ADUR Informa
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ANO
23 |
Nº 41 |
24 DE JUNHO |
2002 |
Seção
Sindical do ANDES-SN Filiada
à CUT |
ADUR
Informa - É uma publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega,
Nídia Majerowicz e Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
Em
sete anos, salários foram reduzidos à metade |
Até abril de 2002, os servidores públicos federais
acumularam uma perda salarial de 47,12%, comparando com
janeiro de 1995. Uma perda superior a 6,7% ao ano. O poder de
compra do salário dos servidores públicos federais ficou
reduzido a 52,88% do valor real de sete anos passados.
Para
restabelecer os valores anteriores, será necessário um
reajuste equivalente a quase o dobro do valor atual: um
reajuste, segundo o DIEESE, de 89,11%.
Pode-se
compreender facilmente a composição deste índice,
verificando-se, por exemplo, o que ocorreu, no mesmo período,
com os reajustes dos preços dos produtos e serviços
essenciais: a assistência médica foi reajustada em 289,46%; os
medicamentos, em 123,61%; a educação, em 201,77% e a habitação,
em 171,28%. Outras despesas, tão fundamentais como essas, também
sofreram reajustes abusivos: transporte, 128,90%; alimentação,
47,44%; recreação, 34,28%. Para dar um bom exemplo, no item
alimentação, só o preço do feijão subiu, nesse período,
172,02%.
Reivindicações Gerais
Embora
o reajuste necessário à recomposição do valor de compra dos
salários em janeiro de 1995 seja equivalente a 89,11%, a
campanha salarial deflagrada reivindica o índice emergencial de
25,42%, correspondente às perdas do período entre 1998 e 2002,
conforme o ICV-DIEESE, já reconhecido pelo Supremo Tribunal
Federal, como resultado da aplicação da Revisão Geral Anual
Obrigatória, conforme prevê o Art. 37, Inciso X da Constituição
Federal - redação incluída pela Emenda Constitucional 19, em
4/6/1998. Esta, segundo a avaliação das entidades
representativas dos servidores federais, nas sucessivas plenárias
da categoria, é uma luta que pode sensibilizar não só a opinião
pública, mas o congresso nacional, o judiciário, entre outras
instâncias da sociedade.
A
luta maior, porém, é por uma política salarial que recupere
integralmente os valores perdidos pelos servidores no período
compreendido entre 1995 e 2002, assegure a realização de
concursos públicos e conseqüente contratação pelo RJU, bem
como a implementação dos planos de carreira reivindicados
pelas várias categorias dos SPF.
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Fórum
de Debates
da ADUR-RJ
FUNDAÇÕES,
PRIVATIZAÇÃO e UNIVERSIDADE
26/6 -
quarta-feira - 14
h
no
Gustavão
Debatedores:
Luis Antonio Botelho Andrade (professor da UFF) e Ciro Teixeira
Vieira (professor da USP ePresidente
da Adusp)
Coordenação:
Nídia Majerowicz
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Cursos pagos crescem e
enfrentam questionamentos da sociedade
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Em maio, quando o ministro Paulo Renato participou de um Seminário
patrocinado pelo Banco Mundial, expondo as potencialidades
do Brasil enquanto mercado de ensino superior privado,
demonstrou-se sintonizado com as estratégias da Organização
Mundial do Comércio. Segundo o diretor da Divisão de Ensino
Superior da UNESCO, Marco Antonio Rodrigues Dias,
o organismo está propondo incluir a educação no Acordo
Geral sobre o Comércio de Serviços (Gatt).
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No
Brasil, já há alguns anos, as universidades públicas convivem
com iniciativas que buscam transformar sua elaboração acadêmico-científica
em mero produto. Isto se tornou realidade na grande
maioria das universidades públicas brasileiras. A perspectiva,
quase sempre, é transformar estas instituições em linha
auxiliar do capital, na busca por alavancar as taxas de lucro
dos capitais. Na Rural não é diferente.
