Publicação da
Associação dos Docentes da
UFRRJ - Seção
Sindical do Andes-SN
Filiada à CUT
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Nº 50
13 de maio de 2003
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ADUR
Informa - Publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega, Luiz
Mauro, Nídia Majerowicz, Valdomiro Neves, Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
Texto:
Ana Manuela Soares.
Fotos:
Lenin Pires.
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
ASSEMBLÉIA
APROVA PARALISAÇÃO
COM MOBILIZAÇÃO |
A PARALISAÇÃO DO DIA 15,
QUINTA-FEIRA, VAI SER MARCADA COM ATIVIDADES. PELA MANHÃ, NO
QUIOSQUE DA ADUR, ESPECIALISTAS E CONVIDADOS DEBATEM A REFORMA DA
PREVIDÊNCIA. Á TARDE, OS DOCENTES PARTICIPAM DE PASSEATA NO CENTRO
DO RIO. |
Com participação de um público
diversificado, a assembléia do dia 8 aprovou que uma ampla
mobilização deverá marcar as atividades do dia 15 de maio. A
assembléia discutiu o calendário de lutas dos servidores públicos
federais e a eleição de delegados para a reunião do setor das
federais e para a plenária dos servidores públicos federais, nos
dias 9 e 10, em Brasília.
Por unanimidade, os docentes aprovaram a paralisação das
atividades. Ao apreciar o indicativo dos Servidores Públicos
Federais de paralisação dias 14 e 15, por maioria aprovaram parar
somente no dia 15, para que a mobilização possa ser intensa. A
assembléia decidiu, ainda, que, nesse dia, haverá
um debate sobre a Reforma da Previdência, na parte da manhã, e, à
tarde, os docentes participam da passeata dos servidores no
centro do Rio de Janeiro. Para construir ampla participação nas
atividades desse dia de luta, os presentes aprovaram a formação
de uma comissão de mobilização composta pelos docentes: Celso
Contardo da Fonseca, Ana Lúcia Barbosa, Heitor Mothé Filho,
Valdomiro Neves Lima, Manoel Motta, Rômulo Andrade, Ricardo Motta
Miranda e Ricardo Rodrigues. |
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GREVE
Os presentes debateram e mantiveram por
unanimidade o indicativo de greve por tempo indeterminado, caso o
governo prossiga com a tramitação de sua proposta da reforma da
Previdência, proposta apresentada pelo professor Luís Mauro. A
assembléia solicitou ao professor Rômulo Garcia de Andrade,
indicado por unanimidade como delegado para a Plenária dos SPF,
que levasse a proposta de um debate sobre definição do melhor
momento para a deflagração da greve, tendo em vista que a
tramitação da proposta de emenda constitucional do governo será
mais longa do que o que se esperava para o Projeto de Lei nº 9/99.
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PLENÁRIA INDICA GREVE A PARTIR DE JUNHO |
O governo Lula, finalmente, apresentou
à sociedade o seu projeto de Reforma da Previdência.
A proposta de emenda constitucional foi
entregue ao Congresso Nacional no último dia 30/4. Na Exposição de
Motivos, assinada pelos ministros da Previdência, Ricardo Berzoini,
e da Casa Civil, José Dirceu, os servidores públicos são tratados
como privilegiados, por receberem, em média, aposentadorias maiores
do que R$ 362,00, o que é pago, segundo o governo, aos trabalhadores
da iniciativa privada.
A proposta do governo não traz nenhum
benefício para os trabalhadores, nem da iniciativa privada nem do
setor público. O projeto tende a nivelar por baixo direitos
conquistados. Um dos pontos mais criticados pelos servidores na
proposta do governo é o desconto de 11% sobre proventos dos
aposentados acima de R$ 1.058,00. Para os sindicalistas, o desconto
é anticonstitucional e significa confisco de salário.
A resposta do movimento docente, que há
tempo vem denunciando as intenções do governo com a Reforma, foi
rápida. Na reunião do Setor das Federais do ANDES-SN, dia 9/4, 20
Seções Sindicais votaram a favor da paralisação dias 14 e 15 contra
a Reforma. Apenas duas S.Sind foram contrárias e sete se abstiveram,
por não terem, ainda, deliberação. O setor aprovou, também, a
participação dos docentes em uma greve nacional por tempo
indeterminado.
