ADUR Informa
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ANO
23 |
Nº 38 |
3 A 18/04 |
2002 |
Seção
Sindical do ANDES-SN Filiada
à CUT |
ADUR
Informa - É uma publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega,
Nídia
Majerowicz e Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
Fórum
de Debates da ADUR-RJ
O
futuro das licenciaturas
15
de
abril, às 16h
Com
Roberto Leher (Andes-SN); Paulo Knauss (Coordenadoria de
licenciaturas da UFF); Lucília A. Lino de Paula (IE) e Idelmar
Ferreira, Decano de Graduação da UFRRJ.
Local
ainda não disponibilizado pela Reitoria, portanto, à confirmar. |
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Polêmica
envolvendo professor substituto:
leia matéria e direito de resposta concedido à Reitoria.
(Páginas 2 e 3) |
Incorporação
das gratificações está na pauta da Campanha
Salarial 2002
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A incorporação
das gratificações é essencial ao desenvolvimento da campanha
salarial dos Servidores Públicos Federais. Esse foi o
encaminhamento apontado pela reunião do Setor das Federais,
ocorrida em Brasília, no dia 16/3. O índice do ICV-Dieese aponta
um reajuste de 94,32% (inflação acumulada entre janeiro de 95 e
fevereiro de 2002), mas a definição de um índice unificado
ainda será objeto de debate na Plenária Nacional que ocorrerá
em 14 de abril.
Um dos problemas verificados naquela
oportunidade foi a existência de diferentes gratificações
instituídas nos últimos anos, entre as diversas categorias. Os
delegados da base sindical do ANDES presentes no encontro,
considerando a falta de discussão entre os trabalhadores, em
particular no movimento docente, defenderam a proposta de não
deliberar, naquele momento, o índice a ser reivindicado. A questão
foi remetida para a próxima Plenária, em abril. |
Dia
Nacional
de Luta
pelo cumprimento do acordo
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O Setor das Federais indicou a construção
de um dia unificado de luta, com paralisação, pelo cumprimento
do termo de acordo da greve do ano passado. O Andes-SN
encaminharia à Andifes um pedido de esclarecimentos sobre
problemas no pagamento da GID nas diversas instituições. Será
realizado, pelo grupo de trabalho de Verbas do Sindicato Nacional,
um estudo preliminar sobre a matriz financeira de distribuição
de recursos entre as universidades. O resultado será remetido
para a discussão nas bases. (Veja
mais na página 4)
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Proposta
de pauta Campanha
Salarial Unificada |
n Defesa dos direitos sindicais (contra o projeto de lei de
regulamentação do
direito de greve, contra a
flexibilização da CLT e pelo direito à negociação
coletiva);
n Reposição de perdas;
n Incorporação das gratificações;
n Contra o projeto de emprego público do governo;
n Defesa da Previdência Pública;
n Pelo cumprimento dos termos de acordo de greve;
n Campanha contra a ALCA. |
Em
abril, tem campanha dos SPF
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No dia 16/4, será feito o lançamento da
campanha salarial dos SPF na Câmara dos Deputados e, em 7 de
maio, será organizado um ato público em Brasília. Os detalhes
dessas atividades, porém, serão objetos de debates de nova sessão
plenária em 14 de abril, onde se buscará deliberar sobre uma
pauta unificada do funcionalismo federal nesta campanha salarial. |
Pacote
antigreve e flexibilização da CLT |
O Andes-SN está acompanhando a tramitação
dos projetos de regulamentação do direito de greve e de
flexibilização da CLT. O trabalho que vem sendo desenvolvido
junto aos parlamentares é pela derrubada dos projetos. Outras
entidades sindicais e da sociedade civil atuam conjuntamente com
este propósito. |
Página 2
ADUR
concede direito de resposta à Reitoria
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Informar
com Responsabilidade
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O jornal Adur Informa, ano 23, no
37, de 13 a 27/3/2002, traz matéria intitulada “Reitor
afasta professor substituto que apoiou greve”. O título já
revela com clareza o objetivo da matéria: mostrar que o reitor
fez uso arbitrário de suas funções para prejudicar alguém que
apoiou uma greve. Ora, seria risível, não se tratasse de imensa
irresponsabilidade política, atribuir ao reitor da UFRuralRJ
qualquer insinuação de que estaria “perseguindo” alguém
porque fez ou deixou de fazer uma greve. Não há na comunidade
universitária qualquer pessoa, com razoável nível de consciência,
que possa atribuir ao reitor da Rural, nestes cinco anos em que
vem exercendo a função, alguma circunstância em que buscasse
correlacionar as atribuições funcionais dos trabalhadores da
Instituição e seu menor ou maior engajamento em atividades
sindicais. Com certeza, esse tema não é parte das preocupações
do reitor. Assim, ao ler o título fica nítido: trata-se de mais
uma tentativa de criar “pauta interna”. O box, ao final do
artigo, tem outra “pérola”: “Em Rio Grande, outra perseguição”
- uma busca de associar uma ação – que desconhecemos - do
reitor daquela Universidade com a ação atribuída ao reitor da
Rural que, por duas vezes, recebeu o apoio da maioria dos
professores, dos estudantes e dos técnico-administrativos.
