Publicação da
Associação dos Docentes da
UFRRJ - Seção
Sindical do Andes-SN
Filiada à CUT
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Nº 48
07 de abril de 2003
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ADUR
Informa - Publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega, Luiz
Mauro, Nídia Majerowicz, Valdomiro Neves, Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
Texto:
Ana Manuela Soares.
Fotos:
Lenin Pires.
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
SERVIDORES
PARAM PARA BARRAR PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR |
MANIFESTAÇÕES NACIONAIS CONTRA
A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
No dia 8 de
abril, os servidores públicos federais paralisam suas atividades
para demarcar a luta contra o Projeto de Lei 09/99, que instaura
a previdência complementar para a categoria. A data foi decidida
na última Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais
(SPF), realizada em 23 de março, em Brasília. O ANDES-SN já havia
deliberado pela paralisação na reunião dos representantes das
seções sindicais do Setor das Federais, dia 22/3. A ADUR-RJ foi
representada nos encontros pelo professor Ricardo Motta Miranda. |
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A principal avaliação dos participantes da
Plenária dos SPF é de que o governo, em especial os ministros da
Fazenda, Antônio Palocci, e da Previdência, Ricardo Berzoini, está
fazendo uma política de continuar realizando audiências com as
categorias e, paralelamente, seguir ‘empurrando com a barriga’ a
apresentação da proposta do governo sobre o PL 09/99. O governo
Lula não se posiciona explicitamente sobre a reforma e deixa para
que, no Congresso, os parlamentares mais afinados encaminhem seu
projeto.
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SERVIDORES CRIAM FRENTE EM
DEFESA
DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA |
O seminário
sobre a Reforma da Previdência realizado pela CNESF, dia 25 de
março, em Brasília, reuniu 300 participantes, sendo registrada a
participação de 109 entidades sindicais e da sociedade organizada.
O evento aconteceu no Auditório Nereu Ramos, do Congresso Nacional,
e, segundo os organizadores, cumpriu o objetivo de criar uma ampla
Frente Nacional em Defesa da Previdência Pública.
No Rio, a Frente Estadual em Defesa da
Previdência Pública foi criada por entidades das três esferas
(federal, estadual e municipal), em lançamento realizado no dia 31
de março, no Auditório 13 da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro. Segundo a 1ª Vice-Presidente do ANDES-SN, Janete Luzia
Leite, os trabalhadores que participam da Frente são organizados por
entidades que compõem a Coordenação Estadual dos SPF. Janete diz
que a Frente pretende agregar os trabalhadores do Fórum Fluminense
pela Seguridade Pública, uma frente criada por organizações não
cutistas, em especial o Sindicato dos Auditores Fiscais do Rio, para
a realização de manifestações conjuntas contra a reforma encaminhada
pelo governo.
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MOVIMENTO DOCENTE CONTRA A GUERRA
Na
Plenária dos SPF, os docentes aprovaram moção de repúdio “à infame,
covarde e criminosa guerra imperialista movida pelos EUA e seus
prepostos contra o povo desarmado, faminto e doente do Iraque”. A
moção critica a prepotência do governo dos Estados Unidos, ao
desrespeitar as decisões da ONU e contrariar a opinião pública
mundial. Leia mais sobre a reação à guerra na página 3.
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ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA
DIA 10 DE ABRIL,
QUINTA-FEIRA, ÀS 13H 30,
NO GUSTAVÃO.
PAUTA:
INFORMES, ELEIÇÃO DE DELEGADOS AO CONGRESSO ESTADUAL DA
CUT
E AO 8º CONGRESSO NACIONAL DA
CUT,
REFORMA DA PREVIDÊNCIA, INDICATIVO DE GREVE E ASSUNTOS
GERAIS.