GREVE POR TEMPO INDETERMINADO
Reunidos em plenária, em Brasília, dias 10
e 11/5, Servidores Públicos Federais aprovaram greve por tempo
indeterminado a partir da segunda quinzena de junho. O ANDESSN deve
encaminhar às Seções Sindicais a proposta de participação na greve
nacional do funcionalismo. As próximas reuniões do Setor das
Federais do ANDES-SN e a plenária dos SPF acontecem dias 2 e 3 de
junho, respectivamente, em São Paulo, dias antes do 8º Congresso
Nacional da Central Única dos Trabalhadores (Concut). No Concut, os
dirigentes sindicais da maior central sindical do país decidirão se
aceitam ou rejeitam as propostas de reforma do governo Lula.
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AGENDA
DO DIA
15
DE MAIO
9H
- DEBATE
SOBRE A REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
NO
QUIOSQUE
DA
ADUR
16H
- PASSEATA
DA
CANDELÁRIA
À
CINELÂNDIA,
ORGANIZADA
PELA
COORDENAÇÃO
ESTADUAL
DOS
SERVIDORES
PÚBLICOS,
CONTRA A
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
NESTA
QUINTA-FEIRA,
VAMOS PROTESTAR CONTRA A PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA
E PREPARAR A LUTA DO FUNCIONALISMO FEDERAL EM
2003
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PARLAMENTARES PEDEM AO TCU
ESCLARECIMENTO SOBRE CONTAS DA
SEGURIDADE |
Os deputados
federais João Fontes (PT/SE) e Babá (PT/PA) deram entrada no dia 22
de abril no Tribunal de Contas da União com um pedido de auditoria
na execução orçamentária das contas da Seguridade Social, referente
aos anos de 1999 a 2002. Os deputados, notadamente contrários à
reforma da Previdência encaminhada pelo governo ao Congresso
Nacional, pretendem, com a divulgação das informações do TCU,
desmistificar o chamado déficit nas contas da Previdência Social.
Para os deputados, a auditoria “traduz o desejo de termos
informações transparentes da realidade atual das contas da
Seguridade Social”.
Enquanto o governo federal divulga para a
imprensa que a Previdência Social apresenta um déficit de R$ 70
bilhões de reais, a Associação Nacional de Auditores Fiscais da
Previdência Social afirma que a Previdência possui um superávit de
R$ 33 bilhões de reais. Na justificativa apresentada pelos
parlamentares da chamada ‘esquerda do PT’, os deputados ressaltam
que a imprensa também tem divulgado a existência de sonegadores e
devedores da Previdência Social.Os parlamentares citam a matéria da
Revista Veja, de dezembro de 2000, na qual grandes empresários e
parlamentares figuram devendo um total de R$ 109 bilhões aos cofres
da Previdência. (Veja
lista com os maiores devedores da Previdência)
O pedido ao TCU foi formulado com base no
artigo 71, IV, da Constituição Federal e nos artigos 60, II, e 24,
X, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
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PRESIDENTE DO
SINDICATO NACIONAL DIZ QUE REFORMA CRIARÁ SISTEMA
EM EXTINÇÃO
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O presidente
do ANDES-SN, Luiz Carlos Lucas, disse à reportagem do Jornal da
ADUFR- RJ que a Reforma da Previdência apresentada pelo governo Lula
ao Congresso é o primeiro passo para a transformação do sistema
previdenciário dos atuais aposentados em um sistema em extinção.
Lucas explica que, ainda que preservados direitos dos que já se
aposentaram, a reforma trará mais prejuízos aos inativos do que
somente a atual proposta de descontar 11% dos benefícios. De acordo
com o presidente, a reforma tem caráter privatizante, e o modelo
baseado no sistema de capitalização tende, a médio e longo prazo, a
gerar mais déficit do que receita.
MAIS ATAQUES
Para o professor, quem será chamado a
pagar a conta dos futuros rombos nos fundos de pensão, que serão
criados para complementar as aposentadorias dos futuros servidores,
serão os atuais aposentados e pensionistas. A reforma criará, então,
um sistema em extinção, em que os que atualmente recebem mais do que
o teto de R$ 2.400,00 proposto no texto da reforma serão convocados,
sistematicamente, a cobrir eventuais déficit e despesas com a
administração das caixas da previdência, privatizada pelo sistema
financeiro.
