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  ADUR  Informa

ANO  22

Nº 21

05 A 20/02

2001

FILIADA À CUT


       ADUR Informa - publicação da Associação dos Docentes da UFRuralRJ. 
       Conselho Editorial: Áurea Echevarria, Francisco de Assis da Silva, Nídia Majerowicz, 
                                          Ricardo L. L. Berbara e Valdomiro Neves Lima.
       Jornalistas Responsáveis: Regina Rocha (Reg. 16269/MTb) e 
                                                     Fortunato Mauro (Reg. 20732/MTb).
                 As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho Editorial.

XX Congresso do Andes-SN

Universidade e movimentos sociais: a mesma luta

Ataque às organizações sindicais e movimentos sociais, arrocho salarial, imposição do emprego público nas universidades, gratificações discriminatórias, privatização interna, sucateamento e restrição de recursos. Estes são alguns elementos que compõem o cenário no qual se dará a XX edição do Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. O evento, de 15 a 20 de fevereiro, na UERJ, aguarda de 400 a 500 representantes de todo país entre delegados e observadores e é comemorativo dos 20 anos de luta “indissoluvelmente ligada à trajetória dos trabalhadores”, aponta a diretoria. O foco, além dos temas imediatos para a categoria, estará nos movimentos sociais. “E se dissemos acima que a Universidade e Movimentos Sociais têm a mesma luta, o mesmo desafio, isso não significa que ignoramos as diferenças, mas que assumimos em totalidade a vocação de estar com eles na criação da nova sociedade”, afirma a direção em seu texto de apresentação das teses ao XX Congresso. (Página 3)

Resistência:

Fórum aponta alternativa ao pensamento único. (página 2)

 Assembléia Geral

dia 7/2, quarta-feira, às 8h no Quiosque da ADUR

Pauta: informes; eleição de delegados ao XX Congresso do Andes-SN; eleição de delegados à Plenária dos SPF


Página 2
Editorial

XX Congresso: 20 anos de luta de uma entidade “contemporânea do seu tempo”

Ao abrirmos o próximo Congresso Nacional do ANDES-SN, estaremos comemorando duas décadas da criação de uma entidade que passou a coordenar as lutas dos docentes universitários. Um Movimento que nasceu no interior de cada universidade brasileira, desafiando a repressão dos anos de chumbo. Tempos em que ditadura se fazia presente censurando, demitindo docentes, ameaçando a integridade física dos opositores. Naquele período ainda atuavam as “Assessorias de Segurança” junto às reitorias, como também imperava o coronelismo e o compadrio dos poderosos na contratação de docentes e servidores técnico-administrativos, enfim, na definição dos rumos da universidade.

Contrariamente ao sindicalismo tradicional, a nossa organização se fez por local de trabalho e com auto-sustentação financeira. Desde o início, a entidade assumiu como tarefa contribuir para a construção de um projeto educacional para a sociedade brasileira, recusando reduzir-se às questões puramente corporativas.

A polêmica democrática sempre esteve presente. Duas concepções organizativas estavam presentes já na fundação como resgata a direção do Andes no caderno de teses:  “Uma, afirmava a idéia de uma Entidade Nacional, com Congresso anual de toda a base e Conselhos Anuais das Representações das Unidade de Trabalho. A outra, defendia a criação de um modelo confederativo, com a participação não da base, mas das direções locais, no melhor estilo do sindicalismo vigente.” A estrutura organizativa que temos foi construída em um amplo processo. Em 1988, a Constituição trouxe o direito à sindicalização. Em um Congresso Extraordinário realizado na UERJ, a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DOCENTES transformou-se em Sindicato Nacional (ANDES-SN) após um exaustivo debate.