O
que se promove é a redução da capacidade de uma avaliação
crítica acerca da sociedade brasileira, desigual e elitizada.
O saldo vem sendo o distanciamento das universidades das
expectativas de boa parte da sociedade em desempenhar um papel
crucial na elaboração e implantação de um projeto nacional,
como acredita, por exemplo, o reitor eleito da UFRJ, o
economista Carlos Lessa.
As
iniciativas formuladas para responder à escassez de recursos e
a um progressivo asfixiamento das instituições são observadas
há pelo menos duas décadas. Este quadro agravou-se muito
nestes sete anos de governo FHC, onde vários elementos como a
reforma constitucional, alterando direitos previdenciários; o
achatamento salarial dos servidores federais e as facilidades
criadas para a instalação de universidades privadas
concorreram para isso.
Contradições
na captação de recursos
Em
2001, por exemplo, o ensino superior público consumiu pouco
mais de R$ 11 bilhões, perfazendo cerca de 1% de todo o PIB
brasileiro. Toda a educação pública não consome mais do que
4,5% do PIB. Os recursos para pagamento das dívidas externas e
internas são bem maiores.
O
resultado é que as universidades acabam tendo que se virar
para prosseguir com suas atividades. Conseqüentemente, surgem sérias
contradições neste processo, devido à combinação de outras
carências. À perda de pessoal para a iniciativa privada ou
para processos de aposentadoria, soma-se a atuação dos poucos
docentes remanescentes em novas frentes de atividade. À falta
de recursos e instalações deficientes para o ensino e pesquisa
stricto sensu, junta-se a necessidade de estruturar espaços
para um público que pagará pelo produto almejado. Daí
surge a idéia de cobrança de várias atividades, seja para,
teoricamente, melhor equipar e reformular o espaço que é público,
seja para remunerar profissionais defasados diante da iniciativa
privada.
Fundações:
a particularização do que é público
Na
captação de recursos se instala a contradição das contradições:
para contornar limites legais envolvendo instituições de caráter
público, surgem as chamadas fundações, que, na visão de Antônio
Ibañez Ruiz, professor da UnB, de onde foi reitor entre 1989 e
1993, é uma forma de flexibilização que enfraquece e debilita
as instituições públicas, tornando, na prática, a sua
privatização. “A universidade não será colocada à venda,
mas ela será privatizada porque as pessoas dentro da
universidade acabam atendendo a esses interesses de grupos e,
portanto, deixam de fazer aquilo que deve ser feito, construir o
bem público, volto a dizer, seja na pesquisa, na extensão ou
no ensino”.
Ministério
Público do Rio intervém na justiça
A
mais evidente iniciativa de captação de recursos vem sendo a
profusão de cursos pagos, sobretudo os denominados cursos de pós-graduação
lato sensu e, em alguns casos, os chamados mestrados
profissionalizantes.
Diante
dessa constatação, tem-se viabilizado um mercado onde são
oferecidos cursos, projetos e serviços que acabam por fazer com
que a sociedade pague mais uma vez por seu direito.
Por
isso mesmo, em 23 de abril de 2001 o procurador da República
Daniel Sarmento, do Ministério Público Federal do Estado do
Rio de Janeiro, impetrou Ação Civil Pública argüindo a
inconstitucionalidade dos chamados Cursos de Mestrado
Profissionalizante proposto pela CAPES, como modalidade de pós-graduação
autofinanciável. Seu argumento reafirmava o artigo 206,
inciso IV, da CF e o artigo 3º, inciso VI, da LDB, os quais
estabelecem o princípio da gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais. Segundo Sarmento, estes se
verificavam em três instituições: a Universidade Federal
Fluminense, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e
a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Na
Rural, segundo a petição do procurador Daniel Sarmento, estava
sendo ministrado, desde setembro de 2000, o Mestrado
Profissionalizante em Gestão e Estratégia em Negócios,
mediante o pagamento de R$ 5.000 (cinco mil reais) que poderia
ser dividido em 15 parcelas.