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PARALISAÇÃO
NACIONAL EM DEFESA
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E CONTRA O PLP 9
ATO NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO, COM CAMINHADA
DA CANDELÁRIA À CINELÂNCIA
DIA 8 DE ABRIL, TERÇA-FEIRA, COM CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 16H, NA
CANDELÁRIA
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COMEÇA MOBILIZAÇÃO CONTRA
REFORMA
Da Plenária
dos SPF, participaram 206 delegados e 63 observadores de nove
entidades nacionais,. Como deliberação, a Coordenação Nacional das
Entidades dos Servidores Públicos Federais (CNESF) deverá exigir
transparência do governo nas mesas de negociação e nas informações
divulgadas. A CNESF também deverá solicitar do governo a divulgação
da lista dos devedores da Previdência. Outra reivindicação dos
servidores será um prazo para que o governo Lula responda à pauta
de reivindicações da categoria.
Segundo relatório de Ricardo Motta,
apresentado à diretoria da ADUR-RJ, das 24 Seções Sindicais
presentes à reunião do Setor das Federais do ANDES-SN, dez não
deliberaram sobre o indicativo de greve, caso o governo insista na
tramitação do PL 09/99. “A maioria por estar em férias e não ter
realizado assembléia”, diz no relato, o professor. Treze S.Sind.
votaram a favor do indicativo de greve e apenas uma, a Seção
Sindical da UFRGS, deliberou contra. “De um modo geral predomina
nas AD um clima de indignação, indicando um processo de construção
da mobilização. Diferentes calendários acadêmicos impedem avaliação
mais precisa. Somente ao final de abril, a maioria das IFES estará
em período letivo simultaneamente”, comenta Ricardo.
COLETA DE INFORMAÇÕES
O ANDES-SN fará seleção de textos e dados
sobre e os enviará para as seções sindicais. As S.Sind. também
deverão enviar para o sindicato seus materiais sobre a reforma.
Estes serão disponibilizados em um site e servirão de
subsídio aos debates com o governo e esclarecimento da sociedade.
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Apenas duas semanas após o encerramento
do último semestre letivo do ano de 2002, estamos iniciando nossas
atividades docentes de 2003. As tempestades que as nuvens escuras
anunciavam naquele encerramento já são realidades. A mais grave e
que gera nossa total indignação é a guerra “preventiva” e
unilateralmente declarada pelos Estados Unidos contra o Iraque
(nova modalidade criada pelos senhores da guerra: Bush e Blair, com
as complacências de Aznar, Berlusconi e alguns outros poucos). Para
essa versão, não interessa o pensamento do Conselho de Segurança
das Nações Unidas, a autodeterminação dos povos (a libertação do
povo iraquiano deve partir da vontade do povo do Iraque) e, muito
menos, os apelos de paz, na voz das ruas das cidades de todo o
mundo. Outra preocupação que se transformou em realidade de nosso
cotidiano é o avanço da desestruturação de nosso tecido social,
fruto dos anos de políticas neoliberais e de descompromisso com a
geração de empregos, com a saúde e a educação de grande parte da
população brasileira.
Nesse cenário de dificuldades, causa-nos
perplexidade a vontade política do atual governo federal de dar
encaminhamento no Congresso Nacional a uma das heranças do governo
“tucano” (derrotado fragorosamente pela sociedade brasileira nas
urnas das últimas eleições), que retira direitos dos servidores
públicos e que abre espaço para a privatização da previdência
social (PL 09/99). Os efeitos dessa política já podem ser
observados no grande contingente de docentes e
técnico-administrativos que estão solicitando suas aposentadorias
nas Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, podendo,
como reportado na Folha de São Paulo de domingo (30.03.2003) :
“ultrapassar o número verificado em 1995 quando, somente na maior
Universidade Federal do País (UFRJ), 211 professores se aposentaram
com medo de mudanças na Previdência, na época discutidas pelo
governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso” . Essa
corrida levou o atual ministro da Previdência Social, Ricardo
Berzoini, a enviar carta aos servidores afirmando que “quem já se
aposentou ou já cumpriu os requisitos necessários ara se aposentar
não precisa tomar decisões precipitadas. O direito adquirido é a
base do Estado de Direito, portanto será respeitado”.