Se hoje, os servidores já são tratados
como privilegiados, daqui a algum tempo, segundo Lucas, os atuais
aposentados e pensionistas serão ainda mais atacados pelo governo,
pelos setores empresariais e pela grande mídia. A tendência, de
acordo com o professor, é que o desconto dos aposentados passe a
valer também para as atuais aposentadorias integrais. Os atuais
servidores ativos e aposentados serão o alvo preferencial de
campanhas onde serão apontados como responsáveis por tudo que der
errado nas políticas da administração federal.
QUEBRA
Para cobrir futuros rombos nas caixas dos
planos de previdência complementar, por exemplo, o governo terá que
arcar com os prejuízos para honrar futuras aposentadorias
complementares ou penalizar ainda mais os trabalhadores. “O desconto
para inativos e outros itens da reforma já foram experimentados em
países como o Chile e a Argentina com a mesma justificativa: cobrir
rombos da caixa do Estado. Na Argentina, inclusive, “a reforma da
previdência do governo foi um dos principais fatores pela quebra
desse país”, comentou Lucas.
PRESSÃO
Para o presidente do Sindicato, o governo
Lula, como seu antecessor, está cedendo a pressões de organismos
financeiros como o FMI e o Banco Mundial. “O governo anterior também
não teria implementado algumas reformas se não fosse a pressão dos
credores internacionais. O que o governo Lula não está conseguindo é
resistir às mesmas pressões”, comentou.
Lucas reafirmou a posição do Sindicato
Nacional de defender um Regime Geral para todos os trabalhadores,
tanto da iniciativa privada como do setor público. O sistema seria
de repartição, tal como acontece hoje no regime próprio do
funcionalismo federal, em que os trabalhadores em atividade
contribuem para os atuais aposentados, num regime de solidariedade
entre a classe trabalhadora. “Defendemos a extensão de direitos e
não a sua supressão como quer o governo”, propôs o sindicalista.
SEÇÃO ORGANIZA GRUPO DE TRABALHO
Uma das integrantes do Grupo de Trabalho
de Seguridade Social da ADUR-RJ, Irlete Braga da Trindade, também
considera que é preciso desmistificar o discurso do governo de que
existem privilégios para os servidores públicos em relação aos
trabalhadores da iniciativa privada. Militante do PT e aposentada,
Irlete é contra as reformas e também defende um regime geral em que
a aposentadoria seja integral para todos os trabalhadores,
servidores e celetistas. Uma das preocupações da professora é também
o desconto para os inativos. A professora defende, ainda, que não
haja aposentadoria compulsória para os servidores e que o provento
da aposentadoria seja o mesmo salário recebido pelo trabalhador em
seu último mês de atividade, ou seja, a aposentadoria integral. “O
trabalhador passa anos em busca de uma melhor colocação e
valorização de seu salário, é justo que se aposente com o que
conquistou”, defende.
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O QUE MUDA COM A REFORMA
TETO ÚNICO
No projeto, o governo quer fixar um mesmo teto de proventos para
trabalhadores ligados ao Regime Geral (INSS) e os do Regime Próprio
dos servidores em R$ 2.400,00.
DESCONTO
Quem já é aposentado passa a descontar para a Previdência 11% de
proventos acima de R$ 1.058,00. Os futuros aposentados terão
desconto de 11% sobre o teto único de R$ 2.400,00.
INTEGRAL ACABA
Acaba a aposentadoria integral no serviço público. O cálculo passa a
ser sobre o benefício médio de 80% dos meses de maior salário, na
ativa, como acontece com os trabalhadores da iniciativa privada.
TETO PARA AS ATUAIS
O projeto limita em R$ 17.170, 00 o valor dos proventos para os
servidores públicos. A tendência é o valor subir para cerca de R$
20.000,00 atendendo demandas dos magistrados.
COMPLEMENTAR
Com a reforma, os estados, municípios e a União poderão criar fundos
de pensão, de caráter privado, para complementar a aposentadoria dos
servidores públicos.
PENSIONISTAS
Os atuais pensionistas terão os proventos limitados a 70% das
aposentadorias do servidor.