Em
28 de janeiro de 2002, o juiz federal Firly Nascimento Filho
julgou procedentes os argumentos do procurador, deferindo
liminar determinando “à UFRRJ, à UFF e ao IBGE que se
abstenham de realizar qualquer cobrança aos seus alunos de
mestrado profissionalizante, devendo estes cursos ser oferecidos
de modo inteiramente gratuitos até o julgamento do mérito da
demanda”. O mérito ainda não foi julgado.
Um grande número de cursos de especialização/lato sensu
pagos estão funcionando nas universidade federais tendo como
gerenciadoras dos recursos das mensalidades as “Fundações de
Apoio”. Na Rural, desde o início do ano 2000, a ADUR-RJ vem
solicitando informações sobre o número de cursos de pós-graduação
lato sensu pagos concluídos e em andamento. Até o momento
nenhuma informação sistematizada foi disponibilizada. Na última
solicitação formal de informações, apresentada à Administração
Superior em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão,
o decano de Pesquisa e Pós-graduação informou que se a ADUR
quiser obtê-las deverá ir ao decanato realizar o levantamento
das informações. Dezenas de turmas de cursos pagos lato sensu
estão funcionando na Rural, sem que qualquer acompanhamento
acadêmico. Segundo informação do Decano de Pesquisa e Pós-graduação,
em reunião do CEPE, não existem relatórios de acompanhamento
ou conclusão dos cursos lato sensu pagos da Universidade. Na prática,
vive-se um estrangulamento sem precedentes no financiamento das
universidades, mas introduzem -se em seu interior os mecanismos
para sua gradativa privatização.
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Recursos
podem ultrapassar orçamento da Rural |
Não é difícil perceber a dimensão do fenômeno político-administrativo
ligado às iniciativas de caráter privatizante em nossa
universidade. Consultando a página da UFRRJ é possível obter
informações sobre alguns cursos pagos. No entanto, a partir de
uma pequena amostra de sete cursos, considerando a cobrança de
taxas de inscrição e/ou mensalidades, chegamos a um volume de
recursos da ordem de R$ 374.000 (trezentos e setenta e quatro mil
reais). Mais do que o triplo do orçamento de fonte pública
disponibilizado, por exemplo, para a Decania de Pesquisa e Pós-Graduação
em 2001. Segundo informações do decano Jorge Jacob, este
montante foi de R$ 110 mil. Os recursos dos cursos pagos são
administrados pela Fundação de Apoio a Universidade Rural (FAPUR),
ente de direito privado, que cobra uma taxa de administração por
seus serviços à Universidade.
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Entrevista:
Jorge Jacob Neto, decano de Pós-graduação e Pesquisa
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Cursos
autofinanciáveis formariam especialistas para o mercado
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O decano de Pesquisa e Pós-graduação, professor Jorge Jacob
Em pauta estava a polêmica questão dos cursos pagos. A síntese
de seu depoimento apresenta a compreensão de um modelo
educacional onde a universidade mantém ensino de graduação e
pós-graduação stricto sensu gratuitos, coexistindo com
cursos autofinanciáveis que formariam profissionais específicos,
especialistas para o mercado. Contudo, a seu ver, este modelo de
captação de recursos deve ser acompanhado pela academia, sob
risco de se perder o controle.
ADUR Informa - Como tem sido sua gestão à frente dessa área,
fundamental na implementação e busca de recursos, em uma
universidade onde, como você sugeriu, os processos políticos são
complexos e particularizados?
Jorge Jacob Neto - Eu achava e
acho que a gente deve investir muito em informática. A Rural
estava com 256 Megabites de velocidade. Com a ajuda da FAPERJ,
conseguimos aumentar para 2 Gigabites, o que ajudou o acesso aos
portais da CAPES com maior velocidade. O PIBIC (Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) do ano
passado foi o maior de nossa história e com os trabalhos sendo
socializados online no dia da jornada.
