ADUR Informa
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ANO
23 |
Nº 44 |
22 DE OUTUBRO |
2002 |
Seção
Sindical do ANDES-SN Filiada
à CUT |
ADUR
Informa - É uma publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega,
Nídia Majerowicz e Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
Fotos: Lenin Pires.
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
DESEMPREGO |
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BASTA! |
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INSEGURANÇA |
AGIOTAGEM |
CORRUPÇÃO |
27
de outubro: dia de dar adeus à FHC! |
A cada dia aumenta a compreensão de que, para vivermos dias
melhores, muita coisa precisa mudar no país e na Rural. Tanto no
Brasil quanto em nossa universidade há carências que começam pela
inexistência de um projeto político democrático, onde as pessoas
sejam chamadas a participar de sua elaboração e de sua gestão. No
dia 27 de outubro podemos começar a mudar essa história. Nesta data
acontece o segundo turno para as eleições presidenciais de 2002.
Podemos apostar que o país, mas também nossa universidade, venha a
refletir uma diretriz mais democrática. |
Luís Inácio Lula da Silva, em 1999,
participa da marcha
dos 100 mil, em Brasília: líder da oposição.
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Nesta perspectiva, a ADUR-RJ acredita que devemos rejeitar a
candidatura governista do ex-ministro José Serra, por tudo o que ela
representa e votar na candidatura de Luís Inácio Lula da Silva.
Contudo, a ADUR-RJ insiste em reafirmar sua mais absoluta
independência política e sindical frente a qualquer governo que
resulte do processo eleitoral. Afinal, para a introdução das
mudanças que queremos para o país, confiamos sempre na mobilização
e luta permanentes dos trabalhadores. (Página
2)
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Falta
de professores repercute na Rural |
A edição nº 43 do Adur Informa parece
ter tocado em um ponto nevrálgico do quotidiano da Rural. Há falta
de professores, e isso não só por que o governo federal vem
limitando a contratação, mas por que falta planejamento
institucional para preservar o quadro e recursos disponíveis. Nas
últimas semanas do semestre passado ouvimos outros depoimentos de
alunos, socializando suas experiências e ajudando-nos a ampliar
nossa compreensão dos problemas vivenciados em nossa universidade. O
Adur Informa registra, nesta edição, parte destes depoimentos.
Destacamos, no
entanto, a entrevista com o professor Generoso Manuel Chagas, do
Departamento de Ciências Fisiológicas do Instituto de Biologia. Em
seu depoimento ele nos conta um pouco de sua experiência de 36 anos
de Rural, afirmando que nos últimos 8 anos se experimentaram
políticas de desmonte da Universidade Pública. Crítico em relação à
opção política do governo, que estimulou o aumento indiscriminado de
vagas na graduação em meio à carência de professores, ele se declara
pessimista quanto ao futuro, se permanecer este quadro, mas se
mostra esperançoso com uma possível vitória da oposição nas eleições
de 6 de outubro. (Página 3)
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PROFESSORES CONQUISTAM NOVA
VITÓRIA NO FGTS. (página 4) |
Assembléia da ADUR-RJ
Quinta-feira, 24/10, 13h, no Gustavão
Pauta:
Informes; Eleição de delegados
para o 45º CONAD
(em Belém-PA, de 01 a 03/11)
e outros assuntos. |
Páginas 2 e 3
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SEGUNDO
TURNO |
A ADUR-RJ vem a público
indicar para a comunidade da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro a reprovação nas urnas do candidato do governo, o
ex-ministro José Serra. Oito anos de governo FHC nos pareceu nocivo
não só para a Universidade Pública, mas para todos os setores da
sociedade. Desemprego, avanço das endemias, aumento abusivo da
insegurança e da criminalidade, são heranças deixadas por estes
tempos. Anos de desordem; de cassação e negação de direitos; de
golpes contra os que trabalham e que transformaram o Brasil em
paraíso para a agiotagem e para a corrupção.
