APAGÃO ...

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Lula: País não corre risco de novo apagão elétrico
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil não corre o risco de sofrer um apagão elétrico como o que enfrentou em 2001 e alertou que "a questão energética vive de boatos". "Todo dia tem boatos de que vai acontecer isso, vai acontecer aquilo. O dado concreto é que o Brasil está seguro de que não haverá apagão e de que não faltará energia para dar sustentabilidade ao crescimento que nós queremos ter".

Lula voltou a repetir o que o Ministério de Minas e Energia havia anunciado como o imediato funcionamento de seis usinas térmicas a óleo no Sudeste para não comprometer os reservatórios da região em virtude das transferências de energia que estão sendo feitas para o Nordeste e o funcionamento, na segunda semana de fevereiro, de um gasoduto no Espírito Santo que permitirá o fornecimento de 5 milhões de metros cúbicos diários de gás para o Rio de Janeiro.

Lula explicou que todo o esforço para não faltar energia será feito e que a prioridade no abastecimento de gás é para a geração de energia elétrica. "Se tiver sobrando gás, nós poderemos atender os carros, poderemos atender as empresas, mas é importante definir que a prioridade é produzir energia para atender aos interesses da sociedade brasileira", informou.

O presidente disse também que a construção da hidrelétrica do Rio Madeira vai garantir ainda mais o abastecimento de energia no País. "Nós estamos preparados para 2009, preparados para 2010. Com o começo da construção da hidrelétrica do Rio Madeira agora, nós estamos seguros de que não faltará energia no Brasil por um bom tempo", salientou Lula.

Fonte: Ag. Estado, Milton F. da Rocha Filho, 14/1/2008.


Hidrelétricas: atraso em 67% das novas usinas
 

Em meio ao receio de um novo apagão elétrico, levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revela que dois terços das obras de novas hidrelétricas do país estão atrasadas: são 25 das 37 usinas já licitadas pelo governo federal e com contrato de concessão assinado. Na prática, isso significa que o Brasil deixa de contar com 3.349 megawatts (MW), dos 7.264 provenientes de unidades em construção, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Já entre as 42 termelétricas acompanhadas pela agência reguladora, 22 projetos estão atrasados. Isso equivale a uma perda de 5.348 MW. Desses, 4.964 MW são de obras com atrasos considerados graves, que podem comprometer a entrada em operação na data prevista.

Entre as hidrelétricas atrasadas, a situação de 13 já é considerada preocupante, o equivalente a 2.204 MW. São projetos com problemas graves, que, por isso, não têm data para entrar em operação. Para os demais, embora a agência reguladora considere que há atraso no cronograma, entende que os problemas poderão ser resolvidos a tempo de não comprometer a entrada em funcionamento na data esperada.

O levantamento da Aneel inclui apenas hidrelétricas já licitadas e com contrato de concessão assinado. Assim, não são considerados projetos cuja licitação foi realizada, mas ainda sem contrato. É o caso da hidrelétrica de Belo Monte e da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, licitada em dezembro.

PAC – Duas hidrelétricas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão com o cronograma atrasado: Pai Querê (292 MW) e Castro Alves (130 MW). O maior problema é com a usina de Pai Querê, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, que deveria entrar em funcionamento no próximo mês – a inauguração já foi prorrogada para 2012. Para que as obras comecem, os empreendedores ainda aguardam do Ibama um termo de referência para entrar com pedido de licenciamento ambiental.

Outra obra importante do PAC para aumento da oferta de energia, a usina nuclear de Angra 3 (1.350 MW), também enfrenta problemas. Uma liminar do Ministério Público do Rio determina a realização de novas audiências públicas. Além disso, ainda não ficaram prontos estudos sobre o custo da obra (prevista em 7,3 bilhões de reais) e sobre a validade dos contratos já assinados com as empreiteiras. No PAC, Angra 3 deveria entrar em funcionamento em dezembro de 2013.

Fonte: Veja On-line, 17/1/08.


Senador Edison Lobão diz que "está lendo" sobre energia
 

O senador Edison Lobão (PMDB-MA), que será convidado a assumir o Ministério de Minas e Energia, disse que entre os preparativos está "lendo" o que chega até ele, segundo reportagem da Folha deste sábado.

"Estou lendo alguma coisa que chega às minhas mãos. A imprensa, por exemplo, está escrevendo muita coisa técnica. Todos os dias saem até informações boas", disse à Folha. "Estou me informando sobre energia elétrica, sobre hidrelétrica, sobre gás, sobre petróleo."

Na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o nome do senador Edison Lobão para a pasta, em um momento em que o país começa discutir a possibilidade de racionamento de energia e até de apagão. A formalização da nomeação deverá ocorrer, no entanto, somente na quarta-feira – depois que Lula retornar das viagens à Guatemala e a Cuba.

Advogado e jornalista, Lobão disse que um ministro não precisa pertencer à área do ministério que irá comandar. Ele citou como exemplos os ex-ministros Antonio Palocci, que é médico e esteve à frente da Fazenda, e José Serra, economista que chefiou a Saúde.

Nos últimos dias, o senador também passou a rechaçar a hipótese de ser taxado como "ministro do apagão".

Em discursos no Senado em julho e abril de 2007, Lobão fez um discurso em que criticou a política energética do governo Lula e alertou para o risco de apagão no país. Em julho, citando o Instituto Acende Brasil, mantido por investidores privados, Lobão afirmou que o risco de apagão seria de 30% em 2011. Na mesma ocasião, reclamou que o governo não se entende sobre a necessidade de aumentar a oferta de energia em caso de maior crescimento econômico.

Quanto à distribuição de cargos no Ministério de Minas e Energia, Lobão contou que ainda não sabe como se dará. Ontem, o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu que Lobão terá restrições para nomear sua equipe, sobretudo quanto à manutenção dos nomes do PT que já ocupam cargos na pasta.

Fonte: Folha Online, 12/1/08.


Lobão diz que é um administrador competente e descarta apagão
 

Assim que foi nomeado ministro, Edison Lobão (Minas e Energia) negou nesta quarta-feira a hipótese de ocorrer um apagão de energia no país. Lobão defendeu o que chamou de "otimismo com responsabilidade" e descartou a possibilidade de risco de crise energética. Também se autodenominou um "administrador competente" e capaz de formar uma equipe eficiente.

"Não haverá apagão nenhum. As autoridades do ministério têm tomado todas as providências. Nós temos de ser otimistas com responsabilidade", disse Lobão. "Não passamos pelo risco de apagão."

Lobão afirmou que amanhã terá uma reunião com o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. A possibilidade é que conversa será técnica e sobre o funcionamento da pasta.

Ao ser questionado sobre as insinuações de que não estaria preparado para assumir uma pasta que é técnica, Lobão reagiu. "Não sou um técnico, mas um político", disse Lobão, lembrando que Minas e Energia já foi comandada por "11 ministros políticos".

"Sou um administrador, capaz de formar sua equipe e que enxerga, o que muitas vezes um técnico não consegue", afirmou ele, respondendo indiretamente à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que teria feito críticas à indicação de Lobão.

Lobão ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabe escolher o perfil que melhor lhe convém ao nomear ministros. "Um presidente da República quando tem de nomear um ministro, imagina um administrador que sabe administrar e não técnico para tomar determinadas providências", disse.

Fonte: Folha Online, Renata Giraldi, 16/1/08.

 


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