AI - E os cursos de pós-graduação?
JJN -A outra coisa foi começar
a trabalhar com a estruturação dos cursos lato sensu. Havia
muitas críticas de que não havia normas. As normas eram muito
escassas, feitas conjunturalmente. Nós estamos há seis meses
trabalhando. Já está pronta a proposta. Dia 14 de junho vamos
apresentá-la à Câmara de Pós-graduação e depois encaminhá-la
ao CEPE para aprovação da nova lei interna para os cursos lato
sensu, baseada na resolução nº 3 de abril de 2001,
emanado pelo Conselho Nacional de Educação. Essa vai
normatizar os cursos para todos os departamentos. Também estão
prontas as normas para elaboração de teses. Elas não
existiam, mas já estão aprovadas.
AI - Como estão sendo elaboradas essas normas?
JJN
- A Câmara elaborou
uma comissão; o CEPE indicou dois membros para integrá-la e
eles fizeram um excelente trabalho. Montaram a proposta e ela já
foi distribuída para os coordenadores de curso. Eles podem
discutir com a comunidade quando eles quiserem.
AI - Como é formada a Câmara de Pesquisa e Pós-graduação?
JJN - Ela é presidida por mim
e é formada ainda pelos coordenadores dos cursos de pós-graduação
stricto sensu. Todas as atividades de pós-graduação da
Rural passam pelas mãos dos coordenadores stricto sensu.
Isso resguarda a academia, pois fica a cargo dela controlar a
atividade de pesquisa e pós-graduação. Outras universidades
optaram por fazer diferente. Lavras, por exemplo, criou um pró-reitor
de pós-graduação, separando da pesquisa. Nós não achamos
isso correto.
AI - Você não acha que os cursos lato sensu competem com
outras atividades da universidade?
JJN – Há um crescimento
brutal dos cursos lato sensu na universidade brasileira. Se
inviabilizar o stricto sensu, aí é complicado. O stricto
sensu é muito mais acadêmico, tem outros objetivos. Por
enquanto, não vejo isso na Rural.
AI - E os chamados mestrados
profissionalizantes? O que são?
JJN - Os cursos de mestrado profissionalizante ainda geram debates
em toda a comunidade científica. Nossa titulação é muito
longa. No mundo todo você vai direto para o doutorado desde que
você tenha mérito acadêmico. Como é feito nos Estados Unidos
e na Grã-Bretanha, principalmente. Só que fica uma lacuna para
o pessoal que vai trabalhar numa empresa; que não quer ser
pesquisador. Criaram o mestrado profissionalizante para quem
quer um treinamento rápido, de um ano. Este também tem um
projeto de tese a ser elaborado. Mas ainda há muita discussão.
AI - Por exemplo?
JJN - A grande discussão que nós vamos ter na comunidade científica
é: se ele for um curso acadêmico, como ele está sendo
proposto, não pode ser pago. Por enquanto ele não é. A
maioria desses cursos não é paga. Em uma ou outra universidade
ele é pago. Se ele for considerado como eu acho que ele deve
ser, profissional, aí ele passa a ser um curso lato sensu.
Você não quer formar um PhD. Você quer dar um treinamento
diferenciado, de alta qualidade.
AI - Mas essa designação Mestre não quer
dizer que ele está apto a formar outros profissionais como ele?
JJN - Num fórum de pró-reitores discutimos muito isso. Mestre é
mestre. No mundo da língua portuguesa dá sentido de educação.
Mas a maestria é ligada a outros saberes. Mestre de
carpinteiro, mestre de mecânica, não é só educação. A
gente assume que é, mas não é! O ideal, daqui a alguns anos,
se Deus quiser, é que só se vão contratar doutores para
trabalhar nas universidades. Como já é no mundo todo. Isso é
que é o ideal, uma vez que aumentou o número de cursos de
doutorado e de doutores no país.
AI - Os cursos lato sensu são pagos?
JJN - Não. Não todos. Só alguns.