Dessa forma, damos nossas boas-vindas aos
novos alunos que se incorporam para iniciar mais um semestre
letivo, dentro de um contexto de total turbulência, pois, à luta
para efetivação dos concursos públicos que permitam a Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro acabar com o regime precário de
trabalho docente (professores substitutos) que nos infelicita desde
1995, em virtude das vagas oriundas daquelas aposentadorias não
terem sido repostas, se agrega a luta para impedir a tramitação de
mais essa herança do “tucanato” (PL 09/99) e já, nos dias de hoje,
a luta pela contratação de docentes efetivos em substituição aos
aposentados de 2003. O encaminhamento das discussões sobre o
trabalho docente nessa conjuntura é fundamental para buscarmos, com
toda a comunidade universitária, as soluções que façam das
atividades no ensino, na pesquisa e na extensão universitária, os
pilares de sustentação de nossas instituições públicas de ensino
superior.
Cremos que somente com essa base será
possível enfrentar a dura batalha que nos espera e que se
consubstancia na tentativa da desregulamentação das leis brasileiras
que regem nosso sistema educacional e que, ainda, dificultam a
instalação de empresas estrangeiras do ensino em nosso país, pois a
idéia que se discute na Organização Mundial do Comércio (OMC) é “que
os serviços de ensino sejam comercializados livremente, facilitando
operações como a atuação de grupos educacionais estrangeiros e a
aprovação de cursos a distância, o que pede alteração de leis
nacionais. Tais mudanças atingiriam diversos níveis, desde
treinamento profissional até cursos de graduação e pós”, conforme
reportado no jornal acima citado.
Nesse sentido, reforçamos nossa visão da
Educação como um direito de todos e dever do Estado, contrariamente
àquela que entende a educação como serviços que possam ser comprados
no mercado.
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INDICATIVO
APROVADO POR UNANIMIDADE
A
Assembléia Geral da ADUR-RJ realizada dia 19 de março, no Gustavão
contou com cerca de 25 docentes . Além dos informes do Congresso do
ANDES-SN, os presentes discutiram o indicativo de greve e a Reforma
da Previdência e elegeram delegados à Plenária dos Servidores
Públicos Federais em 23/03 e ao Congresso Estadual da CUT (CECUT).
Foi eleito o professor Ricardo Motta Miranda, para a plenária dos
SPF, e os professores Rômulo Garcia de Andrade e Nidia Majerowicz,
para o CECUT.
O professor Luís Mauro informou que o
indicativo de greve aprovado antes do 22o. Congresso, na Plenária
dos SPF, está colocado para dar força ao embate contra a tramitação
do PL 09/99. A Professora Nidia fez uma rápida explanação sobre o
que significa esse PL, afirmando ser a privatização da nossa
contribuição previdenciária.
A assembléia aprovou por unanimidade o
indicativo de greve, sem data, e vinculado à tramitação do PL
09/99; a solicitação de uma audiência pública, com a participação do
governo, categorias organizadas e mídia e atuação em conjunto com a
Vice-Presidência Regional do ANDES-SN, junto aos parlamentares
estaduais e federais do Rio de Janeiro, para levar a posição dos
servidores contrária à tramitação do PL 09/99.
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MINISTRO NÃO RESPONDE ENTIDADES SOBRE PLP 9
No dia 25 de
março, após a realização de seminário sobre a Reforma da
Previdência, representantes da Coordenação Nacional das Entidades
dos Servidores Federais estiveram em audiência com o ministro da
Previdência Social, Ricardo Berzoini. A reunião contou com a
participação do presidente do ANDESSN, Luiz Carlos Lucas, e não
agradou os servidores. O único ponto efetivamente encaminhado pelo
ministro em resposta às solicitações dos sindicalistas foi referente
a uma reunião ‘técnica’, agendada para o dia 27/3, quando seria
disponibilizada pelo Ministério a base de dados do governo sobre o
sistema.
Sobre o tema que mais angustiava os
servidores, a tramitação do PL 09/99 no Congresso Nacional, Berzoini
se limitou a dizer que a posição do governo não está definida. A
informação consta do relatório do ANDES-SN sobre o encontro,
encaminhado às seções sindicais. Questionado sobre a carta enviada
pelo governo brasileiro ao Fundo Monetário Internacional, o ministro
declarou que o documento não é um “contrato”, mas “representa uma
posição adotada em determinado momento e que pode ser alterada”.