Ao
longo do texto, algumas expressões podem estar dirigidas a
diversas pessoas da sociedade brasileira, mas que jamais alguém,
em sã consciência, atribuiria ao reitor da Rural: “flagrante
ato de perseguição política”, “dissimulou”, “atitude
dissimulada do reitor e sua estreiteza”, “arbitrariedade do
poder”, “desrespeito ético e profissional”, “ações
persecutórias e antidemocráticas” e outras. Segundo o “Aurélio”,
o verbo dissimular significa “encobrir com astúcia”,
“disfarçar”, “não dar a perceber”, “fingir”,
“simular”, “proceder com fingimento, hipocrisia”. Gostando
ou não do reitor da Rural, há algo que fica difícil para um
membro desta comunidade universitária não reconhecer: o
professor José Antônio Veiga sabe ouvir, ponderar, chamar todos
à participação, sem sectarismos e exclusões. Colocando sempre
seu posicionamento com clareza, visando o interesse da Instituição,
acima de qualquer visão “estreita” de preferências políticas,
por exemplo.
Se
os autores da matéria tivessem interesse em conhecer e divulgar a
verdade, veriam que os fatos são bem mais simples. Como a matéria
menciona, o reitor foi claro ao afirmar que se tratava de problema
de ordem administrativa. O professor Pedro David Montes Mireles
teve contrato aceito pelo Departamento de Pessoal da UFRuralRJ
para o período de 30 de outubro de 2000 a 30 de agosto de 2001,
tendo sido prorrogado até 31 de dezembro de 2001. Quando da intenção
de proceder nova prorrogação, o mesmo Departamento verificou que
havia incorrido, assim como o referido professor, em uma clara
ilegalidade em todo o período - em sua Cédula de Identidade de
Estrangeiro consta explicitamente: “Proibido exercício
atividade remunerada, Art. 13, Item IV, Lei 6.815/80”, uma vez
que se tratava de visto temporário, na condição de estudante.
Segundo
o Supremo Tribunal Federal, é dever da Administração Pública
rever seus atos “eivados de vícios ou ilegalidades”. Tendo em
vista o princípio constitucional do respeito à legalidade, todas
as possibilidades buscadas pelo Departamento de Pessoal para
renovar o contrato do referido professor foram infrutíferas. Ao término
do contrato, dia 31 de dezembro de 2001, o nome do docente foi
retirado do sistema de pagamento (SIAPE) e, conforme a lei
8.745/93, só poderia ser contratado novamente, como professor
substituto, após 24 meses, mesmo o professor tendo obtido, alguns
dias depois, seu visto permanente e possível direito de trabalhar
no País.
A
comunicação é um instrumento que os democratas utilizam para
estabelecer pontes de intercâmbio, de aproximação, jamais muros
de separação. Pontes de intercâmbio se constróem com informações
verdadeiras e idôneas.