AI - O que é feito com os recursos? Como eles são
empregados?
JJN - Os cursos são propostos
e aprovados academicamente no âmbito da Câmara de Pesquisa e Pós-graduação.
Os recursos ficam ligados à Fundação, para ter uma agilização
financeira para pagar o professor, para pagar as despesas do
curso. A FAPUR faz a agilização financeira, como toda
universidade brasileira já faz há anos. A Rural está atrasadíssima
nisso.
AI - Há quanto tempo existe a FAPUR?
JJN - Existe desde a final da gestão do professor Manlio. Faz cinco
anos. É um avanço a FAPUR. Ela tem essa função de gerenciar,
mas nós não podemos perder o controle, pois isso está
ocorrendo em outras instituições. Não se pode criar uma
universidade paralela. A FAPUR tem que funcionar como
gerenciadora financeira apenas, e ela está funcionando assim. Nós
estamos propondo essas normas justamente por isso. A academia
tem que ficar com a Universidade. E a presença de um presidente
na Fundação com uma forte titulação acadêmica é o
simbolismo de que a academia está por trás.
AI - Você não acha que este modelo, que
propicia a captação alternativa de recursos como resposta para
a política do governo federal de estrangulamento da
universidade, pode levar a um distanciamento de sua vocação?
JJN - Com certeza. Eu não conheço ninguém que não tenha esse
medo no mundo acadêmico. Por isso a importância da presença
da qualificação e titulação acadêmica nestas atividades.
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Assembléia
aprova filiação de substitutos
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Em assembléia realizada no dia 13/6 professoras e professores
debateram questões locais e nacionais, com ênfase na definição
de políticas de relacionamento da entidade com os professores
substitutos. Três questões conduziram o debate desse tema: a)
Filiação à ADUR, b) Ação Judicial GED/GID, c) Caso
professor Pedro Mirelis. Os presentes elegeram os representantes
da ADUR ao 44º CONAD, de 21 a 23/06 em Florianópolis-SC, e
deliberou sobre outros assuntos.
O
presidente da entidade, professor Laélio Nunes, fez um relato
de prestação de contas sobre os 4 meses de gestão desta
Diretoria: reuniões semanais da Diretoria, participação nos
Conselhos Superiores da Universidade, rotina da entidade e
participação em eventos nacionais do ANDES-SN e do último
CONED com envio de delegados.
O
professor Frederico Falcão socializou informações sobre a
reunião do Setor Federal do ANDES (veja matéria ao lado).
Sindicalização dos Professores substitutos
Com
a instalação do segundo ponto da pauta, vários professores
falaram sobre a pertinência e importância da filiação de
professores substitutos, defendendo que a ADUR deveria promover
a filiação dos professores substitutos e lançar uma campanha
de filiação. Colocada em votação, a filiação dos
substitutos foi aprovada por unanimidade. A seguir foi lida uma
carta dos professores do DLCS solicitando que a entidade preste
assessoria jurídica ao professor Pedro Mirelis, exonerado em
janeiro de 2002. A proposta da ADUR apoiar juridicamente o
professor Mirelis, foi aprovada por unanimidade.
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Representantes
Para o 44º
CONAD, após debate, foi aprovada a indicação do Prof.
Frederico José Falcão como titular e da Profa. Elisa Guaraná
como suplente ou observadora. A Assembléia aprovou ainda a
indicação dos Professores Elisa Guaraná, Caetana, Canrobert
e Marcus Peixoto para integrarem o GT de Política Agrária.
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Campanha pelo cumprimento do acordo |
Em 9 de junho, ocorreu a reunião do setor das federais do
Andes-SN, onde foram avaliadas as campanhas salariais do
funcionalismo federal, a repercussão das mesas de negociação
previstas no termo de acordo da greve, entre outros assuntos.
A
avaliação do encontro é que a campanha do funcionalismo não
atingiu ainda a visibilidade necessária nas categorias
possibilitando a mobilização. Alguns fatores têm contribuído
para essas dificuldades, destacando-se o término da greve de
2001, com calendários diferenciados nas universidades (várias
com recessos entre março e maio).