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA
A ADUR-RJ não acredita que a
eleição resolverá todos os problemas, como em um passe de mágica. Em
qualquer cenário político a mobilização política dos trabalhadores e
da sociedade se fará necessária para a conquista de patamares mais
dignos de existência para as pessoas e, por conseguinte, para o meio
ambiente. Por isso mesmo nos reservamos o direito e o dever de
reafirmar nossa independência e autonomia sindical frente a qualquer
governo, inclusive uma eventual gestão encabeçada pelo candidato de
oposição, Luís Inácio Lula da Silva. Os governos passam e a
Universidade fica.
Neste momento, porém, acreditamos que
esta eleição apresenta as seguintes opções: podemos escolher se
queremos lutar em meio à democracia ou ao arbítrio e à intolerância
com os movimentos sociais, como patrocinados por FHC; se queremos
continuar alheios ao que acontece em nossa volta, ou se optamos por
continuar lutando pela preservação da gratuidade e qualidade do
ensino e da pesquisa que praticamos, assim como a reafirmação de
compromissos com a sociedade, através de projetos relevantes de
extensão.
Por um Brasil melhor, e por mudanças futuras na Universidade Rural,
conclamamos a comunidade a votar em 27 de outubro contra o projeto
de continuidade do atual governo. Contra FHC e o FMI, vote 13.
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45º CONAD
- Será
de 1 a 3/11, em Belém (PA), sediado pela ADFCAP Seção Sindical, com
o tema central: Projeto Histórico e Programa de Governo: as
reivindicações dos trabalhadores versus acordos econômicos. No
temário, Avaliação e Atualização do Plano de Lutas (Tema I) e
Questões Organizativas e Financeiras do ANDES-SN (Tema II). Veja o
cronograma: |
6ª feira (1º/11)
9h
Credenciamento
14h
Credenciamento
19h
Plenária de Abertura
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Sábado (2/11)
9h Plenária de Instalação
10h30 Plenária Inicial
15h Grupo Misto - Tema I
19h Grupo Misto - Tema II |
Domingo (3/11)
9h Plenária
Tema I
15h Plenária
Tema II
19h Plenária
de Encerra-
mento
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Estudantes preocupados
O segundo semestre de 2002, na
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, terá início em 14
de outubro. Serão pouco mais de três semanas de férias, mas boa
parte dos alunos não terá descanso enquanto não souber quais
disciplinas serão oferecidas e quantas vagas. |
“Tive que penar”
Este é o caso,
por exemplo, de Aline Damasceno de Azevedo, aluna de 2º período
de Engenharia Florestal. Ela mora no bairro do Engenho de
Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, e vem diariamente para a
Rural. É um esforço e tanto, se considerarmos que, para estar às
8 horas em Seropédica, ela tem que acordar bem cedo para
enfrentar o primeiro ônibus, às 6 h da manhã. Aline iniciou a
graduação em 2001 mas, diante de variados problemas, disse ela,
foi obrigada a trancar um semestre. Resultado: quando reabriu o
curso, não conseguiu vaga em várias disciplinas: “Tive que
trancar; ao retornar não encontrei vaga em quatro disciplinas
que eu queria, como Tecnologia de Processamento de
Dados”. Além de TPD, Aline
queria |
Aline Damasceno encontrou
dificuldades
para conseguir vagas
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cursar a disciplina Microbiologia. Apesar de
não conseguir vaga, passou a constar de uma espécie de lista
de espera. As vagas foram abrindo à medida que os
alunos iam deixando de freqüentar as aulas, “Quando pintou
uma vaga já estava no meio do curso. Já tinha rolado
até uma prova e eu desisti”, afirmou ela.
Para não perder o semestre, Aline conta que
teve que se esforçar: “Tive que penar para conseguir uma vaga em
Química geral. Em Filosofia, cheguei a conversar com a
coordenação do curso e expliquei minha situação. Consegui
assegurar uma vaga. |
Pavilhão 9
Casos como esse são comuns
entre os estudantes da Rural. E eles não cansam de chegar ao
conhecimento do Adur Informa, desde que publicamos, na
edição 43, matéria sobre a falta de professores na universidade.