Professor
Antonio Carlos Nogueira
Assessor de Comunicação Social
da UFRuralRJ
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Democracia
O
pedido de resposta da Reitoria, mesmo tratando-se de um texto que
já havia circulado no Boletim Rural Semanal, está sendo
reproduzido integralmente nesta edição. Por outro lado,
a assessoria de comunicação da Reitoria informou, em 1/4,
que aguardaria a publicação desta edição
para analisar o pedido de direito de resposta da Adur no
boletim Rural Semanal . Diante das afirmações veiculadas naquele
semanário, que agimos com irresponsabilidade e com desinteresse
em conhecer e divulgar a verdade, solicitamos espaço similar no
informativo da Reitoria. Aguardamos uma resposta. |
responsabilidade
com
a universidade
e
os seres humanos
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A Adur vem reafirmar a informação e opinião veiculadas na edição
nº 37 do jornal ADUR Informa. Na nossa opinião, a universidade,
ao aceitar o ingresso do professor Pedro Mireles, em 2000, sabia
que este se encontrava em processo transitório para obter sua
permanência no Brasil. Ao prestar concurso para professor substituto naquele ano,
estava claro que o professor procurava estabelecer-se como
profissional; o fato de ser casado com uma brasileira, a nosso
ver, indicava seu desejo de se fixar no Brasil. Para efeito de sua
contratação, Mireles entregou à UFRRJ seu diploma, sua Cédula
de Identidade de Estrangeiro e a certidão de casamento. Não
procede, portanto, a opinião de que o professor teria incorrido
em ilegalidade.
A
UFRRJ aceitou sua documentação e procedeu a uma primeira renovação
de seu contrato com claro conhecimento de que Mireles procurava
fixar raizes no país. Em dezembro, porém a situação era outra.
A greve revelara um profissional por demais engajado. Renovar seu
contrato, portanto, poderia não estar entre as prioridades.
A
universidade cometeu que ilegalidade?
A
Reitoria afirma, que ao tentar proceder à renovação do contrato
de Pedro, a Rural teria incorrido, “assim como o referido
professor, em
clara ilegalidade. Segundo seu texto, na Cédula de
Identidade de Estrangeiro de Pedro “consta explicitamente:
“Proibido exercício atividade remunerada, Art. 13, Item IV, Lei
6.815/80”. A Reitoria declarou-se obrigada, por orientação do
Supremo Tribunal Federal, a corrigir o suposto erro. A Reitoria não
esclarece, porém, que entre os princípios consagrados na
Constituição Federal para a administração pública devem ser
perseguidos, assim como a legalidade, a eficiência, a
razoabilidade, a proporcionalidade, entre outros.
A
jurista Odete Medauar, por exemplo, define o princípio da
proporcionalidade da seguinte maneira: “Consiste,
principalmente, no dever de não serem impostas, aos indivíduos
em geral, obrigações, restrições ou sanções em medidas
superior àquela estritamente necessária ao atendimento do
interesse público, segundo critério de razoável adequação dos
meios aos fins. Aplica-se a todas as atuações administrativas
para que sejam tomadas decisões equilibradas, refletidas com
avaliação adequada da relação custo-benefício, aí incluído
o custo social”. A Reitoria poderia optar por outra penalidade
que não a dispensa sumária, sem aviso prévio ou mesmo
posterior, de um profissional docente.
Maria
Sylvia Zanella Di Pietro, por outro lado, anota que “Embora a
Lei n° 9.784/99 faça referência aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, separadamente, na realidade,
o segundo constitui um dos aspectos contidos no primeiro. Isto
porque o princípio da razoabilidade, entre outras coisas, exige
proporcionalidade entre os meios de que se utiliza a Administração
e os fins que ela tem que alcançar. E essa proporcionalidade deve
ser medida não pelos critérios pessoais do administrador, mas
segundo padrões comuns na sociedade em que vive; e não pode ser
medida diante dos termos frios da lei, mas diante do caso
concreto”.