DESCONTO DE INATIVOS
PREOCUPA
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PROCESSO
DO FGTS
AGUARDA JULGAMENTO
O advogado Marcelo Chalréo, assessor
jurídico da ADURRJ, informou à direção, em 5/5, que o processo
referente às perdas do FGTS aguarda julgamento de Embargos de
Declaração (espécie de pedido de esclarecimentos) junto ao Tribunal
Regional Federal da 2ª Região. Segundo ele, o mérito do processo já
foi julgado de modo favorável aos docentes afiliados à ADUR. Os
Embargos foram interpostos para aclarar alguns aspectos que não
afetam o conteúdo da matéria. Espera-se o julgamento dos Embargos
para as próximas semanas. Após o julgamento desses, a decisão estará
de acordo com a resolução do Supremo Tribunal Federal sobre a
matéria, não restando qualquer outro recurso à Caixa Econômica
Federal.
A assessoria jurídica voltou a advertir que os docentes interessados
em fazer acordo administrativo com a CEF podem observar perdas
razoáveis, uma vez que o mesmo “impõe ao celebrante do acordo a
obrigação de pagar custas e honorários advocatícios em favor da CEF,
uma vez que o acordo implica na desistência de uma ação já em curso
e, como tal, deste ato decorrem os ônus acima indicados”. O
processo da ADUR, lembra Chalréo, “envolve cômputo de juros de mora,
além dos juros do sistema FGTS, o que representa acréscimo
significativo nos cálculos a serem feitos, como se vem observando
nos procedimentos preliminares”.
O assessor disse não poder estimar o tempo para a conclusão do
processo, mas assegurou que voltará a entrar em contato com a
direção da ADUR, nas próximas semanas, com expectativa de dar novas
e melhores informações. |
FALTA DE SEGURANÇA NA
ORDEM DO DIA
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INSEGURANÇA CRESCE NA RURAL |
A falta de segurança, tema recorrente
nas grandes cidades brasileiras, é um fenômeno que vem assumindo
relevância no interior da Universidade Rural. Acontecimentos como
assaltos à mão armada, tentativas de estupro, roubos a bancos e
unidades acadêmicas fizeram com que os professores debatessem o
problema, na assembléia do dia 8/5, e os estudantes passassem a se
mobilizar para exigir providência por parte da Reitoria. |
Alojamento da Rural: alunos
preocupados |
O estopim da crise parece ter sido acionado na última terça-feira,
6/5. Eram, aproximadamente, 15h, quando o Banco Real, situado no
interior do campus da Rural, foi assaltado. Segundo testemunhas, os
assaltantes usaram uma tecnologia avançada, que foi capaz de
destravar as portas e desativar o sistema de alarme. Ficou fácil
para os assaltantes render os vigilantes e efetuar o assalto. É a
segunda vez, em poucos meses, que assaltantes se dirigem para o
prédio conhecido como PQ‘. Na primeira vez, em novembro de 2002,
ocorreu um tiroteio intenso entre os assaltantes e vigilantes do
banco. Um destes últimos acabou perdendo a vida. Desta vez, um
policial que se encontrava no interior do banco esperou que os
mesmos deixassem o banco para reagir. Dois assaltantes foram feridos
e acabaram presos. Quem viu, disse que parecia bangue-bangue.
Alexandre Santos |
“Não dá mais para agüentar”, argumentou
Alexandre Santos, estudante de Engenharia de grimensura e
representante do DCE, explicando a iniciativa dos estudantes de
organizarem um ato e procurarem a Reitoria, em 7/5. Eles foram
recebidos pela vice-reitora, profª Maria Cecita Vianni, da qual
cobraram providências para uma
situação que, segundo ele, é responsável, nas últimas semanas,
por dois assaltos à mão armada, no interior da Rural, e pelo
menos 2 tentativas de estupro. Ele criticou o que lhe pareceu
falta de sensibilidade da Reitoria. “Alunos que foram assaltados
em frente ao Instituto de Biologia, em plena luz do dia, deram
seu depoimento à própria Reitoria. |
Ela testemunhou o medo das pessoas. No
entanto, limitou-se a dizer que sabia apenas de casos isolados, pois
não havia registros de ocorrências”. Alexandre disse ainda que os
estudantes entregaram um ofício cobrando uma audiência pública. A
Reitoria teria concordado com a idéia, acatando o indicativo do dia
15/5.