Foi apurando a repercussão do assunto que tomamos conhecimento
que os alunos costumam chamar o prédio da matemática de
pavilhão 9, em alusão ao antigo presídio do Carandiru, em
São Paulo, onde as galerias eram superlotadas. Neste prédio,
segundo Cláudio Barcellos, estudante de Física, é comum ter
turmas com até 100 alunos. “Lá tem gente que assiste aula em
pé”, disse o diretor do DCE, João...Os alunos, como João e
Cláudio, esperam que, diante do que foi exposto pela ADUR, a
Reitoria tome providências durante o recesso para evitar que
novas turmas fiquem até dois meses sem aula.
Qualidade
Por outro lado, há uma
preocupação com a qualidade do ensino. Celso Coelho, aluno do 9º
período de Agronomia, acredita que há queda na qualidade com a
contratação sistemática de professores substitutos, mas também
identifica que há problemas na utilização de métodos de ensino
ultrapassados pelos mais antigos. “O professor novo pode pecar
pela inexperiência; o antigo, pela utilização de técnicas
antigas, desconectadas das exigências atuais do mercado de
trabalho”. Uma outra opinião neste sentido é que o sistema de
avaliação não cobra do professor. Otávio Carlos, do 10º período
de Engenharia Florestal, acredita que “avaliar o professor não
deveria ser apenas por trabalho publicado. Deveria ser medido
também o que o docente está fazendo pela sociedade. O
envolvimento com trabalhos de extensão, por exemplo, não é
avaliado”.
Privatização
De uma maneira geral, os
estudantes saudaram a iniciativa da ADUR em trazer à tona o
debate. Thiago do Valle Paiva, aluno do curso de História e
representante dos estudantes no CEPE, destacou a importância da
matéria, como também do debate organizado pelas entidades em 29
de julho: “Achei importante o debate. Foi um espaço para que o
reitor apresentasse suas idéias. Ele disse que foi eleito nos
três segmentos, mas na prática defende a política de FHC aqui
dentro”. Thiago enfatiza seu argumento, lembrando que na última
reunião do CEPE, em 17/9, foram criados mais dois cursos pagos:
Gestão em Hotelaria e Gestão em Agronegócios. Para ele “esses
cursos representam a privatização do ensino. O argumento de
sempre é que estes buscam recursos para a universidade. Há
outras formas de se buscar recursos, sem que isso implique em
cobrança pelo ensino que aqui é ministrado”, concluiu. |
SEMINÁRIO
NACIONAL DE
CIÊNCIA E
TECNOLÓGIA |
Autonomia
e Soberania
Reunidos
de 11 a 13 de setembro, na Universidade Federal do Paraná,
professores de todo o país analisaram as perspectivas o setor de
C&T, fazendo um diagnóstico do setor e analisando as propostas
veiculadas pelos projetos que disputam o processo eleitoral em
curso.
Em uma carta à Nação brasileira,
os participantes do III Seminário Nacional de Ciência e
Tecnologia do Andes SN, afirmam que esta, “muito embora tenha se
livrado da ditadura militar, permanece dominada e dirigida pelos
mesmos grupos que financiaram o golpe de 64 e o Milagre
Brasileiro”. O resultado, segundo a Carta de Curitiba, é
que os sonhos de uma vida mais digna e menos desigual “para o
conjunto de etnias que formam o povo brasileiro” foi remetido
para um plano subalterno.