Não
é por acaso que existem juristas, magistrados, advogados, entre
outros profissionais, que buscam contribuir para o maior dinamismo
da legislação, evitando a injustiça na aplicação cega das
leis. Afinal, observar o direito é empregar mobilidade a um
arcabouço rígido de idéias, preservando a intenção dos
legisladores à luz da complexa dinâmica das sociedades.
A
nosso ver, portanto, seria possível a Reitoria da UFRRJ preservar
a autonomia da universidade de uma leitura rígida, intolerante,
fundamentada não na lei, mas em uma crença do direito. Afinal,
quando a Reitoria disse ter-se dado conta de seu erro, a situação
de Mireles já se encaminhava para a solução, não havendo
riscos para a instituição, nem ofensa à moralidade.
Na
nossa opinião, cercar-se dos instrumentos do direito para
defender o interesse público, mantendo ensino, pesquisa e extensão
de qualidade, preservando ao mesmo tempo o direito ao emprego e à
vida, não é ilegal. Antes disso, é prática que diferencia a
administração hábil da medíocre.
Para
a Adur interessa
chamar atenção para a situação objetiva de um profissional
docente, devidamente amparado pela lei e que se encontra em situação
de desemprego; lembrar a situação de alunos sem aula em um
semestre atípico, após uma longa greve e, subsidiariamente,
almejamos a reflexão de que é imperiosa a observância de formas
transparentes de gestão da universidade, em consonância não
apenas com a legalidade de conveniência, mas com a legalidade, a
razoabilidade, a proporcionalidade, a reciprocidade, a busca da
eficiência, princípios concorrentes para a defesa da
universidade pública, gratuita
e de qualidade, assim como dos direitos dos seres humanos ao
trabalho.
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Página 3
Reitoria
diz que corrigiu erro administrativo
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Na semana passada o Adur Informa solicitou à reitoria uma
entrevista para conhecer o ponto de vista institucional sobre a
dispensa do professor Pedro Mireles. A Assessoria de Comunicação
agendou uma reunião com os professores Regina Célia Lopes Araújo,
decano de Assuntos Administrativos; Silvestre Prado de Souza Neto,
diretor do ICHS e Edival Dan,
diretor do Departamento Pessoal. Estes foram entrevistados e
ratificaram a posição do reitor: o desligamento de Pedro Mireles
foi uma decisão administrativa.
O professor substituto, segundo sustentaram, não
tinha visto para o exercício de atividade remunerada. Para a
equipe, desde o início o professor Mireles não poderia ter sido
contratado e não se poderia parar o tempo na espera da documentação
legal para que prosseguisse seu contrato. Ele foi cortado da folha
em meados de janeiro. O Diário Oficial, por outro lado, publicou
em 24 de janeiro o deferimento do pedido de visto permanente.
Com a interrupção de seu contrato, Pedro não pode
ser contratado novamente como substituto – na Rural ou em
qualquer outra IFE. Quando desligado do SIAPE, o substituto só
pode retornar depois de 24 meses. Silvestre Prado, porém, apontou
o que a seu ver poderia ser uma alternativa: o professor poderia
atuar como voluntário - com uma bolsa própria - em Três Rios.
Porém, ressalvou: “Não depende de nós, mas do Departamento
fazer a solicitação”.
Os representantes da Reitoria afirmaram que todos os
esforços foram feitos para resolver a situação. Estes esforços,
segundo informaram, foram constituídos de consultas à legislação
no âmbito interno da UFRRJ. Segundo Edival Dan, não se chegou a
nenhuma solução. Ele entrou em contato com a Procuradoria Geral
que informou que o erro deveria ser corrigido. Em 14 de janeiro o
ICHS foi informado que o contrato havia expirado em 31 de
dezembro. Segundo Dan, Pedro foi retirado na folha que fechou em
meados de janeiro.
Quanto à informação de que o reitor teria dado
prazo até 30 de janeiro para regularizar a situação de Mireles,
a decano Regina Célia argumentou: “Pode ser até (como fez
questão de frisar) que o reitor estivesse tentando solucionar o
caso, mas que não soubesse os detalhes”. Para ela, o fato da
reitoria ter recebido o professor Laélio Nunes, chefe do
Departamento, não implica que pudesse resolver a situação de
Mireles: “O DP disse que não existia solução possível”.