NEM SIM NEM NÃO... MAS É BEM PROVÁVEL
Apesar da insistência na afirmação de que
não há posição definida sobre o PL, Berzoini defendeu várias vezes,
durante a audiência, a “conveniência” de se modificar o texto
aprovado na Câmara dos Deputados. Os sindicalistas insistiram que o
PL 09/99 é inaceitável, qualquer que seja a sua redação, ou com
qualquer que seja o valor de um suposto teto para os proventos. Isto
porque o PL 09/99 tem a finalidade de instituir a Previdência
Complementar Privada, mediante a regulamentação da Emenda
Constitucional 20, aprovada durante o governo Fernando Henrique
Cardoso, cujo texto permitiu a tramitação do atual PL.
Os servidores entendem que é preciso um
amplo debate acerca da previdência com o conjunto dos trabalhadores,
os verdadeiros beneficiários do sistema, que deve ser entendido como
um direito social e não como uma atividade econômica. Este debate,
na opinião dos sindicalistas, não pode ficar restrito a rápidas
audiências com os ministros e nem na esfera do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Social. O Codes foi criado pelo governo Lula para
criar uma aparente discussão dos temas relevantes com o conjunto da
sociedade, mas na sua conformação já fica evidente o peso dos
empresários e do setor privado: de 82 integrantes, 41 são donos de
empresas e bancos.
CARTA DO GOVERNO AO FMI
MENCIONA REFORMA DA PREVIDÊNCIA |
CIVIS
MORREM EM BOMBARDEIO
PERTO DE BAGDÁ |
Estudantes promovem manifestação pela paz diante da
sede da Embai-
xada dos Estados Unidos, dia 3/4 em Brasília.
Foto: Antônio Cruz/ABR
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Vinte pessoas, entre as quais onze menores e sete
mulheres, morreram ao ser bombardeada no sábado, 29 de março, à
noite, uma fazenda perto de Bagdá, informou a agência de notícias
AFP. Outras dez pessoas foram feridas no bombardeio que destruiu
três casas em Al Janabiine, periferia de Bagdá. Os jornais do dia
1o registravam que soldados haviam atirado contra um grupo de
mulheres e crianças numa van, em Najaf, que não parou diante da
ordem dos americanos. Segundo o comando dos EUA, os soldados teriam
seguido as regras militares e agido com cautela para evitar a perda
desnecessária de vidas.
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Em outro episódio, os moradores culpam os EUA pelas explosões que
mataram Arkan Daif, 14 anos, Sabah Hassan, 16 anos e Jalal Talib, 14
anos. “Quem mais pode ser responsabilizado?” perguntava Mohsin
Hattal, tio de Daif, ao correspondente do Washington Post, Anthony
Shadid. Mercados populares em Bagdá bombardeados em seqüência. “Na
guerra moderna a tempestade de fogo e morte recai sobre civis
inocentes, apesar de toda propaganda em contrário !” diz Ronaldo
Leão, analista de defesa, em O Globo. A morte de civis, portanto,
não importa. São situações previsíveis e desculpáveis pelos códigos
dos senhores da guerra. Cresce, porém, a reação no mundo todo.
Talvez não sejam exatamente os estrondosos e sucessivos protestos
dos povos de diversos países o que poderá incomodar o governo dos
EUA, mas sim o boicote aos produtos americanos – um poderoso
movimento internacional que vem ganhando pouco a pouco a projeção
que pode fazer diferença.
MANIFESTAÇÕES CONTRA A GUERRA EM TODO O
MUNDO
O ato contra a guerra no Rio foi realizado, na sexta, dia 4, à
tarde, com uma passeata da Candelária à Cinelândia. Uma vigília com
acampamento de ativistas em frente ao Consulado dos EUA está entre
ações organizadas pelos movimentos organizados, como MST e Consulta
Popular. No domingo, dia 30, a Praça da Paz do Parque do Ibirapuera
(SP) foi palco do ato pelo imediato cessarfogo no Iraque, com a
presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, que cantou pela paz.
O PT chamou o boicote a marcas-símbolo dos EUA.
Centenas de pessoas protestaram contra a
guerra ao Iraque, na 5ª Avenida, em Nova Iorque, na quinta,
27. Cerca de 140 manifestantes foram presos. Na Espanha, onde
as pesquisas revelam que 91% da população são contra a guerra, atos
estão acontecendo em praticamente todas as cidades. Manifestações
como estas são registradas diariamente no mundo inteiro.