A política de destruição das universidades vem de longe. Collor e FHC apenas radicalizaram o processo recomendado pelo Banco Mundial. Enfrentamos Comissões de Notáveis, GERES, GRIPE, GED, arrochos salariais e de verbas, conquistamos uma Carreira em 1987. Em conjunto com organizações populares, sindicais e científicas trabalhamos arduamente na Constituinte, na elaboração de uma proposta de LDB e de Plano Nacional de Educação (PNE) que o governo varreu do mapa. Nunca silenciamos diante das grandes questões nacionais. Ganhamos e perdemos ao longo desta trajetória de lutas e continuamos a resistir, a cuidar e a elaborar projetos para a criação de uma nova universidade e de uma nova sociedade.

A ADUR-RJ Seção Sindical estará presente ao 20o Congresso Nacional, com a sua representação definida pela Assembléia que está sendo convocada. Mais uma vez, estaremos participando, debatendo e ajudando a construir propostas de mobilização para responder aos desafios de 2001: Plano de Emprego Público, abertura de concursos, correção salarial e privatização interna das universidades públicas. Venha participar porque lutar é preciso e sempre!

Fórum Social Mundial

Construir um mundo melhor

Com mais de três mil delegados, representando organizações sociais do mundo inteiro, o auditório do Centro de Convenções da PUC-RS foi pequeno para conter a emoção  dos participantes, quando o comitê organizador do Fórum Social Mundial (FSM) 2001, realizado de 25 à 30 de janeiro, anunciou que o próximo Fórum, de 2002, também será em Porto Alegre. Além dessa decisão, outra apontou a possibilidade de realização de fóruns simultâneos, que poderão repercutir e ampliar o novo encontro.

Na avaliação do comitê organizador, expressa em “Nota de Informação”, durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre foi desencadeada uma forte resistência ao neoliberalismo, além da possibilidade de construção de um novo mundo e a constatação da existência de uma alternativa ao “pensamento único”. O Fórum criou um fato político de repercussão mundial e será realizado anualmente, “na mesma data do Fórum Econômico de Davos”, conclui o documento.

 Reação ao AMI e Davos

No início de 1998 veio a público a proposta de um Acordo Multilateral de Investimentos – mais conhecido como AMI que seria assinado pelos países mais ricos do mundo e, em seguida, ser proposto aos demais países. Esse Acordo vinha sendo discutido em segredo no quadro da OCDE, com a pretensão de passar a ser uma espécie de Constituição mundial do capital. O jornal francês Le Monde Diplomatique repercutiu uma primeira denúncia feita nos Estados Unidos pelo movimento “Public Citizens”, liderado por Ralph Nader. A reação aos absurdos que o Acordo continha fez surgir um movimento social de protesto que, no final de 1998, levou a França a se retirar das negociações, o que acabou por impedir que o Acordo fosse celebrado.

Uma das entidades animadoras dessa mobilização foi a ATTAC - Associação pela Taxação das Transações Financeiras para Ajuda aos Cidadãos - que começava naquele momento a tomar forma na França. O objetivo dessa associação era lutar pela concretização da proposta de taxação dos movimentos do capital especulativo feita pelo Prêmio Nobel de Economia James Tobin, como forma de controlar sua liberdade absoluta de circulação em escala mundial, com as conseqüências que são conhecidas.

A resistência prolifera

A partir das articulações que esses fatos ajudaram a fazer surgir por toda parte, foram sendo organizadas diferentes manifestações contrárias a esse tipo de globalização. As que ficaram mais famosas, pelas repercussões que tiveram na mídia, foram a de Seattle, contra a OMC; a de Washington contra o FMI e o Banco Mundial e, mais recentemente, a de Praga, que levou os representantes de governos ali reunidos a encerrarem seu encontro um dia antes do previsto.

Aqui no Brasil, alguns pensaram que se poderia iniciar uma nova etapa de resistência a esse pensamento hoje hegemônico no mundo. Na Europa já vinham sendo realizados encontros chamados anti-Davos. O que se pretendia, no entanto, era mais do que isso. Propunha-se realizar um outro encontro, de dimensão mundial e com a participação de todas as organizações que vinham se articulando em protestos de massa. Surgiu, dessa forma, o Fórum Social Mundial.