Denunciando o desvio alarmante de
verbas para atender interesses dos banqueiros, o documento chama
a atenção ainda, entre outros aspectos desfavoráveis, para o
fracasso dos chamados Fundos Setoriais; o esvaziamento do
PRONEX; o contingenciamento de R$ 497 milhões no orçamento de
2003 do MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia) para agradar o
FMI; a continuação do desmonte das Universidades Públicas, “além
do desnecessário e abominável projeto de lei da inovação
tecnológica que, se aprovado, representará um golpe fatal sobre
as possibilidades de termos uma universidade pública, gratuita,
democrática e de qualidade em nosso país”. Severamente críticos,
os docentes afirmam que “o despreparo político, a corrupção, a
demagogia e a migração de parcelas da intelectualidade para o
credo neoliberal impuseram uma globalização econômica perversa e
excludente como panacéia para países em desenvolvimento como o
nosso”. Tampouco, continua o documento, “adiantou termos um
antigo docente do ensino superior à frente dos destinos
nacionais, sobretudo quando o mesmo pediu a todos que
esquecessem do que havia escrito a vida toda”.
Os participantes do Seminário
concluem, após analisar a política industrial, o modelo
econômico, o financiamento de C&T e as necessárias correções
para contornar a grave crise nacional que neste ano eleitoral de
2002, antes mesmo da eleição e de seu resultado, deixar
consignado “a importância de se resgatarem os interesses maiores
da cidadania brasileira, contemplando o ideal de autonomia e
soberania, alicerçado em uma ciência e tecnologia brasileira,
independente e voltada para o equacionamento dos problemas de
nossa população”. |
Quem atenderá os estudantes? |
O professor
Chagas, responsável pela disciplina Biologia
de Mamíferos
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O professor Generoso
Manuel Chagas é medico veterinário e doutor em Bioquímica.
Graduou-se na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde
chegou há 36 anos. É professor adjunto IV, responsável pela
disciplina Bioquímica de Mamíferos, oferecido pelo Departamento
de Ciências Fisiológicas, do Instituto de Biologia. Ele trabalha
há muitos anos e já adquiriu o direito de se aposentar,
possibilidade que o deixa apreensivo: “Ninguém é insubstituível,
mas neste momento eu me pergunto: quem continuará atendendo os
estudantes?”. |
A preocupação de Generoso não é
gratuita. Seu departamento, segundo ele, chegou ao ápice em
1995, quando quase todo o corpo docente era formado por
doutores. Todavia, a maioria se aposentou, estimulada pela
tentativa do governo federal de eliminar os direitos
previdenciários dos professores universitários. Até hoje apenas
uma vaga foi reposta.
O Departamento atende,
semestralmente, cerca de 900 alunos. E aí começam os problemas.
A disciplina de Fisiologia Animal, por exemplo, tinha dois
professores, no semestre passado, responsáveis por 30 horas de
trabalho em sala de aula. A Bioquímica de Mamíferos, disciplina
ministrada por Generoso, tem cerca de 120 alunos semestralmente,
para os quais o professor reserva cerca de 18 horas semanais em
sala de aula, fora a preparação das mesmas. Generoso chama a
atenção que as disciplinas do departamento a que pertence “são
trabalhadas sempre nos planos teórico e prático. Os
laboratórios, porém, não contam com apoio técnico-administrativo
especializado. Assim, o horário de aula é acrescido do preparo
de todo o material prático, além da organização e limpeza de
material biológico após as mesmas. Em meu departamento, estes
trabalhos são feitos pelos professores”.
Chagas achou válida a matéria do
ADUR Informa, apontando como um problema central da Universidade
Rural a falta de professores. Ele acredita que “o aumento de
número de vagas, em meio à política de redução do quadro
docente, política esta estimulada pelo ministro Paulo Renato,
pode ter agravado a situação”.
Ele se declara pessimista quanto
ao futuro da Rural, refletindo sobre situações como a do seu
Departamento: “Não há pessoal com titulação disponível no
mercado. Os poucos que se formam optam por outras instituições,
próximas aos grandes centros urbanos, onde são mais favoráveis
as condições de projeção na carreira e até de transportes”. Por
outro lado, a não autorização de concursos pelo governo federal
auxilia o definhamento das perspectivas: “Em 11 de fevereiro de
1997 foi aberta uma vaga por aposentadoria, para Bioquímica de
Mamíferos. Até hoje não foi oferecido concurso para a ocupação
desta vaga”. Desde então Generoso é o responsável pela
disciplina, contando eventualmente com o auxílio de professores
substitutos. Esta situação, porém, pode agravar-se, caso ele
venha a solicitar sua aposentadoria, para a qual já contabiliza
tempo suficiente, “É um direito meu, mas o que acontecerá com
cerca de 120 alunos?”, pergunta. Entretanto, o professor
acredita que o “panorama caótico” enfrentado pelo seu
Departamento não vale neste momento para toda a Universidade,
“Há áreas que não têm a carência de profissionais que nós
temos”.
