Os
arquivos secretos dos ETs no mundo
Pela
primeira vez, o governo de um país revela oficialmente o seu arquivo de
relatos
de pessoas que viram supostos ovnis
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Foi
ficando cada vez mais comum dizermos a frase eles estão chegando quando
nos referimos a seres extraterrestres – cinema e literatura
alimentam-nos a imaginação. Numa boa mesa de bar, quem já não divagou em
conversas sobre a existência ou não existência de ETs? Na semana
passada, esse tema voltou a ser assunto, só que estampado nos principais
jornais de todo o mundo. Motivo: o Grupo de Estudos e Informações de
Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados (Geipan), sediado em Paris,
está abrindo publicamente, pela primeira vez, a sua documentação
considerada até então como segredo de Estado e segurança nacional – e
faz isso porque permanecer no silêncio, diante de “tantas evidências
acumuladas” em seu acervo, foi classificado |
como
“irresponsabilidade científica”. Nunca os relatos sobre
supostos objetos voadores não identificados (óvnis) e seus tripulantes
foram bancados de forma oficial por um governo como fazem agora as
autoridades francesas. Ao todo são 400 depoimentos de eventuais casos de
aparição de ETs, todos minuciosamente investigados ao longo dos últimos
30 anos e que se acumulam em cerca de 200 mil páginas – os depoimentos
destacados com exclusividade nessa reportagem, com indicação de local e
ano, integram esse calhamaço. |
“Eu não conseguia
acreditar, jamais vira algo parecido com aquilo. Pensei em guardar o segredo
comigo para não passar por louco. Mas decidi contar. Acho que estamos sendo
observados por seres altamente evoluídos.” Esse é o relato de um comandante
de vôo da Air France (o governo não revela nomes de depoentes), que no dia
28 de janeiro de 1994, numa viagem de Nice a Londres, deparou com o que diz
inimaginável: um grande disco marrom-avermelhado cuja forma mudava
constantemente e voltava ao formato original. Delírio? Não. Em terra,
controladores da torre de comando, perplexos com o surgimento repentino e
inexplicável dessa “coisa” à esquerda da aeronave, esgoelavam para que o
comandante fosse prudente.
Viagem no tempo
“Estamos, felizmente,
rompendo agora as barreiras jurídicas e também o medo que nos impedia de
abrir o arquivo. Queremos mostrar que o assunto deve ser tratado com
seriedade”, diz o diretor do Geipan, Jacques Patenet. Nesse arquivo há
fotos, vídeos, mapas e desenhos fornecidos pelas testemunhas desses
fenômenos (como se fossem retratos falados). Há também explicações do que
aconteceu, a maioria delas atestando que os fatos continuam, sob a ótica da
física e da astronomia, como “incógnitas científicas”. “Muitas nações têm
programas oficiais de pesquisas ufológicas, mas nunca se admitiu isso,
tampouco houve a iniciativa de expor os arquivos à sociedade. A França deu
um passo decisivo para a opinião pública mundial encarar essa questão”,
disse a ISTOÉ o internacionalmente conceituado ufólogo e químico brasileiro
Ademar Gevaerd, que há duas décadas estuda o assunto em 39 países. Para ele,
o universo está repleto de civilizações avançadas, com emprego de
tecnologias ainda por nós desconhecidas. “No arquivo francês existem
desenhos que mostram qual a trajetória de vôo adotada pelas naves. Os discos
voadores utilizam meios de navegação e propulsão que nem imaginamos”, diz
ele. Os anos de estudo e a intensa pesquisa levaram Gevaerd à conclusão de
que os seres extraterrestres podem manipular simultaneamente espaço e tempo:
“A distância entre um planeta e outro é imensa. É evidente que esses ETs não
viajam através do espaço, mas sim através do tempo. Estão muito à frente de
nós.”
Garagem de ets
A especulação sobre
possíveis programas secretos governamentais criados para investigar seres
extraterrestres também estourou em todo o mundo, nos últimos dias, com as
incisivas declarações do físico nuclear americano Robert Lazar. Ele afirma
ter trabalhado de 1988 a 1989 na famosa Área 51, base secreta americana
localizada a 190 quilômetros a noroeste de Las Vegas, no deserto de Nevada.
Segundo Lazar, essa região (que não consta dos mapas oficiais de Nevada) tem
esse nome pelo fato de os EUA serem divididos em 50 Estados e esse local,
com área equivalente à da Suíça, seria uma espécie de 51º Estado. Nele
haveria um complexo subterrâneo que já cumpriu a função de “garagem” para
naves alienígenas. “Quando fui trabalhar lá não sabia do que se tratava. Eu
e outros 22 engenheiros estudávamos o sistema de propulsão das naves e a
princípio pensei estar lidando com uma tecnologia terrestre altamente
desenvolvida. Conforme fui analisando as máquinas, notei que aquilo não
tinha sido feito por um ser humano. Ainda não temos tanto conhecimento”, diz
ele. Lazar assegura que suas suspeitas se confirmaram quando encontrou um
memorando no qual havia muitas informações, segundo ele, sobre a presença de
óvnis. “Fiquei impressionado com o que li. Falava sobre a existência de
seres cinzas com grandes cabeças calvas, que vieram da galáxia Zeta
Reticuli. Também estava citado um incidente ocorrido em 1979, em que os
alienígenas mataram militares e cientistas da base”, diz Lazar. Recentemente
questionado sobre essas revelações, o Departamento de Defesa dos EUA,
oficialmente, não admitiu, mas também não negou o funcionamento da Área 51.
Já a Nasa prefere não se manifestar.