 Resposta ao “pensamento único”

Um dos exemplos de atividades aberta ao público durante o Fórum foi o seminário sobre Democracia e Governança Global, promovido pela Unesco com a colaboração do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados da UFRGS (ILEA) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS).

O seminário partiu do pressuposto de que um dos grandes desafios do século 21 será o de promover a governabilidade democrática nos planos nacional e internacional, com base em princípios livremente discutidos e acordados pela sociedade, a globalização será debatida sob vários pontos de vista: educação, comunicação, política, economia, tecnologia, ética, etc.

Outras atividades importantes do FSM foram as várias oficinas que, segundo os organizadores, “comporão um vasto mosaico, cujo resultado final pode ser um importante ponto de partida para iniciativas políticas concretas”. Se por um lado, o Fórum Social Mundial não tem caráter deliberativo que resulte num documento final com “soluções para os problemas sociais do mundo”, como afirmaram alguns veículos de comunicação, por outro lado, “deve lançar as bases de um movimento internacional de cidadãos dispostos a trabalhar pela construção de um mundo melhor”.

 VII Encontro Nacional sobre Assuntos de Aposentadoria

De 12  e 16 de janeiro, em Uberlândia (MG), foi realizado o VII Encontro Nacional sobre Assuntos de Aposentadoria do Andes-SN. O debate “Futuro da aposentadoria: uma reflexão e luta do presente” deu o tom de abertura. Os parlamentares Lauro Campos e Gilmar Machado, respectivamente senador e deputado federal do PT prestigiaram o evento, assim como o presidente do Andes-SN, Roberto Leher; o vice-reitor da Federal de Uberlândia, Antônio Almeida; o prefeito da cidade, Zaire Rezende, além de representantes de entidades como a Frente Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Pública.  


Página 3

Resgate da  mobilização

No centro dos debates do próximo congresso nacional da categoria, de 15 a 20 de fevereiro na UERJ, estarão temas fundamentais como o enfrentamento do ataque às universidades, a fragilização do vínculo e a unidade com demais movimentos sociais na resistência contra as políticas neoliberais do governo. Alguns participantes de congressos passados, diretores da ADUR e do Andes comentam a importância do evento. Delson Lima Filho, segundo tesoureiro da Regional do Andes-SN e diretor da ADUR explica que o centro do congresso será movimentos sociais e a universidade. O debate vai ser dividido em três grandes temas: o movimento docente e a conjuntura, políticas sociais (totalidade ou fragmento?) e questões de organização e financeiras. “Acho que o momento é de discussão e entendimento da situação.  É um momento de reflexão e o Congresso pretende encaminhar algumas tarefas, questões para subsidiar a base”. Para o diretor, existe na grande imprensa uma certa desinformação em relação aos movimentos e tentam mostrar inércia e falta de adesão. “Esse congresso busca quebrar isso. Precisamos tomar consciência da importância do sindicato”.

Valdomiro Neves Lima, integrante da diretoria da ADUR, foi delegado no XVIII Congresso e considera como central a questão da defesa das decisões da base do movimento. “Uma das questões principais é a defesa da democracia interna dentro das universidade. Também vai ser muito forte nesse congresso a questão da carreira docente. A importância do Congresso tem o sentido de resgatar um processo histórico de luta e mobilização da comunidade, com a defesa de questões básicas para o funcionamento da universidade”.

Também diretora da ADUR e participante do XIX congresso, Nídia Majerowicz considera fundamental o movimento elaborar métodos para enfrentar a proposta do governo de contratação dos novos professores como celetistas e com renovação de contrato a cada dois anos, ou seja, com uma grande instabilidade e levando a existência de carreiras diferentes na universidade.”É a briga deste ano. Temos que municiar a comunidade para enfrentar essa proposta do MEC. Temos também que encontrar soluções por que a gente não está conseguindo quase nada. Além de organizar os docentes para enfrentar a questão do emprego público há outro problema: a questão da privatização interna. O congresso deve apresentar um balanço do que está acontecendo nas universidades do país e a Rural não é exceção”.