Os três rejeitaram a informação que chegou à ADUR
de que o professor teria sido preterido por motivação política.
O diretor do ICHS foi enfático: “Pode dizer que eu garanto. Ele
pode exercer atividade como professor voluntário sem nenhuma
inconveniência. A escolha é do Departamento que vai dizer se ele
tem qualidade ou não para isso”. Regina lembrou que a revisão
dos contratos não se resumiu a Mireles, mas envolveu outros 34
substitutos. Segundo afirmam, não se podia aguardar por um
deferimento do visto de permanência. “Já estava detectada a
ilegalidade”, explica Dan. O deferimento foi publicado em Diário
Oficial em 24 de janeiro.
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Entrevista: Pedro Mireles
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“A
condição de professor voluntário debilita a atividade
docente”
O
professor substituto Pedro Mireles é enfático ao afirmar que a
Reitoria falta com a verdade quando lhe atribui a sonegação de
informações. Ele denuncia que em dezembro não se procurou fazer
uma nova consulta sobre sua real situação no país e conclui:
“a direção do ICHS sabe que eu, os professores da área de ciências
sociais e o DLCS somos contrários à figura do professor voluntário”.
Pedro
chama a atenção para o fato de que está casado desde agosto de
2000. Segundo a própria justiça, a partir desse momento ele tem
o direito e o dever de manter ou contribuir na manutenção do lar
que decidiu constituir. Por isso mesmo entrou com pedido de permanência
definitiva em 2001. “O processo é demorado. Sou obrigado a usar
a mesma carteira de identidade há dois anos, até que eles me dêem
a definitiva”. Segundo Mireles, o Departamento Pessoal decidiu não
prorrogar seu contrato sem sequer fazer uma nova consulta ao
professor sobre sua situação. “Bastava me convocar. No
entanto, não me foi dirigido nenhum comunicado sobre minha
dispensa. Só a do dia 14 de janeiro, para o diretor do ICHS”.
Em meados de fevereiro, Mireles enviou solicitação ao diretor do
DP solicitando informações sobre os motivos pelos quais seu
contrato não foi renovado. Até o fim de março seu pedido estava
sem resposta.
Diante
da possibilidade de dar aulas em Três Rios como professor voluntário,
Pedro afirma que o diretor Silvestre Prado é conhecedor da
posição dos professores do Departamento de Letras e Ciências
Sociais contrário a esse tipo de vínculo, posição da qual ele
partilha: “Esta condição debilita ainda mais a atividade
docente”.
Com
visto permanente na mão, mas desempregado, Mireles não esconde a
decepção, mas procura organizar-se para sobreviver nos próximos
meses.
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Página 4
Entidades
sindicais protestam pela correção dos valores da GED e GID |
O termo de acordo assinado ao fim da greve dos professores
das universidades federais, em de- zembro de 2001, previa a cor-
reção dos valores da GID, mo- dificava os critérios de avali- ação,
aumentava os limites glo- bais de pontuação e estendia o
pagamento de 60% da gratifi- cação aos docentes aposentados.
Estabelecia ainda a instalação de mesas de negociação para
tratar dos itens não salariais da pauta de greve. |
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Mais uma vez o governo federal dá
provas de que não honra a palavra empenhada mesmo que seja por
escrito. Os valores da GID da esmagadora maioria dos professores
de 1º e 2º graus não foram corrigidos. Por outro lado, as
primeiras mesas de negociação foram canceladas após uma espera
de mais de 4 meses.
Em 25 de fevereiro, o Sindicato Nacional enviou uma carta ao
ministério da Educação exigindo o cumprimento do acordo e as
providências cabíveis neste sentido. Um representante da SESu,
José Valente, solicitou ao Andes-SN e ao Sinasefe que encaminhe
todos os casos em que se registrou algum problema. Segundo
Valente, as mudanças na GID foram implementadas no Siape e a
falta da correção foi atribuída a processos administrativos.