PM NA RURAL?
A primeira conversa
com a vice-reitora não agradou aos estudantes. Pelo menos, é a
opinião de Thiago Paiva, estudante do 5º período de História,
que criticou, de forma contundente, a proposta formulada pela
vice-reitora Cecita de se recorrer à Polícia Militar, para
fazer o policiamento no campus. “A PM vai estar na universidade,
com o aval da Reitoria, para praticar repressão. É só o que ela
sabe fazer. No lugar de solução, vai trazer mais problema
no convívio com os estudantes”. Ele acredita que a melhor forma
de abordar a questão é fortalecer a vigilância da própria
universidade. “É preciso haver concurso público para contratar
mais vigilantes; melhorar o equipamento da guarda e capacitar
adequadamente o pessoal para lidar com essa realidade.
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Thiago Paiva |
Pelo menos uma vez por mês, há umatentativa de assalto ou estupro,
arrombamentos e furtos nas unidades”.
Renato Evaristo, chefe da vigilância da UFRRJ, disse que, enquanto
aguarda resposta ao projeto apresentado pela DVG à comunidade, vem
buscando atuar com o efetivo reduzido de 70 vigilantes, como
possível. Ele apontou como medidas para as próximas semanas o
funcionamento de uma guarita na floresta e a possibilidade de
extensão do horário de circulação do ônibus no campus para as 22 h.
Afirmou que vem procurando atuar considerando a chamada área
integrada de segurança, que reúne a vigilância da Rural, o 24º
Batalhão da Polícia Militar e a 48ª Delegacia Policial. Contudo,
Renato acredita que mudanças mais expressivas só serão sentidas com
alterações na base tecnológica e fortalecimento do contingente de
vigilantes.
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REUNIÃO
DA ÁREA INTEGRADA DE SEGURANÇA
3ª FEIRA — 13/5/2003, 20 H,
GUSTAVÃO
AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE SEGURANÇA
NA RURAL
5ª FEIRA — 15/5/2003
LOCAL E HORÁRIO A CONFIRMAR
ESTUDANTES
COBRAM PROVIDÊNCIAS
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A ADUR
NO
I CONGRESSO
ESTUDANTIL
DA UFRRJ |
O primeiro
Congresso Estudantil da Rural, realizado pelo Diretório Central dos
Estudantes, dias 6, 7 e 8 de maio, teve como tema os rumos da
universidade pública e o movimento estudantil. A direção da ADURRJ
foi convidada para a abertura. O professor Laélio Nunes de Lima,
presidente da ADUR, elogiou a iniciativa dos estudantes e lembrou a
importância de que a comunidade se reúna e debata o momento atual,
“de crise, insegurança, expectativa e perplexidade”. “É preciso que
tracemos nossos caminhos, que tomemos nossas decisões, que
participemos em nível local, regional e nacional de cada assunto,
seja político, econômico ou social de interesse da sociedade”,
disse.
POLÍTICA EDUCACIONAL
A professora Nidia Majerowicz, 1ª Vice
Presidente da ADUR-RJ, esteve presente à mesa sobre Política
Educacional. Inicialmente, a professora destacou os grandes marcos
da política educacional das últimas décadas e a contribuição do
movimento social organizado para a construção dos conceitos sobre a
educação presentes na Constituição, para a elaboração da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Plano Nacional de Educação
da sociedade brasileira.
Foram apontados os avanços e
retrocessos ocorridos. Ao mesmo tempo, a professora analisou o
desmonte do Ensino Federal ao longo de 8 anos do governo FHC e o
importante papel do ANDES-SN, na resistência ao projeto neoliberal.
FIM DOS ENTULHOS BUROCRÁTICOS
Em relação à política educacional do
novo governo, a professora destacou o seminário, organizado pelo
MEC, sobre a avaliação do Ensino Superior, ocorrido no mês de abril
de 2003, a realização da I Conferência Nacional de Educação (12 a 15
de outubro de 2003) e a iniciativa do MEC de retirar vários entulhos
burocráticos que dificultam o funcionamento e autonomia das
Instituições Federais de Ensino Superior.
