Delegação da ADUR-RJ
participa do 27º Congresso
Representantes da Associação de Docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro estão em Goiânia para participar, no período de 14 a 20 de janeiro, do 27º Congresso do ANDES - Sindicato Nacional, que tem como tema: “Avançar na luta em defesa da Universidade Pública e dos Direitos dos Docentes”. A delegação da ADUR-RJ S. Sind., eleita em assembléia de base, é composta pelos professores Celia Regina Otranto, Frederico José Falcão, José dos Santos Souza, Lenir Lemos Furtado Aguiar, Luis Mauro Sampaio Magalhães, Orlando Marques da Costa e Rômulo Garcia Andrade. No primeiro dia do evento, a delegação da ADUR-RJ S. Sind. participou da plenária de abertura, que evidenciou o tom do 27º Congresso. O enfrentamento ao REUNI, o combate à precarização do trabalho dos professores e a necessidade de reconstrução da classe trabalhadora foram as principais bandeiras defendidas pelos presentes à solenidade de abertura. Este congresso também é muito importante porque dele sairão nomes concorrentes à diretoria do Sindicato Nacional para o próximo biênio (2008-2010).
20 anos depois,
renovam-se as esperanças, as defesas em prol de um ensino público de
qualidade e os desejos de melhores condições aos trabalhadores Durante a plenária de abertura, Mariana Barbosa, representante do Diretório Central dos Estudantes da UFG, reafirmou a importância da luta conjunta da classe trabalhadora: “somente com a junção de nossas forças será possível defender o ensino superior gratuito de qualidade”, disse ela. Concordando com a representante discente, Rosana Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), afirmou que ainda existem barreiras invisíveis entre a universidade e o movimento social organizado que defende a reforma agrária. “Para uma luta social igualitária”, disse Rosana, “é preciso que as pessoas primem por educação inclusiva e por valores humanistas. Esta é uma luta de todos nós e a universidade precisa aproximar-se cada vez mais dos movimentos sociais organizados”. Representando a Coordenação Nacional de Lutas, José Maria de Almeida recuperou a importância do ANDES-SN para o fortalecimento da Conlutas, que realizará seu primeiro Congresso Nacional no segundo semestre deste ano. “O ANDES-SN é uma força política essencial à consolidação da Conlutas. Tenho grandes expectativas de que este Congresso renove a disposição de todos os companheiros para permanecermos juntos em nossos enfrentamentos, defendendo a classe trabalhadora”, disse José Maria. Muito pertinente foi a exposição da Profa. Gene Maria Vieira Lyra Silva (ADUFG S.Sind.). Ela lembrou que em janeiro de 1987, o 6º Congresso do ANDES-SN foi realizado na capital de Goiás, com o tema “Movimento Docente, Universidade e Constituição”. A docente disse que sediar o 27º Congresso do ANDES-SN foi de suma importância para muitos companheiros das seções sindicais ligadas à Universidade Federal de Goiás – ADCAC (campi de Catalão), ADCAJ (do campi de Jataí) e ADUFG – fomentando maior mobilização da categoria e consolidando a disposição de muitos docentes de Goiás para conduzirem o enfrentamento ao Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior). Este grupo não possui legitimidade para negociar em nome da categoria docente, mas aliado do governo federal faz frente ao ANDES-SN, como tática que pretende promover a fragmentação do Sindicato Nacional de professores. A Diretoria da ADUFG está em situação irregular frente ao ANDES-SN, pois não tem repassado contribuição sindical plena há mais de cinco anos. O embate desenrola-se judicialmente, mas muitos sindicalizados da ADUFG compareceram ao 27º Congresso. Os delegados da ADUFG, resitindo às manobras da diretoria, convocaram assembléia e conseguiram aprovar envio de delegados ao congresso. A Plenária de Instalação, realizada na manhã de 15 de janeiro, deliberou que os delegados da ADUFG, eleitos em Assembléia, participem do evento como convidados. Recepcionar os companheiros da ADUFG no 27º Congresso foi um acerto, segundo Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional. Ele afirmou que o ANDES-SN tem seguido rumo certo em defesa do Ensino Superior de qualidade e dos direitos da classe docente e que por isso, as criticas são inevitáveis. “Creio que acertamos em nossas deliberações do 26º Congresso. Caso contrário, não veríamos o esforço leviano do governo federal com o intuito de nos fazer oposição. O ANDES-SN tem sido a pedra no sapato de todos aqueles que se opõem a um ensino transformador, crítico e socialmente referenciado”, enfatizou.
Aline Pereira,
Fonte: Ass. de Imprensa da Adur-RJ, 15/1/2008.
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