Fatos e fraudes
Os relatos agora
divulgados pelo governo francês também evidenciam que, se o assunto não deve
ser ignorado, também há fraudes que devem ser desmascaradas. “Há casos que
não passam de invenções e de mentiras”, diz Patenet. “Mas também temos
evidências de pouso de óvnis na Terra e é preciso ter critério para
distinguir ciência e fraude. Para isso, é necessário apurar tudo.” É isso
que o Grupo de Estudos e Informações de Fenômenos Aeroespaciais
Não-Identificados vem fazendo. Com a iniciativa do governo da França,
inicia-se assim um novo ciclo para pesquisas referentes à ufologia. Mais:
daqui para a frente haverá menos mistério e menos temor acerca desse assunto
porque, certamente, virão a público novos relatos em outros países. Talvez o
homem não seja mesmo o único ser inteligente a habitar o espaço, mas para se
decifrar essa questão é preciso que as informações não sejam escondidas – o
que não significa fazer delas sensacionalismo nem deixar de analisá-las com
critério. Esse é o mérito do Geipan na França.
Fonte: Rev. IstoÉ, Luciana Sgarbi, 18/4/2007.
Trechos de
documentos divulgados na França |
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No relatório do governo francês, a
conclusão do caso de Cussac. Cientistas retiraram amostras do local que
comprovaram a presença de odores de enxofre e marcas de fogo na grama,
indicando o pouso de um grande veículo. Através do depoimento recolhido,
a equipe do Geipan disse se tratar de um objeto voador equipado com
tecnologia de propulsão superior à utilizada pelo ser humano.
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Investigadores desenharam a possível rota
de vôo feita pela nave antes de desaparecer. Em espiral, o óvni teria
flutuado deixando rastros.
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No arquivo francês, é anotado o tempo de
observação de cada fenômeno. Testemunhas afirmam que em poucos segundos
as naves desaparecem no céu.
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No relatório, além do depoimento de quem
viu eventuais óvnis, também constam fotos de locais, análises de
laboratório e desenhos com cálculos. Através desse material estima-se o
tamanho das naves.
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Depoimentos de quem
os viu |
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"Eles entraram de ponta-cabeça na nave”
Cussac, 29 de agosto de 1967.
“Meus filhos
entraram em casa tremendo e chorando. Contaram que, enquanto tomavam
conta do rebanho, deles se aproximaram quatro pequenos seres pretos.
Tinham cerca de um metro de altura e estavam próximos a um grande globo.
Minha filha tentou contato, eles levitaram para o alto do globo. Ela
disse que os “homenzinhos” entraram de ponta-cabeça na nave que decolou
silenciosamente – meu filho desenhou uma espiral mostrando a sua
trajetória. Fui ao local e senti cheiro de enxofre. Na grama notei
marcas que pareciam de pouso de um grande objeto.” Cientistas atestaram
a presença de enxofre e marcas de fogo na grama. O relatório francês
classifica o caso como o mais misterioso.
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“Eu pensei que tinha enlouquecido”
Nice, 8 de janeiro de 1994.
“O céu estava
aberto, dia perfeito para voar de Nice a Londres. Quando chegamos a 11,9
mil metros de altura, recebi um aviso da torre de comando de que havia
um objeto parecido com um balão meteorológico à esquerda da aeronave. Eu
e o co-piloto checamos: não era parecido com nada que eu já havia visto.
Tratava-se de um imenso disco marrom-avermelhado, sua forma mudava
constantemente e estava a 10,5 mil metros de altitude, em meio às
nuvens. Um minuto depois, sumiu. Pensei ter ficado louco.” O piloto do
Airbus A-300 da Air France calou-se por três anos. Decidiu então relatar
o caso. As investigações continuam, mas o fenômeno segue sem explicação.
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“Eu vi meu amigo ser abduzido”
Cergy Pontoise, 26 de novembro de 1979.
“Estávamos nos
preparando para viajar. Antes de entrar no carro, notamos uma estranha
luz no asfalto. Meu amigo, sozinho, dirigiu o carro em direção à luz. O
veículo foi envolvido por uma nuvem luminosa e, em seguida, meu amigo
foi carregado para o interior de uma nave.” Dias depois essa pessoa
ressurgiu em um local descampado, carregando nas mãos uma esfera
luminosa. Policiais e pesquisadores investigaram o caso, mas não se
obtiveram mais dados – os dois amigos mantêm a mesma versão dos fatos,
até o momento da captura. O homem que foi abduzido teve seu sangue
analisado. Os resultados laboratoriais disseram ser improvável que ele
tenha passado um determinado tempo fora da Terra.
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“O óvni estava perto de mim”
Provence, 8 de janeiro de 1981.
“Eu estava
trabalhando numa plantação quando ouvi um som forte demais: era o do
impacto de um objeto caindo no solo. Fiquei terrificado: o objeto estava
mais ou menos a 50 metros. Em poucos segundos ele decolou verticalmente
a uma velocidade altíssima. Era cinza-escuro, não emitia nem fumaça nem
chamas. Tinha forma circular, meio ovalado. Assim que ele sumiu, corri
para olhar o local. Ficaram traços de cerca de dois metros de diâmetro.”
Amostras foram analisadas. Deu resquícios de ferro, fósforo e zinco.
Plantas foram degradadas. Também ficou provado que houve um aquecimento
no solo que pode ter chegado a 600ºC.
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Imagens que vieram
do céu |
1967 Peru Caso raro de dois eventuais
óvnis voando juntos.
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1974 Fança Caso raro de suposto óvnis
anelar no centro comercial de Paris.
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1976 Brasil Fotografado pela tripulação
de um Boeing da Varig em Manaus.
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1978 Espanha Três objetos voadores
não-identificados no anoitecer em Barcelona.
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1991 Bélgica Em formato triangular, óvni
despista aviões da Força Aérea.
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1994 Polônia Fotografado em Bielsko, o
fato foi registrado pela polícia.
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