Mesas
ainda não instaladas
O
dia 19 de junho foi utilizado como dia de denúncia do não-cumprimento
do Termo de Acordo e pelo reajuste salarial para os servidores
federais. Deverá ser retomada a pressão junto aos
parlamentares da Comissão de Educação da Câmara e do Senado,
em favor do cumprimento dos acordos, possam ter mais força política.
Outras
decisões importantes
As
Seções Sindicais devem mobilizar os docentes da carreira de 1º
e 2º graus das IFE para que os Comitês de Avaliação Docente
(CAD), previstos no Artigo 1º do Decreto Federal
que regulamentará a lei 10.405, de 9 de janeiro de 2002,
sejam formados o mais rápido possível, visto que o referido
decreto pode ser homologado a qualquer momento. Recomendar às
Seções Sindicais que esclareçam os docentes quanto ao único
instrumento utilizado para a regulamentação de uma lei: o
decreto.
O
professor Frederico destaca que um grupo de Reitores da ANDIFES,
entidade que reúne os reitores das universidades federais,
encaminhou proposta de autonomia universitária similar à do
governo lançada em 1999 e ainda mais retrógrada. O projeto
propõe cobrança de taxas, instituição de emprego público.
A ANDIFES está propondo um seminário para discutir sua
proposição, mas na reunião do GTPE ficou decidido que a não
participação neste seminário, o que poderia caracterizar uma
legitimidade em torno de uma proposta já derrotada pelo
movimento em greve recente.
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ADUR
obtém novo êxito na ação de correção do FGTS |
Segundo o assessor jurídico da ADUR-RJ, dr. Marcelo Chálreo, o
Tribunal Regional Federal manteve, em 11 de junho, a decisão,
conquistada em primeira instância que intima a Caixa Econômica
Federal a proceder à correção dos saldos do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço.
Chálreo
informou que irá aguardar a publicação do acórdão. A
expectativa é que seus termos não contenham discrepâncias e
reproduzam a decisão que vai ao encontro do entendimento do
Supremo Tribunal Federal. Este último já reconheceu como
devidos aos trabalhadores os índices relativos aos planos Verão,
Collor I e II, perfazendo um índice geral de 68,9%. Com isso, não
haverá mais recurso e o processo baixará para execução.
A
diretoria da ADUR volta a alertar para os novos prejuízos que
os professores podem acumular caso decidam aderir ao acordo
proposto pelo governo federal. São perdas superiores a 30% do
que o governo deve a cada trabalhador com esta correção. A
orientação é aguardar o desfecho do processo sob os cuidados
da assessoria jurídica da entidade.
Atrasados das FC
Assessoria
jurídica informa também que a ação referente às FC, encabeçada
pela professora Irlete Braga, que reclamava o pagamento dos
atrasados devidos, obteve êxito e os valores já estão sendo
creditados nos contracheques dos professores que participam do
processo.
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Comunidade
universitária conquista criação de 1700 cargos de professores
na USP |
Pressionada pela mobilização da comunidade universitária da
USP, a Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou,
em 12 de junho, projeto encaminhado pelo governador
Geraldo Alckmin, que cria 1700 cargos no quadro de docentes
daquela universidade.
O
projeto prevê a criação permanente de 1.300 cargos de
professor doutor e 400 de professor titular.
Segundo
justificativa do governador, apresentada no projeto, desde 1967
a USP não postula a criação de cargos para professores com
doutorado, estágio inicial da carreira. Os docentes contratados
pela universidade terão a oportunidade de ascender na carreira
acadêmica, participando de concurso para preenchimento desses
cargos.
Os cargos de professor titular, que formam o último patamar da carreira,
também serão preenchidos por concurso público, em que podem
concorrer especialistas de reconhecido valor acadêmico e
livres-docentes. (Fonte:
Folha Online)
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