Nos protestos contra a guerra realizados
no
“... ATÉ O
MOMENTO NÃO IDENTIFICAMOS
OU OUVIMOS DAS FORÇAS ALIADAS QUE
QUALQUER ARMA PROIBIDA TENHA SIDO
USADA PELO IRAQUE”.
DECLARAÇÃO DO
CHEFE DA COMISSÃO DE
MONITORAMENTO, VERIFICAÇÃO E INSPEÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, HANS BLIX.
Brasil, durante os últimos dias, os
manifestantes defenderam o boicote aos produtos- símbolo da economia
estadunidense. Eles regaram os jardins localizados em frente ao
Congresso com Coca-Cola e até atacaram com pedras um restaurante da
cadeia McDonald’s, no centro do Rio.
Em nível mundial, também existem várias
iniciativas para boicotar a economia estadunidense, como na página
da Internet http://www.adbusters.org
. Os ativistas pedem o boicote aos MacDonald´s, à marca Nike,
Pepsi e Coca-cola, aos postos Esso e Texaco. O Brasil é uma das
referências do protesto que, estimam analistas de mercado, poderia
causar impacto nas contas das firmas bloqueadas.
A campanha internacional começa a ganhar força na Internet. Dezenas
de páginas na internet estão propondo diferentes tipos de boicotes,
gerais e localizados, a produtos de empresas norte-americanas e
inglesas. No Brasil, o deputado federal Chico Alencar (PT- RJ)
lançou, na última sextafeira, dia 21, uma campanha para boicotar
produtos feitos nos Estados Unidos. Representante do PT pelo Estado
do Rio de Janeiro, deputados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e
Piauí somaram-se ao “bloqueio”. Alencar defendeu o boicote e disse
que, além de seus correligionários, também o sindicato de docentes
do Rio havia-se comprometido a não consumir “produtos
representativos dos Estados Unidos enquanto durar a guerra”. A
campanha não tem a ilusão de abalar a saúde econômica dessas
corporações. Trata-se de uma campanha de desobediência civil, como
aquela que Gandhi comandou na Índia contra a Inglaterra, explicou
Chico Alencar.
O BRASIL É UMA DAS
REFERÊNCIA DO PROTESTO |
AGRESSORES PERIGOSOS
Agência Adital -
O sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório
de Análise da Violência, da UERJ, esteve no Iraque pouco antes da
guerra e analisou para o IbaseNet as conseqüências do conflito.
Ignácio Cano
– Os norte-americanos, que estão lá atrás
do petróleo, não são bemvindos e não serão tratados como
libertadores. Acredito que a invasão externa faz com que o povo
iraquiano se sinta agredido, e esse é um fator que reforça Saddam
internamente. (...) É muito provável que mesmo que os EUA vençam a
fase militar, encontrem resistência contínua até que saiam do país.
(...) O perigo da coalizão agressora não é só o militar, mas
sobretudo o perigo político. Os norte-americanos entraram no Iraque
para encontrar armas de destruição em massa e para libertar a
população. Se as armas não aparecerem e a população está claramente
oposta, as justificativas para a guerra caem por terra.
IbaseNet
– A iminência da guerra deixou claro o
descompasso entre a vontade popular e as decisões políticas. O que
pensa sobre isso?
Ignácio Cano
– Isso está-se constituindo em um teste
para a própria democracia. Embora sejamos democracias
representativas, uma decisão tão importante quanto ir à guerra não
pode ser tomada contra a vontade majoritária dos cidadãos. A Espanha
e a Itália estão passando por uma situação quase de conflito civil,
os ministros são chamados de assassinos quando vão às ruas. Estão
começando a falar, na Europa, em derrubar governos, o que não é
algo muito europeu.(...)
IbaseNet
– O lingüista Noam Chomsky disse que a
atitude dos EUA acabaria por acirrar o terrorismo no mundo e fazer
com que as nações começassem uma corrida para se armar.