A participação da categoria na assembléia do dia 7/2 é nossa forma de contribuir para um congresso representativo, que fortaleça ainda mais nossa entidade e as lutas por mudanças qualitativas para a Universidade e o país.

 Unidade contra o governo neoliberal

“Dentro de uma perspectiva geral, o congresso deve se ater ao debate sobre as lutas dos trabalhadores das universidades e sua correlação com os movimentos sociais. Esperamos reafirmar que as lutas são as mesmas: por condições de trabalho, por salários decentes, democracia e desenvolvimento. Assim, estará em discussão no nosso congresso a necessidade de unidade com os demais segmentos organizados nas universidades e na sociedade para lutar por tudo isso, contra o governo neoliberal de FHC”, explica Marina Barbosa, professora da Faculdade de Serviço Social da UFF e terceira vice-presidente do Andes-SN, detalhando:

“A luta contra o Emprego Público, a nosso ver, reúne os elementos para se enfrentar, nas universidades, a política mais geral dirigida para a sociedade: privatização, queda na qualidade do ensino, precarização das condições de trabalho e ataque aos direitos trabalhistas conquistados. Todavia, é fundamental a concepção de que não se pode desvincular esta luta das questões mais gerais como reforma agrária, previdência pública e demais pontos que interessam à maioria da sociedade”.

 Arco de alianças

Para a diretora, esta é uma questão importante. “Na luta contra o governo Fernando Henrique e a política que ele vem representando, não se pode deixar de prever a unidade de ação com os mais variados segmentos e classes sociais que realmente se opõem às orientações políticas e econômicas do governo. No entanto, na perspectiva de uma unidade estratégica, que busque uma nova concepção para o país, a unidade se dá no âmbito da classe trabalhadora, envolvendo os sindicatos, movimentos organizados como o MST”.

A luta é política

Marina acredita que está sendo forjada, em alguns segmentos do serviço público, a opinião que o arrocho salarial imposto pelo governo ganhou contornos jurídicos a partir do momento que o governo desrespeitou a própria emenda constitucional da reforma administrativa que prevê reajuste salarial anual. “Esta questão continua sendo política. Afinal, não há previsão no orçamento de 2001 para tal reajuste. Não há outro instrumento para enfrentar o arrocho salarial senão a greve. Contudo, o que estará em discussão no próximo congresso é se, nesta conjuntura, temos força para ir a greve e que eixos combinamos nesta direção. Nos parece que, mais uma vez, a questão da unidade é fundamental, seja nas universidades, seja no serviço público”. Marina acrescenta que a CUT nacional tem um papel importante: “ O atual presidente é um professor e deveria saber bem o que nós da educação temos passado. Precisa ter uma atitude mais enérgica”.

 Temário e programação

Movimento e Conjuntura

Relacionadas no Tema I estão questões como Políticas Sociais: Educacional, Financiamento, Carreira Docente, Sindical, Ciência e Tecnologia, Comunicação, Agrária, Seguridade Social e Etnia, Gênero e Classe. As teses abordam questões como Reforma do Estado e Política Educacional , Autonomia e Carreira e internacionalização da luta do campo.

No Tema II se discute “Políticas Setoriais: Plano de Lutas dos Setores”. As teses abordam ponuos como a Privatização Interna das IFES. E, no Tema III, questões Organizativas e Financeiras; como Prestação de Contas; Fundo de Solidariedade Sindical e Revisão Estatutária.

 Na abertura, ato político

15/2 – 5a feira – Abertura às 18h - Ato comemorativo: 20 anos do ANDES-SN

16/2 – 6a feira - Plenária de instalação, 9h; plenária inicial – MD e conjuntura, 14h; Grupos Mistos Tema I, 19h.

17/2 – sábado - Grupos Mistos Tema I e Tema II, 9h às 17h

18/2 – domingo - Grupos Mistos Tema III, às 14h; Plenária do Tema I, às 19h.