CONCURSOS
Dentre as iniciativas apresentadas, o
MEC está propondo autorizar, em 2003, 1000 concursos para docentes,
nas IES, e 500 concursos para docentes, nos CEFET, escolas técnicas
e agrotécnicas, e 3056 concursos para servidores
técnico-administrativos, dar liberdade aos reitores para abrir
concursos para as vagas surgidas a partir de janeiro de 2003 e fixar
as vagas de substitutos, acabar com as listas tríplices para Reitor
e delegar a cada instituição a elaboração de regras para a escolha
de dirigentes universitários.
ARTICULAÇÃO COM TODOS OS SEGMENTOS
A professora ressaltou a importância do
fortalecimento do movimento estudantil e da sua articulação com os
demais segmentos da universidade, para disputar, junto ao novo
governo, projetos e propostas mais avançadas para a melhoria do
ensino público e gratuito brasileiro. Indicou, ainda, alguns
aspectos que, a seu ver, deveriam ser priorizados pelo movimento
estudantil: a mobilização dos estudantes pela melhoria da
assistência estudantil, da qualidade do ensino e luta contra o
limite de idade de 24 anos para a obtenção de bolsa de Iniciação
Científica.
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RAIMUNDO
BRAZ,
NOSSO SÓCIO FUNDADOR,
É ELEITO REITOR
DA UENF |
|
O
professor Raimundo Braz Filho, docente emérito da UFRRJ, ex-diretor
do Instituto de Ciências Exatas, entusiasta e fundador da ADUR-RJ,
foi eleito reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense
(UENF). Ele encabeçou a chapa 1, que tinha ainda o cientista
político Sérgio de Azevedo, professor titular do Laboratório de
Estudos da Sociedade Civil e do Estado (LESCE) do Centro de Ciências
do Homem (CCH) da UENF, como candidato a vice-reitor. Eles tiveram
cerca de 64% dos votos válidos entre os professores, 67% entre os
servidores técnico-administrativos e 65% entre os estudantes.
Na ponderação |
final, 64,2% dos votos válidos para a chapa 1 e 35,8% para a outra
chapa.
Esse resultado nos enche de orgulho e, imediatamente, nos remete à
Primavera de 1984, quando, na primeira eleição direta definida no
âmbito de nossa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, os
docentes deram ao Prof. Braz a maior votação daquela escolha,
colocando seu nome na lista sêxtupla, da qual sairia o Reitor da
Rural para o exercício de 1985 a 1988. Infelizmente, essa lista
elaborada pela comunidade da Rural foi desconsiderada, não teve seu
encaminhamento pelos Conselhos Superiores (Universitário, Curadores
e CEPE) da época, que elaboraram uma outra lista e a enviaram para o
Ministro da Educação definir quem iria para nossa Reitoria em 85.
Essa ação da maioria daqueles conselheiros guardava todos os
resquícios conhecidos pelo Braz, que já havia vivido a
repressão da ditadura militar, quando ainda estava na Universidade
de Brasília, durante sua invasão.
Como bom cearense, de origem pobre, da cidade de Pacatuba, nosso
querido Braz continuou, com a mesma firmeza e coerência de
sempre, participando de todas as nossas lutas, sempre ocupando a
cadeira da fila 20, do bloco de cadeiras situado à esquerda do palco
do Gustavão, onde, em 1979, ajudou a fundar nossa ADUR-RJ e tinha
presença constante em todas as nossas Assembléias, até aposentar-se,
em 1991.
Pela visão do papel do setor público na busca da soberania de nossa
nação, Braz, pesquisador 1A do CNPq, bolsista “ Cientista de
nosso Estado “ pela FAPERJ, por três vezes consecutivas, Comendador
da Ordem Nacional do Mérito Científico, Membro Titular da Academia
Brasileira de Ciência e Professor Emérito de nossa Universidade
Rural é, para nós, uma referência docente para a Universidade
Brasileira de que precisamos.