Ignácio Cano
– Em primeiro lugar, fica a noção de que
não interessa o que você fizer. Se você for inimigo, será alvo,
portanto, por que se conter? Em segundo lugar, acho que fica claro
que se os norte-americanos atacam o Iraque, eles não têm limite.
Então, por que o resto do mundo tem que ter limites contra os
norte-americanos? Segundo a própria noção dos EUA de guerra
preventiva, agora se justificaria mandar um míssil contra a Casa
Branca, para pôr fim a um regime que já mostrou que é agressivo e
que está esnobando a legalidade internacional. Eles acabaram de
legitimar um ataque contra a Casa Branca, contra qualquer militar
norte-americano no mundo. O terrorismo certamente ficará reforçado
nessas condições. (...) Os EUA são vistos mais e mais como
agressores perigosos, como uma ameaça à paz mundial.
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AS INCONVENIÊNCIAS DO CONVÊNIO COM A FETRI NO PROCESSO DE
INTERIORIZAÇÃO
DA UFRRJ
Com o artigo “Universidade tem sua
autonomia ameaçada em Três Rios com o status atual do programa de
interiorização” do ADUR Informa número 31, de 11 a 25 de Setembro de
2001, esperava-se ter levantado todos os aspectos negativos da
intromissão indevida de uma Fundação privada (FETRI) sobre a gestão
acadêmica das turmas dos cursos de Economia e Administração em Três
Rios e permitido a rediscussão e redefinição por parte do
CEPE-UFRRJ e, posteriormente, do Conselho Universitário, das bases
do convênio firmado.
Infelizmente, mais uma vez, os graves problemas do não cumprimento,
por parte da FETRI, de seus compromissos com o convênio (para seu
deslocamento, cada professor recebe uma bolsa mensal para executar o
trabalho extra, noturno, fora da sede ), denunciados por docentes
que participam do processo de interiorização em Três Rios desde sua
origem em 1998, não receberam qualquer atenção daqueles Conselhos
Superiores que, de forma agravante, continuaram aprovando realização
de concursos vestibulares para ingressos nas referidas turmas,
colocando dezenas de estudantes e, por extensão, suas famílias
(vários estudantes são pais e mães), na difícil situação de total
instabilidade quanto ao seu futuro profissional.
Os docentes que atuam em Três Rios têm buscado fazer o mesmo
trabalho que caracterizam suas atividades nesta sede, engajando
estudantes em atividades de iniciação científica e extensão, além de
oferecer a mesma qualidade de ensino aqui realizada. Enquanto
isso, nenhuma informação é prestada pela FETRI sobre o não pagamento
de qualquer bolsa neste último semestre e no anterior. Os docentes
enfrentam os perigos da estrada BR-393, com toda certeza, por
acreditarem, unicamente, na importância de suas atividades para com
seus estudantes. Todavia, sabem que trabalham dentro de uma
estrutura conveniada pela Administração Superior da UFRRJ e FETRI,
na qual são claras as cláusulas de não cumprimento do referido
convênio por quaisquer das partes, e exigem, por isso, todo
respeito.
Esperamos não ter que voltar a esse tema, pois já é passada a hora
de todos os atores envolvidos nesse cenário retirarem todas as
inconveniências que se apresentam, recorrentemente, no processo de
interiorização de Três Rios, e permitam que o trabalho docente seja
feito tranqüilamente, dentro das condições pactuadas.
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A IMPORTÂNCIA DOS CONSELHOS SUPERIORES E O SIGNIFICADO DAS AUSÊNCIAS
DE REPRESENTAÇÃO
Durante muito tempo, desde 1985,
discutiu-se a necessidade da elaboração de uma Assembléia Estatuinte
em nossa Universidade, com o papel de rever a legislação em vigor e
fornecer uma proposta ajustada às novas conquistas legítimas de
nossa comunidade universitária e ao tempo real em que vivemos.
Alguns passos tímidos foram dados, embora, concretamente, nada
resultasse em modificação daquela velha legislação do período
ditatorial, que permanece e é “retocada” nos períodos eleitorais,
para fazer valer tais conquistas.