19/02 – 2a feira – Plenária do Tema I, às 9h; Plenária do Tema II, às 16h

20/2 – 3a feira – Plenária do Tema III, às 9h; Encerramento, das 13h às16h


Página 4

RELATÓRIO FINANCEIRO ADUR – RJ S. SIND
AGOSTO/2000

1- RECEITAS  

1.1- ENTRADAS     

1.1.1- Mens. dos Filiados                                        22.705.12  
1.1.2- Unimed                                                          79.866.84  
1.1.3- Rendimentos Investimentos                                227,90  
           

TOTAL DAS ENTRADAS                                   102.799.86  
 

2- SAÍDAS       

2.1- Administração – Pessoal         

2.1.1- Salários                                                           2.945.43  
2.1.2- Encargos Sociais                                             1.728.02  
2.1.3- Auxílio Saúde                                                       93,01  
           

TOTAL                                                                      4.766.46  
           

2.2- Administração Diversos         

2.2.1- Correios                                                             126,75  
2.2.2- Serv. de Contabilidade                                       377,00  
2.2.4- Consultoria Jurídica                                           991,00  
2.2.5- Unimed                                                          79.423.83  
2.2.6- Desp. com Telefone                                           564,59  
2.2.7- Descupinização da sede                                     604,50  
2.2.8- Cons. E Man. da Sede                                        718,46  
2.2.10- Manut. de Equipamentos                                    65,00  
2.2.11- Material de Consumo                                       117,87  
2.2.12- Serviços de Arquivo                                        300,00  
2.2.13- CPMF e Desp.Bancárias                                  644.90  
2.2.14- Serviços de Informática                                     24,70  
2.2.15- Energia Elétrica                                               131,18  
2.2.16 Seguro da Sede                                                  379,43  
2.2.17 Confecção de boletins                                       120,00  
 

TOTAL                                                                    84.589.21  
 

2.3- Despesas Institucionais  

2.3.1- Mens. da ANDES                                            2.680.59  
2.3.2- ANDES - CNM                                                  170,75  
2.3.3- ANDES – CUT                                                   664,78  
2.3.4- ANDES Solidariedade                                       100,57  
           

TOTAL                                                                      3.693,21  
 

2.4- Atividades Sindicais         

2.4.1- CONAD e Congresso                                      3.087,33  
2.4.2- GTPE                                                              1.045.40  
2.4.3- GT Carreira e GT 1º e 2º Graus                        180,00  
2.4.4 – Teatro MS                                                        500,00 

TOTAL                                                                     1.725.40  
           

TOTAL DAS SAÍDAS                                           94.697.76  
   

INVESTIMENTOS 
 

B.B- FIX. 203.211.2                                                 2.884.36  
B.B- FIX. 203.212.0                                               45.147.56  
B.B- FIX. 203.214.7                                                 7.485.43  
B.B- FIX. 203.062.4         
                                           450,09  
B.B- FIX. 203.213-9                                                 7.879.87  
Poupança Ouro – 010.203.062.6                                  452,75  

Total Investimentos                                                 64.300.06  
           

Conta Movimento – 203.062-4                               13.354.04  
Conta Movimento – 203.213-9                                 2.933.50  
Conta Movimento – 203.214-7                                    221.19  
Conta Movimento – 203.211-2                                    198,68  
Conta Movimento – 203.212-0                                    181,55

TOTAL c/corrente                                                  16.888.96  
           

TOTAL                                                                   81.189.02  
 

GREVE  
 

1.1- Auxílio a estudantes                                             420,00  
1.2- Material de informática                                        163,00  
1.3- Confecção de faixas                                               61,80  
1.4- ANDES CNG                                                       853,75  
1.5- Desp. com transporte                                         4.182,65  
1.6- Despesas com alimentação                                     88,72  
1.7- Aluguel de ônibus                                                 500,00  
1.8- Despesas com taxi                                                134,60  
1.9- Diárias                                                               1.738,00  
1.10- Hospedagem                                                    1.898,29  
1.11- Jogo Maracanã                                                   193,00

 TOTAL                                                                  10.233,81  

Obs.: Este relatório está sendo publicado novamente com novos dados disponibilizados pelo contador

De Olho na Mídia

Reajuste é tabu

O índice de 11,98% está de volta ao noticiário. Agora é o caso da concessão do mesmo pelos presidentes da Câmara e do Senado Federal aos seus funcionários, no rescaldo de uma suposta fragmentação do bloco governista no Congresso Nacional. Depois de toda a onda em torno do salário mínimo de R$180,00 e do reajuste dos militares em 28,23%, a grande imprensa se ocupa de noticiar o reajuste o qual se origina na diferença entre a data de conversão da URV, em 1994, e a data de pagamento das categorias.

