissão que tem como função legal defender as políticas de direitos humanos e a justiça social. É inconcebível que uma universitária, mesmo que não fosse universitária, dar uma declaração dessa natureza, ofensiva com a população de uma região. Mas isso não é só contra ela, é contra todas aquelas pessoas que participaram dessa onda. A OAB-PE pede a instauração de uma ação penal, para que a estudante responda pelos crimes de racismo e incitação pública para ato delitoso, que, no caso, é homicídio. Mariano lembra que a internet não é uma terra sem lei e que todos estão sujeitos a responder por atitudes tomadas na rede. - Hoje as redes sociais são consideradas como meios de comunicação, pela capacidade de alcance que têm. O fato de postar [mensagens preconceituosas] na internet não exime ninguém. A estudante não foi localizada pelo R7 para comentar o caso. Fonte: R7, Amanda Polato, 4/11/10.
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