Como não vivemos de eleições, nossas atividades cotidianas estão
baseadas em informações, pareceres, artigos, cuja fonte de última
instância é o “velho Estatuto da UFRRJ” e sob o qual são compostos
os Conselhos Superiores: Universitário, CEPE e Curadores. Apesar de
muitos não acreditarem, são as decisões desses conselhos que definem
os rumos da UFRuralRJ e, nesse sentido, reveste-se de grande
importância saber como são ocupadas as cadeiras naqueles órgãos
colegiados e por que são assim ocupadas.
Todavia, nossa preocupação hoje, depois de legitimamente conquistar
o direito à voz naqueles conselhos, é com as ausências (“cadeiras
vazias”), por longos períodos, de algumas representações que, no
dia-a-dia da Universidade, são extremamente importantes,
especialmente para o ensino de graduação ( por exemplos: as
representações por Colegiados de cursos de graduação nas áreas de
ciências exatas e de humanidades no CEPE e da representação dos
auxiliares de ensino no Conselho de Curadores). O significado
dessas ausências, no momento em que são discutidas as propostas
para a “Universidade XXI”, mais do que simples cadeiras vazias, é
a impossibilidade ilegal da manifestação de amplos setores
de nossa comunidade acadêmica.
Como até mesmo o “ velho Estatuto da UFRRJ ” dá importância e
possibilidade legal aos legítimos interesses desses setores “hoje
esvaziados !?“ , fica no ar aquela pergunta que não quer calar:
impossibilitar ilegalmente é calar sem legitimidade?
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GRUPOS
DE
TRABALHO
LOCAIS
Assim que os
professores voltarem do recesso, em abril, os dez Grupos de Trabalho
da ADUR, organizados na assembléia geral de 13 de março, estarão
definindo seus calendários de trabalho. A ADUR fará a divulgação
das reuniões e encontros. Confira a composição de cada GT.
GT DE POLÍTICA EDUCACIONAL:
Marco Antônio de Moraes, Ana Maria Dantas Soares, Celia Regina
Otranto, Lia Maria Teixeira de Oliveira, Lucília Augusto Lino de
Paula, Amparo Vila Cupolillo, Luiz Eduardo da Silva, Rosane Ferreira
de Oliveira, Luciana de Amorim Nóbrega , Elisa Guaraná de Castro,
Nídia Majerowicz.
GT CIÊNCIA E TECONOLOGIA:
Eduardo Henrique Ventura, Ricardo Motta Miranda, Ricardo Luis
Berbara, Áurea Echevarria Lima, Rosane Ferreira de Oliveira.
GT CULTURA E LAZER:
Jorge Carvalho de Mello, Orlando Marques da Costa, Eliane Mendonça
dos Santos, Eliane de Almeida Borges, Maria Mercedes T. Rosa.
GT POLÍTICA AGRÁRIA:
Elisa Guaraná de Castro, Caetana Maria Damasceno, Marcus Peixoto,
Canrobert Costa Neto.
GT POLÍTICA E FORMAÇÃO SINDICAL:
Luiz Mauro Sampaio Magalhães, Rômulo de Andrade, Frederico José
Falcão.
GT CARREIRA DOCENTE:
Nídia Majerowicz, André Scarambome Zaú, Valdomiro Neves Lima.
GT ETNIA, GÊNERO E CLASSE:
Caetana Maria Damasceno, Margareth de Almeida Gonçalves.
GT HISTÓRIA DO MOVIMENTO DOCENTE:
Ana Lúcia V. Santa Cruz Oliveira.
GT SEGURIDADE E ASSUNTOS DE APOSENTADORIA:
Irlete Braga da Trindade, Luciana de Amorim Nóbrega, Generoso Manoel
Chagas.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL
E FUNDOS DE PENSÃO
A
Secretaria Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e suas Seções
Sindicais convidam para a conferência do Prof. Riccardo
Bellofiore, diretor do Departamento de Ciências Econômicas da
Università degli Studi di Bergamo, Itália, autor do artigo
“Capitalismo dos Fundos de Pensão”, publicado pela Revista
Manifesto. Será no Auditório da Escola de Serviço Social
da UFRJ (Av. Pasteur, 250 - Urca), nesta segunda-feira, dia 7,
às 16h.
CAPITALISMO
E
PREVIDÊNCIA |
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