Ele opina que a política
governamental se configura em uma ação contra a Universidade,
pois vários docentes praticamente foram convidados a se
retirarem das instituições federais diante das perspectivas de
extinção de direitos, preconizadas nos últimos anos pelo governo
Collor e, principalmente, o de FHC; “Anos de destruição
material, de recursos humanos. Um mal irreparável, pois para
formar novos profissionais como estes que saíram serão
necessários, pelo menos, mais 20 anos”, afirma. Para Chagas, os
reflexos dessa política começam a ser sentidos, mas nos próximos
4 ou 5 anos serão ainda mais evidenciados nas diferentes áreas
do conhecimento.
Generoso Chagas acredita que, a
esta altura, a disputa presidencial desenha uma vitória do
candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Ignácio Lula da
Silva, “A expectativa de uma vitória da oposição, com uma
mudança radical nesta política neoliberal, entreguista, pode ser
a única chance para a Universidade Pública”.
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INFORME
O Professor ANDRÉ
SCARAMBONE ZAÚ, membro da Diretoria da ADUR-RJ, solicitou
acompanhamento jurídico à nossa entidade para assisti-lo em
processo de sindicância instaurada, por determinação do Sr.
Diretor do Instituto de Florestas, com o objetivo de apurar
acusação de suposta prática de insubordinação e de quebra de
ordem institucional, conforme documento firmado por cinco
colegas do DCA. A Diretoria, em sua reunião de 26/08/2002, por
unanimidade, deferiu o pedido.
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Confira
o resultado
da consulta
98,33% dos
votos são contra a assinatura do governo brasileiro no tratado da
ALCA.
95,94% das pessoas que participaram do plebiscito afirmaram
que o governo brasileiro não deve continuar participando das
negociações da ALCA.
98,59% dos votantes são contra a entrega de parte do
território brasileiro - a base de Alcântara - para controle
militar dos Estados Unidos. |
Os movimentos sociais que desenvolvem a Campanha Nacional contra
a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) divulgaram em setembro
os resultados do Plebiscito sobre a ALCA e a Base de Alcântara.
Mais de 10 milhões de brasileiros que
participaram no Plebiscito sobre a Alca votaram contra que o governo
assine o contrato da Alca (98.33%) e de que continue nas negociações
para fazer parte da Alca (95.94%).
A coordenação da campanha contra a
Alca no Brasil fixou o próximo 31 de outubro como o dia nacional de
mobilização em todos os municípios que participaram no Plebiscito
sobre a Alca.
31 de Outubro: dia de mobilização contra a Alca
De 27 de outubro a 1º de novembro,
lideranças brasileiras participarão das atividades que vão acontecer
em Quito, Equador, centro das Jornadas de Resistência Continental
contra Alca, onde será o encontro de ministros dos 34 países que
participam das negociações da Alca. O Encontro será um protesto
contra a 7ª Reunião Ministerial de Quito, quando se definirão novos
rumos para a negociação da Área de Livre Comércio.
Representantes de todo o continente
vão debater temas como militarização do continente americano,
soberania nacional, dívida externa, crise econômica e alternativas à
Alca. As atividades incluem oficinas, conferências, oficinas, atos e
painéis explicativos, e culminam com a Missa Ecumênica, no dia 30 de
outubro. Durante a reunião de Quito, Paraguai, Argentina, Brasil,
México, Colômbia, Haiti e República Dominicana também realizarão
marchas contra a Alca.