O detalhe é que, no meio de toda essa discussão de índices, reajustes e salários, é grande o desprezo para com a situação do funcionalismo federal, há seis anos sem reajuste. Isso, quando não se veicula uma matéria para confundir a opinião pública, transformando pagamento de férias e 13º salário em reajuste, como fez o jornal O Dia em dezembro de 2000.

Entra ano, sai ano, as matérias são compostas com chamadas de objetivos múltiplos. Para o funcionalismo, sobretudo os estratos mais desinformados, a geração de expectativas que vendam jornais e/ou garantam audiência para as notícias e os produtos dos patrocinadores. Para o grande público, onde são mais numerosos os desinformados sobre as particularidades do Estado, a impressão passada é que os servidores, que pressionam até com greves, acabam obrigando o governo a ceder. Este foi o teor, por exemplo, das matérias que noticiaram a concessão de gratificações para alguns servidores como um reajuste geral para o funcionalismo, em meados de 2000, durante a greve do funcionalismo. Depois disto, perguntavam os populares, por que continuava o movimento?

Tamanho servilismo pode ser explicado, em parte, pelas significativas verbas oriundas do governo federal para propaganda na imprensa. Por outro lado, veículo de comunicação, sobretudo rádio e televisão, é concessão federal. Manter 1 milhão de pessoas aviltadas, com salários de acordo com as orientações do Fundo Monetário Internacional, é uma questão política de grande porte para  governo. Para este tipo de imprensa, contrariá-lo pode não ser bom negócio.

Notas

MP da GID

Está na pauta da Convocação Extraordinária do Congresso a MP nº 2.125, que institui a Gratificação de Incentivo à Docência aos professores de 1º e 2º Graus de instituições federais. Pela medida provisória, a gratificação está valendo desde o dia 1º de janeiro de 2000. Ela é medida por pontos, de acordo com uma tabela, limitando-se a 80 pontos por servidor.

A pontuação atribuída a cada professor observa a carga horária semanal em sala de aula, o número de alunos sob sua responsabilidade, a avaliação qualitativa de suas aulas e a participação em programas e projetos de interesse da instituição. Para ter direito ao benefício, o professor deve cumprir jornada de 40 h semanais.

Para incorporar a gratificação à aposentadoria ou pensão, o professor deverá recebê-la há pelo menos dois anos. A UFRRJ é uma das instituições relacionadas onde os docentes poderão fazer jus à gratificação. (Agência Câmara)

Ato lança Campanha Salarial 2001

O lançamento oficial da campanha salarial 2001 dos servidores públicos federais já tem data marcada: 13 de fevereiro, no espaço cultural da Câmara dos Deputados. A reposição a ser exigida é de 75,48%. Esse valor representa a inflação acumulada de janeiro de 1995 a dezembro de 2000, segundo o Índice de Custo de Vida (ICV), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).                     

O governo federal insiste na política de aplicar gratificações em carreiras e cargos considerados estratégicos. Segundo ele, apenas estes encontram-se com salários defasados em relação ao mercado de trabalho. Esta política contempla menos de 15% dos servidores da ativa e aposentados. O Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal calcula entre R$ 500 e R$ 600 o salário médio dos servidores.

 Agenda

05 a 09/02 - Havana/Cuba -  Encuentro por la Unidad de Los Educadores Latino-Americanos – Promoção AELAC

15 a 20/02/2001 - Na UERJ - XX Congresso do Andes-SN

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