Quando já candidato eleito, o próximo Reitor da UENF afirmou em
entrevista ao jornal Folha da Manhã, da cidade de Campos dos
Goytacazes, do domingo, 4 de maio, que sua trajetória de vida se
coaduna com uma necessidade de atuação administrativa cuja síntese é
dada pela brilhante declaração do sociólogo Florestan Fernandes:
“Além do ensino, da pesquisa e da extensão, a universidade pública
de um país periférico deve envidar todos os seus esforços no
sentido da libertação do povo analfabeto, oprimido, faminto e doente“,
Braz reafirma sua origem e fortalece nossas lutas, para as
quais conclama toda a comunidade da UENF ao dizer que “terminada
a fase eleitoral, seremos a Reitoria de toda a UENF “.
Está de parabéns a Universidade Estadual do
Norte Fluminense, ao entregar a cadeira de Reitor ao homem de
ciência, pesquisador e grande professor Raimundo Braz Filho, o
nosso bom e “velho“ Braz de nossa cadeira da fila 20, da
qual também lutou para ter a certeza de que aquela bela
Primavera de 1984, que vivemos aqui em nosso campus, pudesse
voltar a acontecer nesse Outono de 2002, em uma Universidade
Pública e Gratuita de nosso país. |
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EXEMPLO
DE FIRMEZA E COERÊNCIA
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COMUNIDADE
DEVE DISCUTIR ALOCAÇÃO
DE VAGAS DOCENTES |
No início de abril, a ADUR-RJ, através
de seu representante no Conselho de Ensino e Pesquisa, Laélio Nunes
de Lima, presidente da entidade, solicitou ao colegiado o adiamento
da discussão de proposta sobre indicadores e alocação de cargos
vagos da carreira docente, prevista para o dia 10 de abril. O pedido
foi aceito por unanimidade.
A ADUR-RJ, que tem voz no Conselho, argumentou que, no dia previsto,
acontecia uma importante assembléia que impediria a participação de
sua representação no debate. Além disso, o adiamento, segundo a
entidade, permitiria uma posição mais consolidada sobre o assunto,
através de discussão em seus grupos de trabalhos a que o tema é
pertinente.
O presidente da ADUR sugeriu aos grupos de trabalho de Política
Educacional e Carreira Docente que implementem discussão acadêmica
sobre o tema, socializando o debate e fornecendo subsídios à
diretoria da ADUR para consubstanciar sua abordagem no CEPE. A
entidade planeja organizar um amplo debate com a comunidade.
A professora Áurea Echevarria é membro da comissão instituída pela
Administração Central para o tema. Segundo explica, dos mais de 30
departamentos, menos de 10 se manifestaram até aqui. Ela avalia que
os professores não têm debatido o tema, e há necessidade de
discussão urgente. O assunto é de extrema importância para a
comunidade universitária. O CEPE tem agendado tal discussão, pois, a
qualquer momento, poderão ser feitas distribuições de vagas.
De acordo com documento do MEC enviado ao ANDES-SN no final de
abril, deverão ser preenchidas 1000 vagas docentes no âmbito das
IFES, outras 500 nos CEFET, Escolas Técnicas e Agrotécnicas e 3056
vagas de servidores técnico-administrativos nas Instituições
Federais, como um todo, no ano de 2003. Ainda segundo o MEC, as 7594
vagas docentes não preenchidas até dezembro de 2002 deverão ser
ocupadas ao longo de 4 anos. Portanto, uma política consistente e
justa de reposição de vagas torna-se ferramenta fundamental para o
funcionamento da UFRRJ.
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PÁGINA
DA ADUR
NA
INTERNET
ATINGE
NOVO RECORDE
DE ACESSOS
O
site da ADUR-RJ na Internet, sob responsabilidade do
webmaster Walter Tauille, vem registrando crescimento contínuo de
acessos. Entre maio de 2002 e abril de 2003, o número de acessos
mensais saltou de 660 para 2.990. Atualmente, são, aproximadamente,
100 por dia.
Este
tem sido um canal importante de comunicação entre a Associação e os
professores, onde é possível associar qualidade e agilidade na
informação, além de propiciar aos docentes acesso a documentos
produzidos pelo ANDES-SN, Grupos de Trabalho, entre outras
instâncias do movimento organizado.
Acreditamos
que este recorde registrado significa o reconhecimento dos
professores à qualidade e relevância deste projeto, cujo
investimento a ADUR-RJ vem fazendo para a manutenção de uma
importante ferramenta para nossas lutas.
IMPORTANTE
CANAL DE COMUNICAÇÃO
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