Do Brasil seguem para Quito o
secretário de Relações Internacionais da CUT, Kjeld Jakobsen,
representantes da CNBB, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
(Conic), MST e Central de Movimentos Populares.
O dia de mobilização no Rio será
marcado pela Feira da Campanha contra a Alca. a partir do meio-dia,
na Cinelândia, com barracas de sindicatos, comitês e partidos. Os
participantes realizam ato contra a Alca e a guerra no Iraque às
16h, no Consulado dos EUA. E às 18h, um show com artistas fecha o
evento.
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Informe
sobre o Plano de Saúde UNIMED |
Reajuste anual -
Conforme
contrato em vigor com a UNIMED COSTA VERDE, o reajuste
anual do plano de saúde, de acordo com o índice do IGPM, será de
9,99% (nove vírgula noventa e nove), com vigência a partir de
01/08/2002.
Este reajuste está de acordo com a
Cláusula XIII – item 13.2, do contrato com a empresa supracitada,
que preconiza o seguinte: “o valor das mensalidades e inscrições
será reajustado mensalmente ou anualmente pela inflação verificada
no período, medida pelo IGPM (Índice de Preços de Mercado da
Fundação Getúlio Vargas).
No entanto, antes de chegarmos a este
índice, houve um processo negocial iniciado em 15/8/2002, envolvendo
representantes da UNIMED COSTA VERDE e da ADUR, aqui na Rural.
Reajuste
1 - A gerência da UNIMED COSTA
VERDE nos trouxe uma proposta de reajuste anual de 19,97% (dezenove
vírgula noventa e sete por cento), com o que a Diretoria da ADUR não
concordou. A justificativa apresentada era que o plano precisava
desta correção, uma vez que os preços praticados hoje estavam
defasados demais, ocasionando um déficit para a UNIMED. Ficou então
estabelecido que nós aceitaríamos o reajuste imediato com base no
índice do IGPM, e que a UNIMED faria uma nova proposta do
complemento pleiteado por eles. Esta proposta seria, então, levada
para Assembléia, com a participação dos Professores conveniados,
para uma exposição de motivos, com ampla discussão participativa.
2 - Em virtude de a reunião
para negociação do reajuste ter ocorrido em 15/08/02, foi impossível
incluir este reajuste no desconto em folha referente ao mês de
agosto. Informamos que esta diferença será cobrada em duas parcelas
iguais nos meses de outubro e novembro/2002.
Importante: Este reajuste
abrangerá todos os professores que mantêm o plano UNIMED, inclusive
os que entraram há menos de 01 (um) ano.
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DOCENTES CONQUISTAM CORREÇÃO DO FGTS NO
TRF |
Uma notícia importante para os docentes
é a de que a ADUR-RJ, através de sua Assessoria Jurídica, obteve
ganho de causa, em segunda instância, relativamente à liberação do
saldo das contas vinculadas ao FGTS dos associados, bem como da
correção monetária integral do saldo das referidas contas.
O acórdão foi publicado recentemente
pelo Tribunal Regional Federal. Apesar de ainda caber recurso, é
provável que o mesmo não seja admitido, em vista da existência de
jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal a respeito.
A turma de desembargadores havia
incluído um índice não aprovado pelo STF. Este fato poderia dar à
Caixa Econômica Federal um argumento com fundamento razoável, ou
seja, que o STF não reconhecia um dos índices, emperrando o
processo.
A assessoria jurídica da ADUR-RJ
impetrou embargos de declaração, solicitando a retificação da
decisão, com a supressão desse índice não reconhecido pelo Supremo.
Tão logo seja retificada esta decisão, o processo retornará à
primeira instância, para a execução.
Informamos, no entanto, que
continuamos sem previsão para a conclusão dw toso o processo.
Todavia, contrariando a política de acordo do governo, estamos cada
vez mais próximos da percepção integral de nossos direitos
relacionados ao FGTS. Solicitamos aos associados que aguardem novas
informações em breve. |
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