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Em
14 de março se reuniu o Conselho de Representantes da Adur, para
debater a seguinte pauta: Integração de professores substitutos
a ADUR; Organização dos Grupos de Trabalho; Greve Nacional;
Calendário de eventos políticos do Andes-SN;
Eleição para diretoria do Andes-SN (2002/2004) e Fórum
de debates da ADUR.
Sobre
o primeiro ponto ficou decidido que a diretoria deve organizar uma
assembléia, convidando os professores substitutos a participarem
dela. O objetivo é debater, à luz das orientações do Andes-SN,
a filiação destes professores à entidade para que eles, além
de serem representados politicamente, tenham acesso à estrutura
do sindicato para resguardar seus direitos e construção de um
ambiente de reflexão da realidade específica desta relação de
trabalho docente.
Depois
de debatido o segundo ponto da pauta, formaram-se os Grupos de
Trabalho de Ciência e Tecnologia, composto inicialmente pelos
professores Sieberth, (DMIV), Edmundo (DAUIT),
Rosani (DMAT-ICE), Luís Mauro (DCA-IF), Ricardo Berbara (Solos-IA)
e Áurea Echevarria (DQuim-ICE), e o Grupo de Trabalho Local de
Cultura e Lazer, do qual participam os professores Eliane (CTUR);
Eliane Borges (DQUIM); Orlando Marques (DBA-IB) e Mercedes
Teixeira (DB-IB). Todos os grupos estão abertos para novas adesões.
A
reunião foi concluída com informes sobre
21º Congresso do Andes-SN; os eventos do sindicato e com
um último ponto: a criação do Fórum de Debates da Adur. A
diretoria incentivará a participação nos eventos políticos do
nosso sindicato (veja agenda). O Fórum de Debates será
inaugurado em 16 de abril com o tema: “O futuro das
licenciaturas”. Para este debate a Adur convidou o presidente do
Andes-SN, Roberto Leher, (doutor na área de educação), o
professor Paulo Knauss (presidente da coordenadoria de
licenciaturas da UFF), professor Ildemar Ferreira (decano de
graduação) e a professora Lucília A. Lino de Paula (DTPE-IE). A
coordenação será do professor Laélio Nunes.
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Segundo a diretora do Andes-SN, Cláudia Lima, o sindicato vem
realizando um mapeamento nacional, instituição por instituição,
para identificar como está se dando o cumprimento do acordo da
greve. Da mesma forma vem procedendo o Sinasefe, entidade que
representa professores e técnico-administrativos das escolas
federais de 1º e 2º graus.
Informes
das seções sindicais testemunham
que em algumas instituições aplica-se o índice de 3,5% e não
se equipara os valores de GID e GED. Em outras, observa-se o
oposto.
Os
dados serão socializados com as bases e levados, posteriormente,
à Secretária de Ensino Superior, para definição de um
cronograma de uniformização dos direitos dos professores em nível
nacional.
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Eleições ANDES-SN: chapas se inscrevem
As
duas chapas que concorrem às eleições do Sindicato Nacional,
para o biênio 2002/2004, formalizaram suas inscrições.
Representantes da Chapa 1 - “ANDES AD - Autônoma e Democrática”
e da Chapa 2 - “Uma outra ANDES é possível”,
apresentaram a documentação ao presidente da Comissão
Eleitoral Central, professor Pádua. Na ocasião, os
representantes das chapas foram informados que o ANDES-SN
confeccionará um jornal especial abordando as eleições, que será
distribuído a partir do dia 25 de abril. Para tanto, cada chapa
remeterá ao Sindicato Nacional o seu material até o dia 11 de
abril. As eleições acontecerão nos dias 22 e 23 de maio próximo.
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Seminário
Nacional de Educação
Superior
De 4
a 6 de
abril,
no CEFET-MG (BH) |
4º Congresso
Nacional
de Educação (CONED)
De 23
a 26
de abril,
Parque do Anhembi - SP |
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